FUTEBOL FEMININO
Ex-jogadora fala da importância da Copa Loreta Valadares
Competição de futebol feminino será realizada em agosto
Na manhã desta quarta-feira, 2, autoridades e atletas estiveram presentes em Pituaçu para assistirem ao jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo Feminina. Rosana Vigas, ex-atleta profissional e uma das coordenadoras da Copa Loreta Valadares, comentou sobre as dificuldades de ser uma jogadora nos anos 80 e 90. Os preconceitos eram uma constante. Ela celebra o quanto o país amadureceu em relação ao futebol feminino.
"Há 30 anos eu jogava futebol e nada disso acontecia. A gente era marginalizada, excluída dos espaços e até a família não deixava a gente jogar. Hoje o Brasil e a mentalidade evoluíram e principalmente o futebol feminino. E hoje estamos vendo uma Seleção Brasileira disputando a nona Copa do Mundo", disse Vigas ao Portal A TARDE.
A segunda edição da Copa Loreta Valadares de futebol feminino ocorrerá no mês de agosto. Para Rosana Vigas, ter mais uma competição feminina fortalece a categoria.
"A Loreta Valadares é uma competição que chegou pra ficar a nível amador, mas tem equipes Sub-17 com times profissionais. O Campeonato Baiano existe h´pa mais de 15 anos. Fui atleta e me formei como árbitra logo na primeira edição do primeiro Campeonato Baiano de Futebol Feminino promovido pela Federação Bahiana. Cheguei a apitar a final dessa competição e tantos outros", disse.
"A Importância da Copa Loreta Valadares é imensa. O futebol feminino tem imensa gratidão de poder ter a oportinidade de além do Campeonato Baiano, que tem pouco tempo e somos carentes de competições, e a Loreta Valadares ocupa esse espaço de dois meses com muito congraçamento e harmonia entre as equipes", completou.
Ex-jogadora Rosana Vigas foi a primeira mulher a arbitrar um jogo profissional de futebol na Bahia. Ela analisa o crescimento e a profissionalização da arbitragem feminina no país.
"Mais de 15 anos atrás, já teve mulheres arbitrando e inclusive FIFA, no Brasil. Participei de vários jogos, inclusive apitei Intermunicipal, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro feminino. Sou a única pessoa no Brasil que tinha os quatro escudos CBF, de futebol de campo, society, futebol de areia e futsal", revelou.
"Vejo com bons olhos o crescimento da arbitragem feminina. Teve um período que cresceu muito e entre 2008 e 2009 as mulheres foram retiradas do quadro nacional, quando impuseram um teste físico que homens e mulheres não passavam. Sempre reinivdiquei cursos exclusivos para as mulheres na arbitragem. Fui uma das poucas mulheres que chegaram ao topo, que é apitar competições profissionais. Em 1997, na minha turma tinha 10 mulheres e eu fui a única que cheguei 10 anos depois. Temos representantes nas outras Copas do Mundo e nesta edição. Torço para que as mulheres brasileiras possam estar presentes", concluiu.
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