EC.VITÓRIA
William Henrique ganha apelido de Pica Pau no Vitória
Por Moysés Suzart

Guess Who? é o bordão clássico para a criançada saber que está na hora de começar o Pica-Pau na TV. O desenho clássico de um pássaro malandro começava com a frase citada, que em português significa "Adivinha quem é?". Pois bem. A torcida rubro-negra tem a mesma euforia infantil quando William Henrique, o Pica-Pau do Vitória, levanta do banco para entrar em campo. É certo: vai começar a brincadeira.
Com um cabelo que lembra o pássaro, William ganhou o apelido do torcedor e, por coincidência, soma outras características do personagem. Nos últimos dois jogos, infernizou os adversários Atlético-PR e Goiás, sendo autor de gols decisivos nos triunfos. Ele praticamente repetiu o que Pica-Pau faz para passar a perna em rivais como Leôncio e Zeca Urubu.
"Sempre assisti ao desenho e gosto muito. Até hoje vejo. Eu já tive apelidos como 'Neymar do Nordeste' e coisas do gênero. Mas Pica-Pau é a primeira vez. Torcedor, quando coloca apelido, é porque gostou da gente, né? Então está valendo. Se a moda pega, vão mandar eu rir que nem ele", brincou William, sempre sorridente, como seu sócia animado.
Para fazer o topete, William garante que não tem muito trabalho. "Mulher sabe como é. Colocou a chapinha, pintou de loiro, já foi. É só correr para o abraço", brincou.
Malandro - O Pica-Pau também ficou eternizado pelo jeito malandro de ser, sempre conseguindo o que quer na manha. William não leva exatamente a característica ao pé da letra, mas já fez algo do tipo. No Baiano, o atleta foi emprestado ao Botafogo local, mas marcou presença na comemoração do título estadual do Vitória. Ganhou até medalha.
"Me dei mal... tinha que lembrar disto? (risos). Eu já tinha retornado do Botafogo e estava descansando na concentração (do Barradão), quando ouvi as gritarias de campeão. Desci e a turma me deu a camisa comemorativa. Já estava lá dentro do campo, fui pegar a medalha também, né? Faço parte ou não do grupo?", provocou William.
Esquecido pelo ex-técnico Caio Júnior, William foi emprestado duas vezes nesta temporada. Além do Botafogo, defendeu o ASA. "Confesso que fiquei triste. Ficou claro que não teria oportunidade aqui. Não tinha outro remédio que não fosse ser emprestado. Porém, o futebol dá voltas e estou aqui mostrando meu valor", disse.
Mesmo com dois gols e uma assistência em dois jogos, o atacante sabe que o caminho é longo até conquistar uma vaga entre os titulares. "Devo tudo ao professor Ney Franco, que pediu minha volta ao time principal. Preciso melhorar meu lado físico e quero ser titular, mas não é o momento. Estou ajudando como posso", completou.
Se depender de Ney Franco, não vai demorar para William ser um dos personagens principais do Leão. "Eu observo muito a divisão de base pelo Brasil. Sabia que ele era um jogador interessante e que poderia ajudar. Pedi ele de volta e estamos vendo seu potencial", elogiou Ney Franco.
Nesta sexta-feira, 4, o grupo viaja para Sampa, onde enfrenta o São Paulo no Morumbi. O Pica-Pau promete aprontar e divertir a nação rubro-negra. Junto com ele, o Vitória terá o retorno do capitão Victor Ramos, que cumpriu suspensão na rodada passada.
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