Grêmio e Palmeiras fazem decisão pela 1ª vez na Copa do Brasil
Dos quatro semifinalistas da Copa do Brasil, três eram gigantes do país. Mas apenas dois podiam se considerar potências na Copa do Brasil. E foram justamente esses dois times que mantiveram a tradição e se garantiram na final, nesta quarta-feira, 30, que será disputada em dois jogos, nos dias 3 e 10 de fevereiro de 2021.
Outro grande brasileiro, o multicampeão São Paulo (que não vence uma competição desde a Sul-Americana de 2012) buscava o único troféu importante que lhe falta, mas, no Morumbi, não conseguiu sair do zero com o Grêmio, que havia vencido na ida por 1 a 0. O Tricolor gaúcho vai em busca do seu sexto título para se igualar ao Cruzeiro como maior vencedor da Copa do Brasil.
O adversário será o Palmeiras, que vai tentar a quarta conquista. Para alcançar a decisão, o Alviverde superou o azarão América-MG, da Série B do Brasileiro. Levou alguns sustos no início do segundo tempo, mas se impôs e ganhou por 2 a 0 fora de casa, no Independência. Antes, havia empatado em São Paulo, por 1 a 1.
Grêmio e Palmeiras têm um longo histórico de rivalidade em mata-matas. Ao todo, foram 12 confrontos, valendo por Copa do Brasil, Libertadores, Brasileirão (no antigo formato) e pela antiga Taça Brasil. No geral, os gaúchos se saíram melhor sete vezes, sendo que só perderam dois dos últimos nove encontros. No mata-mata nacional, estiveram frente a frente em cinco ocasiões, com vantagem de 3 a 2 para o Grêmio. Apesar de tantos duelos eliminatórios, esta será a primeira final entre os times.
Monotonia
Tanto em São Paulo quanto em Minas, torcedores desrespeitaram o isolamento social para recepcionar os times na chegada ao estádio. No entanto, a irresponsável empolgação da galera não empolgou São Paulo e América. E também não animou seus adversários. Tanto que os jogos foram para lá de monótonos na etapa inicial.
No Morumbi, o reativo Grêmio foi o único a ter chances de gol. Aos 10 minutos, VIctor Ferraz pegou sobra e acertou a trave. Aos 18, após falha de Daniel Alves, Diego Souza errou por pouco uma tentativa de bicicleta. Apesar do domínio territorial, o Tricolor paulista só chegou uma vez com algum perigo, aos 28 minutos, mas Sara caprichou demais na finalização e mandou por cima.
Em Belo Horizonte, o jogo foi ainda menos emocionantei. O momento mais relevante aconteceu por causa de uma falha do goleiro do América, Matheus Cavichiolli, mas o palmeirense Gustavo Gómez não conseguiu aproveitar.
Já na segunda etapa, o Coelho começou tirando onda de predador para cima do Porco. Tanto que criou três oportunidades em sequência, numa verdadeira blitz. Aos 10 minutos, Felipe Azevedo chutou de fora e parou em Weverton. Aos 11, Ademir bateu colocado e tirou tinta da trave. Um minuto depois, numa boa troca de passes com cruzamento à área, Juninho, da marca do pênalti, pegou mal e jogou para fora.
Mas a ousadia do América, que fazia a partida mais importante de sua centenária história, não foi premiada. Pelo contrário, acabou castigada pelos gols palmeirenses.
Aos 23 minutos, Luiz Adriano recebeu de Rony e chutou com categoria da entrada da área para abrir o placar. Em busca do empate para levar a decisão para os pênaltis, o Coelho deu mais espaços na defesa e o Verdão matou a parada aos 39, quando Rony aproveitou rebote do goleiro e balançou a rede de cabeça para definir o triunfo por 2 a 0.
Derrotado na ida, o São Paulo tentou partir para cima do Grêmio no segundo tempo. Nas substituições, Fernando Diniz mandou a campo cinco jogadores ofensivos: Toró, Vitor Bueno, Hernanes, Tréllez e Paulinho Bóia. Nada funcionou e o time só conseguiu chegar minimamente perto do gol que levaria a partida para a disputa de pênaltis após bate-rebates na área. Aos 13, a bola ficou com Léo, que chutou por cima. Já aos 48, Toró teve a última chance e cabeceou nas mãos de Vanderlei.