‘NOS ARMÁRIOS DOS VESTIÁRIOS’
Ex-jogador Richarlyson revela bissexualidade
O hoje comentarista se tornou o primeiro jogador a atuar na Série A e na seleção a falar abertamente sobre o tema
Por Da Redação
![Sexualidade do ex-atleta virou debate em 2007 quando um dirigente do Palmeiras insinuou que ele era gay](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1190000/1200x720/Artigo-Destaque_01198847_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1190000%2FArtigo-Destaque_01198847_00.jpg%3Fxid%3D5476676%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1738805968&xid=5476676)
O ex jogador de Futebol e comentarista do Grupo Globo, Richarlyson, de 39 anos, revelou e falou pela primeira vez sobre sua bissexualidade durante o podcast ‘Nos Armários dos Vestiários’. O meio-campista, multicampeão com a camisa do São Paulo, se tornou o primeiro jogador que atuou na Série A do Campeonato Brasileiro e na Seleção Brasileira a falar abertamente sobre o tema.
"Pelo tanto de pessoas que falam que é importante meu posicionamento, hoje eu resolvi falar: sou bissexual. Se era isso que faltava, ok. Agora eu quero ver se realmente vai melhorar, porque é esse o meu questionamento", declarou o ex-atleta.
"A vida inteira me perguntaram se sou gay. Eu já me relacionei com homem e já me relacionei com mulher também. Só que aí eu falo hoje aqui e daqui a pouco estará estampada a notícia: 'Richarlyson é bissexual'. E o meme já vem pronto. Dirão: 'Nossa, mas jura? Eu nem imaginava'. Cara, eu sou normal, eu tenho vontades e desejos. Já namorei homem, já namorei mulher, mas e aí? Vai fazer o quê? Nada", desabafou.
A sexualidade do atleta virou debate público em junho de 2007, quando José Cyrillo Júnior, dirigente do Palmeiras, insinuou em rede nacional que ele era gay. Na época, uma queixa-crime foi registrada contra o cartola, que se desculpou publicamente.
No entanto, Manoel Maximiniano Junqueira Filho, juiz do caso, arquivou o processo alegando que homossexuais não seria aceitáveis no futebol brasileiro porque isso prejudicaria a equipe. Ele ainda citou na sentença que futebol era 'coisa de macho’.
"Isso, sim, me deixou muito triste porque em nenhum momento eu senti que aquilo era uma coisa normal. Era uma coisa muito pejorativa. Isso foi muito ruim não só para mim. Ser homossexual não é demérito para ninguém e no futebol não deveria ser um assunto tão polêmico. Nunca deixei que isso atrapalhasse o que eu quero para minha vida. Não vai ser uma frase, uma palavra, uma discussão ou um cara babaca que tentou de forma vulgar maltratar uma classe. Pelo amor de Deus, quanto sofrimento tem na classe LGBTQIA+?", concluiu.
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