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Grêmio e Palmeiras fazem decisão pela 1ª vez na Copa do Brasil

Publicado quarta-feira, 30 de dezembro de 2020 às 23:49 h | Atualizado em 30/12/2020, 23:54 | Autor: Daniel Dórea
O Alviverde superou o azarão América-MG e chegou na final | Foto: Cesar Greco | Sociedade Esportiva Palmeiras
O Alviverde superou o azarão América-MG e chegou na final | Foto: Cesar Greco | Sociedade Esportiva Palmeiras -

Dos quatro semifinalistas da Copa do Brasil, três eram gigantes do país. Mas apenas dois podiam se considerar potências na Copa do Brasil. E foram justamente esses dois times que mantiveram a tradição e se garantiram na final, nesta quarta-feira, 30, que será disputada em dois jogos, nos dias 3 e 10 de fevereiro de 2021.

Outro grande brasileiro, o multicampeão São Paulo (que não vence uma competição desde a Sul-Americana de 2012) buscava o único troféu importante que lhe falta, mas, no Morumbi, não conseguiu sair do zero com o Grêmio, que havia vencido na ida por 1 a 0. O Tricolor gaúcho vai em busca do seu sexto título para se igualar ao Cruzeiro como maior vencedor da Copa do Brasil. 

O adversário será o Palmeiras, que vai tentar a quarta conquista. Para alcançar a decisão, o Alviverde superou o azarão América-MG, da Série B do Brasileiro. Levou alguns sustos no início do segundo tempo, mas se impôs e ganhou por 2 a 0 fora de casa, no Independência. Antes, havia empatado em São Paulo, por 1 a 1.

Grêmio e Palmeiras têm um longo histórico de rivalidade em mata-matas. Ao todo, foram 12 confrontos, valendo por Copa do Brasil, Libertadores, Brasileirão (no antigo formato) e pela antiga Taça Brasil. No geral, os gaúchos se saíram melhor sete vezes, sendo que só perderam dois dos últimos nove encontros. No mata-mata nacional, estiveram frente a frente em cinco ocasiões, com vantagem de 3 a 2 para o Grêmio. Apesar de tantos duelos eliminatórios, esta será a primeira final entre os times.

Monotonia

Tanto em São Paulo quanto em Minas, torcedores desrespeitaram o isolamento social para recepcionar os times na chegada ao estádio. No entanto, a irresponsável empolgação da galera não empolgou São Paulo e América. E também não animou seus adversários. Tanto que os jogos foram para lá de monótonos na etapa inicial.

No Morumbi, o reativo Grêmio foi o único a ter chances de gol. Aos 10 minutos, VIctor Ferraz pegou sobra e acertou a trave. Aos 18, após falha de Daniel Alves, Diego Souza errou por pouco uma tentativa de bicicleta. Apesar do domínio territorial, o Tricolor paulista só chegou uma vez com algum perigo, aos 28 minutos, mas Sara caprichou demais na finalização e mandou por cima.

Em Belo Horizonte, o jogo foi ainda menos emocionantei. O momento mais relevante aconteceu por causa de uma falha do goleiro do América, Matheus Cavichiolli, mas o palmeirense Gustavo Gómez não conseguiu aproveitar.

Já na segunda etapa, o Coelho começou tirando onda de predador para cima do Porco. Tanto que criou três oportunidades em sequência, numa verdadeira blitz. Aos 10 minutos, Felipe Azevedo chutou de fora e parou em Weverton. Aos 11, Ademir bateu colocado e tirou tinta da trave. Um minuto depois, numa boa troca de passes com cruzamento à área, Juninho, da marca do pênalti, pegou mal e jogou para fora.

Mas a ousadia do América, que fazia a partida mais importante de sua centenária história, não foi premiada. Pelo contrário, acabou castigada pelos gols palmeirenses. 

Aos 23 minutos, Luiz Adriano recebeu de Rony e chutou com categoria da entrada da área para abrir o placar. Em busca do empate para levar a decisão para os pênaltis, o Coelho deu mais espaços na defesa e o Verdão matou a parada aos 39, quando Rony aproveitou rebote do goleiro e balançou a rede de cabeça para definir o triunfo por 2 a 0. 

Derrotado na ida, o São Paulo tentou partir para cima do Grêmio no segundo tempo. Nas substituições, Fernando Diniz mandou a campo cinco jogadores ofensivos: Toró, Vitor Bueno, Hernanes, Tréllez e Paulinho Bóia. Nada funcionou e o time só conseguiu chegar minimamente perto do gol que levaria a partida para a disputa de pênaltis após bate-rebates na área. Aos 13, a bola ficou com Léo, que chutou por cima. Já aos 48, Toró teve a última chance e cabeceou nas mãos de Vanderlei.

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