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22/09/2022 às 6:00 - há XX semanas | Autor: Filipe Ribeiro

"PÉ NA PORTA"

Invicto no UFC, Jailton Malhadinho garante: "Não quero ser mais um"

Baiano fala sobre próximo confronto contra Shamil Abdurakhimov e ascensão meteórica

Soteropolitano está invicto há 12 lutas e venceu as três primeiras no UFC no round inicial
Soteropolitano está invicto há 12 lutas e venceu as três primeiras no UFC no round inicial -

Mais de quatro anos de invencibilidade e chegada ao UFC com o "pé na porta". Essa tem sido a trajetória recente de Jailton Almeida, mais conhecido como "Malhadinho", o lutador baiano que vem chamando atenção por retrospecto vencedor e sequência de confrontos meteóricos no Ultimate.

Especialista na luta no chão, mas também com um bom jogo em pé, o soteropolitano de 31 anos surge como uma das revelações na categoria peso-pesado (até 120 kg) e já começa a buscar agora um lugar no ranking da organização para almejar o tão sonhado cinturão.

Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, ele falou sobre as projeções na carreira, preparação para as lutas, vontade se tornar um ídolo baiano, e também sobre sua paixão fora do octógono: o Esporte Clube Vitória. Confira:

Há praticamente um ano, você fazia sua estreia no Contender Series e atualmente já desponta como uma das principais revelações brasileiras do momento. Já acreditava nessa rápida ascensão?

Verdade, fez um ano. Foi no dia 14 de setembro que eu estreava contra Nasrudin Nasrudinov para entrar no UFC. Estávamos lembrando sobre isso no aeroporto. Graças a Deus nós conseguimos. Sobre as principais revelações, eu ainda não me vejo assim, ainda não tenho um título mundial. Estou chegando devagar, com os pés no chão, na humildade e quem sabe lá na frente eu seja uma das principais revelações do Brasil, o que será fruto do excelente trabalho que estamos fazendo. Estou surpreendendo e quero continuar assim.

Sua última derrota aconteceu em 2018. Desde então são 4 anos e 8 meses de invencibilidade, 12 lutas consecutivas vencendo, sendo as três últimas no UFC. Como você encara esse momento meteórico na carreira?

O que está passando em minha vida hoje, na minha carreira, desde 2018 sem perder é um trabalho de muita dedicação, foco e determinação. Como meu empresário falou comigo, que quando eu chegasse no UFC ninguém ia entender nada, que eu ia chegar metendo o pé na porta. Graças a Deus estou me dedicando nos treinos como sempre, e me dedicando cada vez mais porque eu quero me manter no UFC, não quero ser mais um de chegar, bater na porta e voltar, quero me manter lá dentro. Esse é um momento muito feliz na minha vida, que abriu minha mente para tudo e agora estou mostrando um pouco do meu trabalho.

Suas lutas têm um roteiro interessante. Você as define com certa rapidez, quase sempre ainda no primeiro round. Essa característica foi desenvolvida propositalmente?

A gente faz um treinamento para os três rounds. Aqui no treino é muito difícil, porque se finalizar no primeiro round você tem que voltar e tentar pegar no segundo, no terceiro. No entanto, quando chega na luta, acaba sendo fácil. É o que eu faço no treino, que tem constância e continuidade, e na luta eu passo muito tempo ali, sei que posso finalizar no primeiro, mas sempre pensando que podem ter os outros rounds. Não pode só pensar em terminar no primeiro, mas se pintar a chance, claro que a gente faz.

A categoria dos pesados costuma ter certa dificuldade com lutas no chão e essa é sua principal característica. Em contrapartida, a trocação no alto pode ser um fator de alerta para você?

Eu sou um cara do “grappling” e, apesar do meu pai ser oriundo do boxe, a única preocupação que todo mundo fala comigo é das mãos pesadas, que na categoria peso-pesado "aonde bate não nasce mais cabelo". O bom é que sou um cara muito versátil e veloz, consigo enxergar bem os golpes vindo e acabo conseguindo fazer meu sem problemas. Apesar disso, estou preparado para brigar em cima e embaixo. Ainda não tive a chance de mostrar minha trocação, mas quem sabe um dia eu possa mostrar.

Malhadinho: "Estou preparado para brigar em cima e embaixo"
Malhadinho: "Estou preparado para brigar em cima e embaixo" | Foto: Divulgação

Seu nome começa a ser conhecido dentro do UFC e isso acaba gerando uma expectativa. Você sente essa responsabilidade, ou pelo contrário, isso só te dá mais gás para atingir objetivos?

Não, isso não me afeta. Na verdade, realmente me dá mais gás de estar com a galera, gerando expectativa e ver os resultados chegando. Isso me dá mais combustível de acreditar no objetivo que quero chegar.

Por falar em objetivos, quais são os próximos passos de Malhadinho no mundo das lutas?

Os próximos passos que quero é chegar ao objetivo de entrar no ranking. Em seguida, quem sabe lá na frente, subindo no ranking, conseguir disputar um título mundial e trazer esse título para a nossa terra, porque a gente merece.

Com Ngannou retornando de lesão e a estreia de Jon Jones cada vez mais próxima, a categoria dos pesados ganha um brilho maior. Esta é a categoria onde quer estar para alcançar um título do UFC?

Essa é a categoria que quero estar. Quem sabe um dia eu possa lutar contra esses dois, eu sou muito fã do Jon Jones, todos sabem disso. Será um pouco difícil. Não é à toa que Ngannou é o atual campeão da divisão e Jon Jones é o melhor lutador da atualidade, mas é bom que traz esse brilho para a nossa categoria, e quem sabe eu possa disputar o título com algum deles.

Você acabou de confirmar uma luta contra o russo Shamil Abdurakhimov, para o dia 22 de outubro, no UFC 280. O combate será sua quarta luta no ano, que costuma ser uma quantidade grande para atletas na categoria dos pesados. Sua intenção é seguir nesse ritmo até o tão sonhado cinturão?

A luta já estava marcada para acontecer no UFC 279, mas por causa de algum problema no visto não deu para o Shamil ir aos Estados Unidos. Como a luta iria cair, acabamos aceitando o sueco (Anton Turkalj) para não sair do card. Graças a Deus conseguimos a vitória. Quanto ao número de lutas, é uma quantidade que eu faço, mas elas terminam em vias rápidas. Dessa forma, dá para fazer uma atrás da outra e sem lesões. É nessa sintonia que quero chegar ao cinturão. Tomara que as lutas terminem em vias rápidas e eu consiga fazer confrontos tranquilos, com resultados e chegando à disputa do título o mais rápido possível.

Recentemente, você se aproximou bastante do Vitória, principalmente nesse momento que pode concretizar o acesso à Série B. Como está o coração e a expectativa como torcedor?

Nem fale em futebol porque esses tempos passamos poucas e boas, mas graças a Deus o Vitória já está no objetivo de conseguir o acesso. Amo a torcida do Vitória, amo meu time, faço de tudo para estar no Barradão. Se subir, estarei lá novamente apoiando meu time. O Vitória é colossal, não merece estar onde está.

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Uma publicação compartilhada por Jailton Junior (@malhadinho_ufc)

Atualmente, na luta, temos nomes baianos consagrados como Amanda Nunes, Hebert e Robson Conceição, entre outros. Malhadinho será o próximo ídolo para a Bahia e para os baianos?

Vejo que temos muitos lutadores consagrados. Amanda “Leoa” é um exemplo de mulher, de pessoa, passou por muitas dificuldades. Hebert é meu amigão, conheço o Robson também. Quem sabe um dia eu possa disputar o cinturão, ganhar o título mundial e ser também consagrado e um ídolo para minha Bahia. Eu vou conseguir chegar lá e tentar ser um ídolo para nossa terra.

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