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12/05/2023 às 6:15 - há XX semanas | Autor: Silvânia Nascimento

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Jailton Malhadinho: "Sou feliz em representar minha Bahia"

Baiano de Salvador enfrenta o surinamês Jairzinho Rozenstruik, na luta principal do UFC deste fim de semana

Me sinto muito feliz por estar aqui. Quando pensei em desistir,  tive pessoas ao meu lado que me apoiaram, diz Jailton
Me sinto muito feliz por estar aqui. Quando pensei em desistir, tive pessoas ao meu lado que me apoiaram, diz Jailton -

Soteropolitano, 31 anos, 18 vitórias, invicto desde que chegou ao UFC com quatro triunfos e atual 13º colocado no ranking peso-pesado do Ultimate. Estamos falando de Jaílton Almeida, mais conhecido como Malhadinho, nascido e criado no bairro de Brotas. Neste sábado, 13, o baiano fará a primeira luta no card principal da organização, contra o surinamês Jairzinho Rozenstruik, em Las Vegas (EUA)

Até chegar onde está, o lutador brasileiro precisou percorrer um caminho de dificuldades. Com uma carreira marcada por obstáculos e superações, Malhadinho concedeu entrevista ao Grupo A TARDE e falou sobre os cuidados com a performance, a emoção de representar a Bahia, impasses e, até mesmo, sobre futebol. Confira tudo!

Como foram os preparativos para a estreia numa luta principal do UFC?

Eu estreei na categoria 93 kg e tive que baixar de peso. Então, precisei ter muito foco, além do que já tinha. A alimentação muito adequada, que é o fator principal na vida do atleta, o sono, a preparação. Eu faço três treinos por dia. Mas quando foi chegando perto da luta, fomos reduzindo os treinamentos. Já na semana da luta é um treino bem solto, só para acordar o corpo.

Qual a emoção de representar a Bahia em uma competição dessa proporção e ver o cinturão cada vez mais perto?

Sou muito feliz por representar minha Bahia, meu gueto, sou favela. Eu sempre digo que, independentemente, de onde eu esteja, vou continuar sendo esse cara humilde que todo mundo conhece. E representar o meu estado é muito especial para mim, porque tem muitos que criticam o nosso estado, o Nordeste. Falam que o nordestino é um povo fracassado e que não vai chegar a lugar nenhum, e estamos mostrando em vários esportes os nossos campeões olímpicos.

Você contabiliza 18 vitórias, sendo 11 por finalização e sete por nocaute, e apenas duas derrotas no MMA profissional. Como se sente ao olhar sua trajetória?

Me sinto muito feliz por estar aqui, por tudo que já passei na minha vida. Eu me sinto realizado e esse momento que estou vivendo é fruto do excelente trabalho que eu venho fazendo. Quando pensei em desistir, tive pessoas ao meu lado que me apoiaram e sonharam junto comigo.

Qual luta você considera mais marcante na sua carreira?

Sem dúvidas foi a do Contender Series, que é tipo uma seletiva em que você precisa ganhar a luta e convencer o chefe do UFC, que é quem contrata os atletas. Essa luta foi marcante porque antes dela eu fui chamado duas vezes para o UFC e não consegui ir por causa do visto que não saiu a tempo. E no Contender Series, eu lutei contra um russo e venci. E a probabilidade de ganhar de um russo é muito pequena. Para mim, foi uma luta muito especial e difícil também, principalmente a parte psicológica. Fiquei muito pensativo durante a semana, mas graças a Deus tudo deu certo.

Quando e como você percebeu o dom e a vontade de ser atleta? Antes do boxe, você treinou outro esporte?

Antes do boxe eu era jogador de futebol. Sempre gostei do futebol, jogava em time de bairro, mas fazia jiu-jitsu também. Comecei no boxe por causa de meu pai, que me levava puxando pela orelha, porque eu não queria boxe, queria jogar bola. Cheguei a fazer um teste no Vitória para goleiro, mas não consegui entrar. Foi a partir daí que comecei a focar na carreira de lutador.

Quais foram as principais dificuldades enfrentadas durante a construção da sua carreira?

A parte financeira. Porque eu tirava do meu próprio bolso para me manter lutando. Comecei em 2012 e em 2014 decidi parar de lutar por causa disso. Essa questão financeira foi me esfriando um pouco. Eu já trabalhava também. Já aconteceu de pessoas falarem que iam depositar um valor para me ajudar em despesas e chegava na hora não cumpriam. Mas aí, no final de 2015 para 2016, uns amigos me incentivaram a voltar a lutar, e hoje estou vivendo no que eu e eles acreditávamos.

Tem algum atleta da sua modalidade esportiva que te inspirou especialmente?

Entre os americanos eu assistia muito Jon Jones, mas minhas inspirações mesmo foram Anderson Silva, Lyoto Machida e José Aldo, que tem uma história muito parecida com a minha, e o russo Khabib. Tem outros nomes também, mas se eu for falando aqui a lista vai ficar muito gigante.

O fato de você estar invicto, com quatro vitórias no UFC, todas por nocaute ou finalização, te dá mais segurança para o embate de amanhã?

Na verdade, eu sempre falo que luta é 50/50, né? Estou confiante, mas sempre digo que não vai ser luta fácil, vai ser extremamente difícil. Vou fazer meu jogo para buscar mais uma vitória e com fé em Deus vou conseguir.

Há algum título que você ainda sonha muito alcançar?

Ser campeão mundial na minha categoria. É o sonho de qualquer lutador no UFC.

Você é um torcedor fervoroso do Vitória e acompanha o time. Está gostando do desempenho na Série B?

Estou acompanhando tudo. No jogo contra o Londrina, no Barradão, eu estava lá. Depois de termos passado pelos sufocos no início do ano, com as eliminações precoces no Baiano, Copa do Brasil e Copa do Nordeste, o Vitória está fazendo um excelente Campeonato Brasileiro. Fábio Mota falou numa entrevista que a meta era colocar o time na A. Está tendo foco e, com certeza, o Vitória vai subir este ano. O elenco está bom, que permaneça assim, o comandante Léo Condé também é muito bom.

Deixe uma mensagem para os nossos leitores.

Estou muito feliz com o momento que estou vivendo. A gente vai dar mais um passo, com fé em Deus, na nossa caminhada rumo ao cinturão. E dizer para a galera do gueto e periferias, principalmente os adolescentes que buscam espaço no esporte, que vão ter momentos de dificuldades, mas nunca desistam. Olha onde eu cheguei.

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