ESPORTES
Mauricio Souza diz ter medo de ficar no Brasil e estuda sair do país
Por Da Redação
Acusado de homofobia, o jogador de vôlei Maurício Souza, que foi demitido do Minas Tênis Clube e teve as portas na seleção brasileira fechadas, afirmou que tem medo de continuar no Brasil.
Ele afirmou, inclusive, que já recebeu propostas no Brasil e no exterior, mas disse que para qualquer time que vá haverá pressão do que chamou de "galerinha da lacrolândia".
"Meu empresário está com medo de eu ficar aqui no Brasil. Talvez, a melhor opção seja sair do país mesmo. Aqui no Brasil, qualquer time que eu vá vai ter pressão da ‘galerinha da lacrolândia’”, disse Maurício durante participação em live com o jornalista Thiago Asmar.
Ele afirmou que também tem medo de permanecer no Brasil pelos colegas, que podem ser diretamente afetados com uma possível pressão no clube onde fincar raízes.
"Eu também tenho medo de ficar aqui no Brasil. Não por mim, mas pelos meus colegas de equipe. Se o time não tiver uma estrutura muito forte junto com os patrocinadores para aguentar essa pressão, vai ser difícil. Como que o grupo lidaria com isso? Como que seria a minha aceitação dentro desse grupo? Então, prefiro nem pagar para ver".
Entenda o caso
Maurício Souza perguntou aonde iríamos "parar", após a DC Comics anunciar que o novo super-homem, filho de Clark Kent, iria se descobrir bissexual nos próximos capítulos da história em quadrinhos.
"Ah é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar", escreveu o jogador ao compartilhar a notícia. A postagem recebeu o apoio ainda de outros jogadores como Wallace e Sidão.
Com a pressão dos patrocinadores, o Minas Clube demitiu o jogador no dia 27 de outubro, após afastá-lo e tentar resolver a situação com uma retratação pública.
A ação fez com que Maurício Souza tivesse as portas da seleção fechadas. O treinador Renan Dal Zotto repudiou a fala do atleta e disse que não "em se tratando de seleção brasileira, não tem espaço para profissionais homofóbicos".
A atitude fez do jogador popular entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partdo) e seu número de seguidores no Instagram saiu de 300 mil para 2 milhões após a postagem. Ele recebeu apoio do senador Flávio Bolsonaro e de outras personalidades bolsonaristas.
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