MAIS DO MESMO
Vitória tem desafio de surpreender para seguir na luta pelo acesso
Equipe tem esbarrado na falta de repertório após início fulminante na Segundona
Por Daniel Farias
Um dos diagnósticos possíveis das causas da fase ruim do Vitória na Série B para iniciar a correção é quase um consenso: a falta de repertório da equipe. Após as primeiras rodadas, o time caiu de produção, não tem conseguido reagir nos jogos com iniciativas criativas dos jogadores de ataque. Pela primeira vez no campeonato, o Leão fica sem marcar em duas rodadas consecutivas.
O principal motivo para "a pior partida na competição", como o técnico Léo Condé caracterizou, na coletiva pós-jogo, a derrota por 2 a 0 para o Guarani, no último domingo, foi que a equipe paulista conseguiu neutralizar as investidas ofensivas do Leão. Ao mesmo tempo, soube explorar os pontos fracos, a exemplo das jogadas pelas laterais e da transição, que deram origem aos dois gols.
Não se trata apenas de mérito do Bugre, afinal, esse fato já tem sido recorrente ao menos nas últimas partidas do time na Série B, com variações no desdobramento no resultado. Ao lado disso, mesmo após pausa de 15 dias de data Fifa, a equipe não demonstrou o preparo físico e a disposição das rodadas iniciais. Para a preocupação dos rubro-negros, tem retomado à memória algumas das atuações dramáticas do começo do ano.
Amanhã, o Leão enfrentará o Sampaio Corrêa no Barradão, pela 14ª rodada do campeonato. O time baiano ocupa a quarta posição e, para seguir na disputa do G4, vai precisar vencer. A equipe maranhense deve chegar fechada, já sabendo das dificuldades de criação do seu adversário, e Condé terá pouco tempo para treinar. Os jogadores e a comissão técnica, após retorno de Campinas, se reapresentarão e irão voltar aos trabalhos em campo hoje no final da tarde. Será um momento de acabar de vez com o mais do mesmo, sobretudo ofensivo.
Marcas ofensivas
Nas primeiras rodadas da Série B, o Vitória tinha algumas marcas ofensivas. As jogadas pela ponta direita, principalmente com Osvaldo, tanto nos chutes na intermediária quanto em cruzamentos na linha de fundo, e os contra-ataques rápidos, com Zé Hugo, Matheuzinho e o próprio Osvaldo, além dos três centroavantes que já atuaram – Tréllez, Léo Gamalho e Welder.
As jogadas de bola parada também eram um trunfo do Rubro-Negro. Porém, nas últimas partidas, os adversários têm evitado fazer faltas próximas à área e feito marcação forte nas principais peças criativas do time, como Osvaldo e Wellington Nem.
Do ponto de vista defensivo, o Leão tem atuado com os jogadores mais distantes uns dos outros em relação às primeiras rodadas, quando o time conseguia se compactar para defender com mais consistência, reduzindo os espaços de ataque. O próprio treinador Léo Condé comentou essa dificuldade após o duelo com o Bugre.
"Uma partida bem abaixo daquilo que nossa equipe tem condições de produzir. A gente marcou muito de longe, ofereceu bastante espaço. Numa dessas jogadas, eles conseguiram fazer o primeiro gol", avaliou o treinador, que enfrenta a sua fase mais complicada na equipe, com o seu trabalho contestado por torcedores.
O time tem mais uma oportunidade de virar essa página ruim na Série B e voltar a atuar em um bom nível. Em casa, com o apoio da torcida, enfrenta amanhã um adversário que ocupa a 12ª posição e não tem demonstrado força para brigar na parte de cima da tabela.
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