E AÍ?
CBF precisa mudar estatuto para liberar camisa vermelha da Seleção
Decisão esbarra em regra interna da entidade máxima do futebol nacional
Por Redação

A possível estreia da camisa vermelha da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2026 gerou grande polêmica entre torcedores e especialistas. Para além das opiniões sobre estética e tradição, existe um detalhe jurídico que pode impedir o uso da nova cor: o estatuto da CBF.
O documento oficial da Confederação Brasileira de Futebol, em vigor desde 2017, determina que "os uniformes obedecerão às cores presentes na bandeira da CBF". Ou seja, as camisas devem seguir as cores verde, amarelo e azul, justamente as mesmas da bandeira do Brasil, que também compõem o escudo da entidade.

Assim, pelas normas atuais, o vermelho não poderia ser adotado como cor oficial do uniforme da Seleção. A restrição, no entanto, não é absoluta.
O estatuto abre uma brecha para camisas comemorativas, que podem usar cores variadas desde que haja autorização da diretoria.
O problema é que o novo modelo vermelho seria usado em jogos oficiais, e não apenas em ações pontuais.
Caso mantenha a ideia de utilizar o vermelho no Mundial, a CBF terá que alterar seu próprio estatuto. A mudança exigiria a convocação da Assembleia Geral da entidade e a aprovação da maioria de seus membros. Embora burocrático, o processo é plenamente possível, caso haja interesse político da diretoria.
A proposta de adicionar o vermelho ao uniforme histórico mexeu com a paixão dos torcedores. Enquanto alguns defendem a renovação e homenageiam raízes culturais brasileiras ligadas à luta e à resistência, que o vermelho simbolizava, outros veem na mudança um desrespeito às tradições centenárias da seleção pentacampeã do mundo.
A polêmica segue. A cor vermelha, ao menos sob o estatuto atual, segue fora do uniforme principal da Seleção Brasileira.
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