ESPORTES
Família Leiro é resenha total e diferenciada nos Ba-Vis
Azânia Leiro e os filhos Arthur Correia e Ávine Lucca defendem lados opostos nos clássicos
Futebol e família são duas vertentes que, quando unidas, proporcionam momentos inesquecíveis e emocionantes em conjunto. Um exemplo disso é a conexão entre a social media e digital influencer Azânia Leiro com os filhinhos Arthur Correia e Ávine Lucca, que moram na Fazenda Grande do Retiro e defendem lados opostos nos clássicos entre Bahia e Vitória. Juntos, eles fazem uma resenha diferenciada e especial nos dias de jogos dos gigantes baianos.
A mamãe, de 32 anos, juntamente de Ávine, filho mais velho, de 11 anos, são defensores do lado tricolor da casa, enquanto o pequeno Arthur, de 7 anos, representa as cores do Rubro-Negro. Os três assistem juntos aos jogos da dupla Ba-Vi e não imaginavam que um simples vídeo postado no Instagram, sobre a rotina nos clássicos, poderia encantar o coração de diversas pessoas nas redes sociais, viralizando ao decorrer desta semana.
Toda história marcante possui um ponto de partida e, em bate-papo com a reportagem do Portal MASSA!, Azânia compartilhou o momento inicial do amor dela e de seus filhos pelos tradicionais clubes baianos. “Eu sempre gostei de futebol muito por conta do meu avô, que torcia para o Galícia. Ele sempre incentivava o futebol em casa e eu sempre o acompanhei com o radinho de pilha. Meu pai e minha mãe são Vitória, mas eu fui diferente, nasci Bahia! Quando fui pra Fonte Nova e vi a torcida, falei: “Aqui é o meu lugar”, iniciou ela.
O amor pelo lado azul, vermelho e branco foi transmitido para o pequeno Ávine, primeiro filho e que seguiu os passos da mãe ao escolher o time do coração. “Tive Ávine, o pai dele também é torcedor do Bahia, e eu escolhi homenagear o lateral-esquerdo do Bahia na época e coloquei o nome dele de Ávine. Desde bem pequeno ele também é Bahia”, contou.
Apaixonado pelo Esquadrão, o garoto de 11 anos, que expressou não ter o desejo de trocar o Bahia por nenhum outro time, ganhou uma companhia em seu mundo para ‘apimentar’ os dias de clássicos e aumentar o nível de torcida da família Leiro. Quatro anos mais novo, o pequeno Arthur nasceu e, diferente da progenitora e do brother, escolheu o Rubro-Negro para o resto da vida.
“Me separei do pai de Ávine e conheci Leandro, meu atual companheiro e com quem tive Arthur. O pai dele é torcedor do Vitória e eu não achei justo, eu já tinha meu companheirinho de jogo e deixei Arthur torcer pro time do pai. E aí ele fica ansioso nos jogos, agitado, e seguiu assim, torcedor e apaixonado pelo Vitória”, explicou Azânia.
Em torcidas opostas, quando o trio se junta para os dias de jogos a resenha é garantida, sempre mantendo respeito, mas também com uma pitada de provocação sadia entre a mãe e os meninos. “Eu respeito, mas também tem o lado da resenha, porque o Vitória é a galinha kkk”, brincou a tricolor. “E eu te provoco pescando a sardinha!!”, respondeu o garoto rubro-negro, caindo na risada junto da mamãe.
Preparação para os Ba-Vi’s
Os dias de clássicos causam um grande impacto em boa parte de Salvador, deixando os torcedores animados para o momento do grande confronto. Essa mesma emoção contagia a casa da família Leiro, onde o dia começa com ‘ansiedade a mil’, transformando a sala da residência em uma verdadeira arquibancada de estádio de futebol, com petiscos, bandeiras dos dois times separadas em cada sofá, torcida e provocações, claro, com o clima de muita resenha e brincadeira envolvida entre o trio.
“Dia de Ba-Vi todo mundo acorda ansioso. Ávine é mais tranquilo, mas mesmo assim ele fica preocupado com o placar. Já Arthur, quando é Barradão ele acorda mais elétrico. Aí eu separo as roupas de cada um, preparo tudo, separo as bandeiras, depois eu arrumo a sala, faço um tira-gosto e torno o clima o mais resenha, mais legal possível, para não ficar muito tenso, porque clássico é tenso é fazer gol ou fazer gol”, expressou a mãezona e organizadora.
Apesar de ser torcedora do Bahia, o instinto materno fala mais alto para Azânia nos dias de clássico. Ela declara que torce pelo empate para ver os filhos igualmente felizes. “Esse último eu torci para dar empate, pra pelo menos os dois ficarem de boa. Eu gosto na verdade de ver a resenha deles, a felicidade deles, por que eu acho que lá fora a gente não vai torcer tanto assim, tão livre. Mas aqui em casa a gente fica tranquilo e resenha mesmo, chama a galinha, faz pescaria”, disse.
Aproveitando a grande sequência de Ba-Vi’s que ocorre neste início de ano, Azânia teve a ideia de compartilhar com seus seguidores, no perfil oficial do Instagram, um vídeo editado contendo as melhores cenas e momentos de diversão que acontecem entre eles nos jogos. A publicação bombou entre o público baiano, deixando a mãe surpresa com a dimensão da viralização.
“Como social media eu me imaginei uma péssima criadora de conteúdo, pois eu fiquei sem acreditar. Eu sei que um minuto na internet e um vídeo você ganha o mundo, mas eu fiquei realmente surpresa com a repercussão que teve”, iniciou.
“Na verdade, a ideia surgiu e eu falei com minha cunhada que ia gravar o primeiro Ba-Vi só pra compartilhar a rotina de um jogo como uma coisa natural, como a gente sempre curtia em casa. Só que como teve a repercussão eu pensei ‘meu Deus é só a gente em um jogo’, e fiquei meio desacreditada de mim mesma. E muita gente elogiou a edição, comportamento dos meninos e várias coisas. Mas bombou de uma forma surreal e muito rápido, principalmente no TikTok, que bateu 1 milhão, e me pediram pra fazer de novo”, explicou ela, que pretende seguir com a postagem dos conteúdos, também da rotina fora dos dias de jogos.
Paixões diferentes, sonhos iguais
Mesmo diante das provocações e brincadeiras típicas das semanas que antecedem o clássico, como simulações de pescaria e imitações de galinhas, os garotos mantêm um vínculo forte de união e irmandade no dia a dia desde bem pequenininhos. Movidos pela paixão pelo esporte, a dupla juvenil está alinhada nos pensamentos e compartilha o sonho comum de um dia poder conhecer seus ídolos de cada equipe.
“Eu tenho um sonho de virar jogador do Bahia, conhecer também outros jogadores e jogar pelo Bahia”, projetou Ávine que, de todo o elenco tricolor, escolheu um atacante para ser sua inspiração. “Tenho o sonho de conhecer Biel”, expressou.
Já Arthur segue o mesmo barco, e aspira um dia poder ter contato com um jovem atacante do Leão da Barra. “Eu queria muito conhecer um jogador do Vitória e entrar no estádio com ele. É Zé Hugo”, confessou Arthur.
Com a recente viralização do vídeo, os meninos passaram a receber o carinho de diversas pessoas, não apenas nas redes sociais, mas também nas ruas, onde ambos são reconhecidos e elogiados pela comunidade. Na escola, inclusive, Ávine e Arthur se tornaram mini celebridades, com muitos colegas participando da resenha saudável com ambos.
Expectativas para o próximo Ba-Vi
Com tantos Ba-Vis acontecendo em sequência, o clima de resenha e descontração na casa da família Leiro não para. O próximo confronto entre as equipes será neste domingo (7), às 16h, pelo jogo de volta da grande final do Baianão. Empolgados com o jogo ao longo de toda a semana, os irmãos já fizeram pedidos especiais para a mamãe.
“Ávine tá me pedindo para comprar milho e Arthur quer que eu desenhe uns peixinhos para pescaria. Vou fazer a gastação, a alegria deles e que vença o melhor!”, revelou.
Arthur acredita que o Vitória vai manter a dominância no agregado perante o rival tricolor e expressa. “Vai ser 3 a 1”. Já Ávine discorda do palpite do irmão e retruca. “Vai ser 4 a 2 pro Bahia!”. Para Azânia, o Esquadrão vai conseguir reverter o revés no placar agregado (3 a 2), e ser campeão sem precisar passar pelas penalidades. “Pra mim é 2 a 0, e não vai para os pênaltis. Não tenho condições de pênaltis”, expressou.
O tão esperado confronto deste fim de semana na Arena Fonte Nova promete fortes emoções, pois decidirá o título de campeão baiano de 2024. Azânia e os filhos estão ansiosos para o grande dia e seguem a preparação para mais uma resenha animada em casa, que certamente renderá um novo vídeo para as redes sociais.
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