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PROCESSO

Ex-cuidadora de Zagallo abre processo por assédio moral

Cuidadora move ação contra a família do 'Velho Lobo'

Por *Da Redação

19/05/2024 - 11:16 h
Zagallo faleceu em janeiro deste ano, por falência múltipla de órgãos
Zagallo faleceu em janeiro deste ano, por falência múltipla de órgãos -

Uma enfermeira, responsável por cuidar de Mario Jorge Lobo Zagallo em seus momentos finais, abriu uma ação por assédio moral contra Mario Cesar, filho caçula do Velho Lobo, e está exigindo uma indenização da família do ex-jogador e ex-treinador da seleção brasileira.

O processo, que corre em segredo de Justiça no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, pede R$ 328.115,27 do espólio deixado por Zagallo e de seu filho caçula, que, segundo a enfermeira, coordenava diretamente suas funções enquanto ela trabalhava com o ex-técnico. A reportagem tentou contato com Mario Cesar e sua advogada, mas não obteve resposta.

Zagallo faleceu em janeiro deste ano, aos 93 anos. A enfermeira afirma que estava no hospital cuidando dele até o dia da morte. Em abril, ela entrou com a ação cobrando FGTS, multa, 13º salário, férias proporcionais e vencidas, diferenças salariais, verbas rescisórias, horas extras e indenização por assédio moral.

Segundo a enfermeira, durante a pandemia, a funcionária da limpeza deixou de ir ao apartamento, o que a obrigou a realizar tarefas além de seu escopo, como limpar o banheiro, passar roupas e preparar as refeições de Zagallo, tudo em um ambiente de trabalho "hostil e humilhante". Ela alega que o filho de Zagallo dava "ordens agressivas" para o cumprimento dessas novas obrigações, muitas vezes acompanhadas de gritos.

"Foi submetida a uma série de constrangimentos, humilhações e exposições indevidas. A dependência do salário para seu sustento pessoal a tornou vulnerável à situação abusiva, obrigando-a a tolerar o ambiente hostil", diz o processo.

Ela também mencionou que, em um grupo de WhatsApp criado pelo empregador, Mario Cesar fez comentários depreciativos, sugerindo que a enfermeira realizasse tarefas extras enquanto Zagallo dormia, além de expor vídeos de sujeira no banheiro com acusações de má higienização. Isso ocorreu no mesmo dia em que a profissional precisou levar o idoso, com suspeita de infecção, às pressas ao hospital.

A enfermeira afirma que, quando foi contratada como cuidadora de idoso em julho de 2017, Zagallo estava lúcido, mas precisava de ajuda para locomoção, alimentação e higiene pessoal. O salário era de R$ 2.400, com 6 plantões mensais de 24 horas na casa de Zagallo, além de um acréscimo de R$ 400 por plantão emergencial ou excedente. Ela diz que foi dispensada em 5 de janeiro deste ano, após a morte do ex-jogador.

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Tags:

assédio moral esportes zagallo

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