LÍDER DO BAIANÃO
Jacuipense tem dupla de amigos à beira do campo como trunfo
Rodrigo Chagas comanda o Leão do Sisal e tem Paulo Isidoro como auxiliar
Por Celso Lopez*
O Jacuipense irá enfrentar neste sábado, 19, às 16h, o Vitória da Conquista, no Barradão. A partida válida pela 6ª rodada do Baianão pode coroar o belo trabalho do clube com uma classificação antecipada. Em caso de derrota do Vitória para o Atlético de Alagoinhas, o Jacupa já garante sua vaga com um triunfo. A equipe pode voltar ao mata-mata pela primeira vez desde 2020.
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Com a volta da torcida, depois de fechar os portões contra o Bahia de Feira na última quarta, o Leão do Sisal terá mais um reforço na busca pela classificação antecipada. Contudo, talvez o verdadeiro motivo desse desempenho esteja, em grande parte, fora dos gramados. Rodrigo Chagas e Paulo Isidoro, técnico e auxiliar, respectivamente, levaram para o clube uma amizade de 30 anos.
Lado a lado
Velhos conhecidos do Vitória, Rodrigo Chagas e Paulo Isidoro foram dois dos responsáveis pela melhor campanha do time em Brasileiro, em 1993. Ambos titulares, ficaram com o vice-campeonato. E, mesmo depois de se separarem no mundo do futebol, as semelhanças e proximidade continuaram aparecendo. Prova disso foram suas próximas conquistas.
Paulo Isidoro, que na verdade se chama Alex Sandro Santana de Oliveira, foi para o Palmeiras no ano seguinte e foi campeão Paulista e Brasileiro. Já Rodrigo Chagas, logo que chegou do futebol internacional, foi atuar no Corinthians, sendo campeão do Paulista de 1997 e do Brasileiro de 1998.
Hoje, técnico e auxiliar da equipe que está 100% no Campeonato Baiano, vencendo, inclusive, o próprio Rubro-Negro, ambos falaram exclusivamente com o A TARDE.
Amizade e simplicidade
Questionado sobre o “fator secreto” dessa dupla, Rodrigo afirmou que a amizade é muito importante, sobretudo na confiança no outro, mas que o mais importante é sempre ter profissionalismo.
“Não tenho dúvida que o profissional mais adequado para trabalhar agora comigo (no Jacuipense) é Paulo Isidoro. Além de ser um grande profissional, ele é meu amigo, tem meu respeito, sabe da forma que a gente trabalha, com simplicidade. Por termos sido jogadores, sabemos a responsabilidade de passar tudo de forma didática, simples, para que eles entendam. Acho que a amizade sempre facilita, mas dentro de campo, com cobrança”, comentou o técnico.
Depois de muito sacrifício, Rodrigo conseguiu a oportunidade da sua vida no Vitória. O treinador falou sobre a dificuldade que esses clubes têm de oportunizar mais profissionais do estado.
“Eu acho que os clubes baianos deveriam, sim, oportunizar melhor nossos profissionais, porque temos grandes profissionais. Eu tive que trabalhar muito na base até que pudesse aparecer essa oportunidade a qual eu tanto queria (Vitória). Eu acho que sim, se deveria olhar mais os profissionais aqui do estado. Isso não serve só para o Bahia e Vitória, mas sim para outros clubes do estado assim como os profissionais que estão nos clubes, tem que se preparar melhor para o momento que surgir a oportunidade”.
Por fim, o técnico também comentou sobre os objetivos do Leão do Sisal e pregou “passo a passo”. “O primeiro objetivo é não cair, já que duas equipes caem esse ano. O segundo é classificar e o terceiro é a busca pelo título. Essa campanha não deixa de ser uma surpresa, mas sabemos do nosso potencial para esse trabalho. Estamos buscando a liderança que pode nos dar a oportunidade de atuar em casa na próxima fase. Mas passo a passo”.
Já Paulo Isidoro relembrou os velhos tempos e falou sobre o vice-campeonato de 1993 com orgulho.
“Sempre que tenho oportunidade de falar sobre esse feito, me orgulho. Me sinto um campeão brasileiro, porque o clube não tinha nenhuma pretensão de chegar tão longe. Nós, claro, entrávamos em campo para ganhar os jogos, mas estávamos em começo de carreira, nunca imaginávamos que pudéssemos chegar em uma final de campeonato brasileiro tão difícil”.
Perguntado sobre o sucesso da Jacupa no Baianão, Paulo reafirmou as palavras de Rodrigo: “simplicidade”.
“Minha forma de pensar é que o futebol não tem segredo, é algo simples. Fantasiam muito certas coisas dentro do futebol. Eu acho que a amizade, a sinceridade, o companheirismo dentro do nosso trabalho é fantástico e isso contagia a conduta, o ambiente, os atletas. Acho que o diferencial é o comprometimento, a amizade e tudo aquilo que vivenciamos no dia a dia”, disse o auxiliar.
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