Jovem talento baiano busca recursos para realizar sonho no futebol

Se tornar um jogador profissional de futebol é o sonho que acompanha milhares de jovens ao redor do mundo e este também é o caso de Pedro Henrique, de 17 anos, um garoto talentoso, da Avenida São Cristóvão, no bairro da Liberdade, em Salvador. Ele recebeu a oportunidade de realizar seu sonho, sendo chamado para jogar profissionalmente no Comercial, de São Paulo, e agora quer ir em busca dos seus objetivos.

Sonhador e apaixonado pelo esporte desde muito novo, Pedro Henrique começou seus passos para se profissionalizar no futebol em uma escolinha do seu bairro, dentro do Colégio Duque de Caxias, chamada de Project Pack 11. Logo depois, a sua carreira de fato se iniciou no tradicional Ypiranga, da capital baiana, com 13 anos. Após isso, ele colecionou passagens por MAF, Botafogo Bonfinense, Unirb e, no momento, se encontra sem clube.

Por isso, para o jovem atleta, esta oportunidade de mostrar seu talento e ingressar em uma equipe paulista pode ser valiosa para dar um salto imenso em sua caminhada. “Eles viram alguns lances meus pelos vídeos de outros times que já joguei. Minha reação (quando chamado) foi como a de qualquer outro menino que sonha em ser jogador, me senti muito feliz, porque talvez esta seja a última oportunidade por causa da minha idade”, detalhou ao Portal MASSA!.

Escola x Futebol

'Fominha' pelo esporte, o garoto dá show dentro das quatro linhas, seja jogando um ‘baba’ na rua com o tio e amigos, ou pelos campeonatos escolares, onde no Colégio Estadual Rubén Darío, já conquistou o título de campeão quatro vezes seguidas. Mas agora ele possui um grande desafio pela frente: conciliar os estudos e a carreira no futebol sem perder o foco. “Em momento nenhum eu penso em parar de estudar, até porque este já é o meu último ano na escola (risos)”, lembrou.

Para a mãe do atleta, dona Janaína Santos, a paixão de Pedro pelo esporte se originou logo no início da sua infância e, desde então, ele não perde nenhuma oportunidade de sair de casa para ir jogar bola, mas mantendo um compromisso com os estudos. “Ele é fominha desde os 5 anos porque deixava de comer em casa para jogar bola… Atualmente está sem clube, e joga dia de quarta, quinta e sexta em alguns ‘babas’. Joga um com o tio na sexta às 5h30 da manhã e depois ainda vai direto para a escola”, comentou.

Um sonho nobre

Além do objetivo de conseguir chegar ao topo do futebol profissional e jogar por grandes clubes, o jovem atleta mantém um sonho maior do que todas as outras ambições, que é o de conquistar tudo pelo pai, que faleceu quando ele era bem novo. “Meu maior sonho primeiramente é mostrar para meu pai que eu consegui tudo que eu almejo, mesmo ele não estando vivo para prestigiar. E também ajudar muitos garotos daqui da rua que são bons também e sonham com isso”, expressou.

Para conquistar seus objetivos, o garoto recebe total apoio e suporte vindo de casa, principalmente, de sua mãe, Janaína, que ainda pretende ver o filho atuando por algum dos grandes clubes de Salvador. “Quero que ele realize o sonho dele e também desejo ver ele no Vitória ou no Bahia”, projetou a mãezona.

Ídolo particular

Torcedor do Vitória, o garoto conta que, para jogar, ele mantém a inspiração em alguns grandes jogadores conhecidos a nível mundial, como Cristiano Ronaldo e David Beckham, pois se igualam com seu estilo de jogo. “Eu gosto de jogar de meia atacante e atacante de beirada, meus maiores ídolos são Cristiano Ronaldo, que é minha maior inspiração, e David Beckham por causa das faltas”, revelou.

Entretanto, apesar dos ídolos famosos, ele conta que se espelha em seu tio, que detém o apelido de um velho conhecido e ídolo do Rubro-Negro baiano. “Também tenho (como ídolo) meu tio Cid, mais conhecido como negão ou Marquinhos do Vitória (como chamam). Me inspiro muito nele, joga demais”, descreveu o garoto sorrindo.

Ajuda solidária

Apesar de ser chamado para viajar e jogar profissionalmente pelo Comercial de São Paulo, o rapaz e sua família vivem em uma situação delicada economicamente e não possuem os recursos necessários para arcar com a viagem. “A situação financeira é complicada, moramos de aluguel e eu tenho uma filha pequena também, mora eu ele minha filha e o pai de minha filha”, contou dona Janaína, mãe de Pedro.

Para custear a passagem e conseguir encaminhar o rapaz a ter a oportunidade de mostrar seu talento, uma ‘vaquinha’ foi feita e divulgada nas redes sociais. Através do PIX, as pessoas podem contribuir, mandando qualquer valor. “Está difícil conseguir o valor, mas vamos chegar lá. Algumas pessoas estão ajudando, mandando dez, vinte reais”, disse a progenitora.

Toda e qualquer contribuição pode ser feita através do PIX (celular): (71) 98885-9525 (Cristina Silva Santos).

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