MANIPULAÇÃO DE RESULTADOS
Ex-jogador da dupla Ba-Vi teria usado conta da mãe em esquema
Atleta é citado na Operação Penalidade Máxima II
Citado na Operação Penalidade Máxima II, que investiga um esquema de apostas envolvendo jogadores em partidas de futebol, o lateral-direito Nino Paraíba utilizou a conta corrente da mãe para receber valores dos apostadores investigados pelo Ministério Público de Goiás.
De acordo com documentos obtidos pelo site Superesportes, os comprovantes bancários estão no nome de Maria José Souza Clementino. A quadrilha menciona o acerto de repasses financeiros non valor R$ 70 mil com o jogador. A depositante foi Camila Silva da Motta, esposa de Bruno Lopes, líder da organização criminosa, de acordo com processo.
Os apostadores confirmam o pagamento dos valores parcelados com Nino, em conversas via WhatsApp. Os prints mostram que os esquemas foram para os jogos entre Ceará x Santos (10/09), Ceará x São Paulo (18/09) e Ceará x Cuiabá (16/10), em que o jogador foi punido com cartão amarelo.
No dia 19 de setembro de 2022, Bruno Lopes, líder da organização, envia um áudio para o grupo.
(...) "Já tenho fechado aqui o Nino Paraíba, que já era nosso já, a gente começou a quitar ele, né? Já falta só dez mil daquela que deu bom, então ele já tá fechado com nós para o final de semana e o Matheuzinho do América, né? Também já tamo fechado aqui já com ele já, entendeu Matheuzinho vinte mil de sinal, atacante, então a ODD vai ser boa e o Nino também, quinze mil de sinal, então o Nino, como ele já fez uma vez com a gente eu consegui reduzir pra quinze (...) eu só ainda não mandei o sinal pra eles porque eu tô com problema na Santander, tá ligado?" (...).
Já em 14 de outubro de 2022, um outro áudio foi enviado confirmando o pagamento.
- (...) "O que a gente tem que priorizar essa semana é mais o Max e o Nino, que eles falaram que adiantando aí, entrando o dinheiro, adiantando eles, é... eles já fazem esse final de semana. O Max principalmente porque é a última rodada da MLS e o Nino, cês sabem que é fechamento, mil grau" (...).
Nino Paraíba conversou diretamente com Bruno Mendes sobre o acordo e não teve resposta.
Bruno Lopes: "2.20. Foi para 2.75 [sobre a odd]"
Bruno Lopes: "Da pra aumentar de 60 mil para uns 75 mil irmão"
Nino Paraíba: "Primeiro acertar o que falta?"
Atual clube de Nino Paraíba, o América-MG o afastou das atividades relacionadas ao futebol. Já o Ceará, clube que o defensor atuou quando participou dos esquemas de manipulação, fez solicitação ao MPGO para que os advogados do clube acessem aos autos, para colaborar com as investigações.
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