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Junior Cigano superou infância difícil na Bahia

Por Diego Adans

10/11/2011 - 20:50 h

Na madrugada de domingo, 13, o brasileiro Junior Cigano encara o maior desafio de sua vida. Aos 27 anos, terá a chance de disputar o cinturão dos pesos-pesados do UFC diante do americano Cain Velásquez, em San José, na Califórnia.

Alcançar tal oportunidade, porém, não foi nada fácil. Apanhou bastante da vida para garantir o sustento familiar. Radicado em Salvador e “baiano de coração”, Cigano nasceu e foi criado no município de Caçador – considerada a capital industrial do meio-oeste catarinense, que fica aproximadamente a 400 km de Florianópolis.

Aos 10 anos, o filho mais velho da faxineira Dona Maria de Lourdes e do finado Sebastião de Jesus já vendia picolé na vizinhança. “Juninho”, como a mãe até hoje o chama carinhosamente, foi também entregador de jornal, servente, vendedor de pastel, carregador de caminhões e serralheiro.

“Trabalhava bem cedo e depois ia para escola. Ele era comportado, quietinho que só”, por telefone, revelou Dona Maria. Assim que chegou à maioridade, foi em busca de um grande sonho: seguir a carreira militar.

Pela primeira vez, deixou Caçador e foi a Curitiba. O destino, porém, lhe ‘pregou uma peça’. Atualmente, temido como um dos maiores lutadores do mundo, na época, foi reprovado num simples exame médico das Forças Armadas.

“Meu sonho era entrar para o Exército. Em Curitiba diziam que era mais fácil. Mas fui reprovado, pois tinha um dente com cárie”, contou. Abatido, retornou à cidade natal. Porém, para angústia dos pais e irmãos Marcelo (22) e Juliana (24), viu em Salvador a chance de um futuro melhor.

Vinda à Bahia - Na Boa Terra, moravam os amigos Fernando e Paulo. No mesmo ano (2002), à convite deles, resolveu se mudar. A viagem, porém, ganhou contornos dramáticos.

“Primeiro, ele foi para São Paulo. Mas não tinha noção que a distância para Salvador era tão grande e a passagem bem mais cara. Resultado: teve que cobrar o bilhete e gastou quase toda a economia”, revela a esposa Vilsana Piccoli.

O desembarque em solo baiano ocorreu no dia 19 de dezembro de 2002, com R$ 80 no bolso. Da rodoviária foi direto para antiga churrascaria Porcão, onde um dos amigos (Fernando) trabalhava.

Lá, conseguiu emprego de lavador de pratos. Em pouco tempo, graças a agilidade e dedicação foi promovido a garçom. Eram 12 horas de labuta diária. Ganhava R$ 250 por mês, quantia suficiente apenas para pagar o aluguel do quarto, que dividia com os amigos, num apartamento na Boca do Rio.

“A sorte é que eu almoçava e jantava no trabalho”, revela Cigano. Depois de quatro meses, mudou para um novo restaurante – French Quartier – e acabou conhecendo a mulher, a arquiteta e confidente Vilsana, que almoçava com amigas.

“Foi paixão à primeira vista. Anotei meu número e nome num pedaço de papel e entreguei a ele. Minhas amigas brigaram, mas fiz assim mesmo. Deu certo”, conta. No dia 9 de abril de 2003 se casaram.

Cigano passou a morar e trabalhar com a esposa. Acompanhava-a nas obras de arquitetura. A apresentação às artes marciais foi por questão estética. “Era gordinho”, conta. Agora, Cigano será o primeiro a ter a chance de tirar o cinturão de Velásquez.

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