ESPORTES
Meteoro do jiu-jitsu, Lucas faz rifa pra ir ao Brasileirão
Presente na dificuldade de conseguir patrocinador fixo, o guerreiro do jiu-jitsu trava uma luta contra o tempo
Por Pedro Moraes
A batalha pela vida de sucesso no esporte transcende o horizonte do desejo pessoal e, no caso de Lucas Fernandes, coletivo. Presente na dificuldade de conseguir patrocinador fixo, o guerreiro do jiu-jitsu trava uma luta contra o tempo para conseguir uma quantia suficiente para que a sua família possa arcar com as despesas de uma viagem para São Paulo.
Isso porque, no próximo dia 29 de abril, o Campeonato Brasileiro de Jiu-JItsu acontecerá na cidade de Barueri. E, para que ele consiga competir, uma rifa já foi quitada, porém, a família já projeta a próxima para ampliar a bagagem financeira.
“Passagem aérea, hospedagem, são custos muito altos para um atleta que não tem patrocínio. Está muito puxado para um pai manter vários campeonatos para o filho. Não é o primeiro dele, ele disputou todos os baianos, em abril vai lutar um campeonato em Feira de Santana. É muito interessante essa ajuda para a rifa, que acaba fortalecendo bastante o atleta”, explica Mesaque Veloso, pai do atleta.
Inspirado em Nicholas Meregali, lutador multicampeão mundial, pan-europeu e brasileiro nas faixas coloridas, a jovem promessa, de 10 anos, já antecipou que o desenvolvimento mental está em dias. “[A cabeça] tá boa, não vejo nada difícil, só treinar bastante e estudar o jogo”.
Para além de Meregali, Lucas Fernandes também tem como espelho o irmão, que acumula diversos títulos no esporte. No cartel, o esportista que vislumbra uma vaga no Brasileirão, soma feitos importantes como a primeira posição do ranking da Federação Baiana de Jiu-Jitsu e MMA (FBJJMMA).
Cobranças
Atuante na área da radiologia, Mesaque explica que a pressão pode sufocar o atleta. Porém, ele ressalta que o foco parte do próprio filho, que é ambicioso quando o assunto é conquistar medalhas.
“Eu não sou de cobrar muito até porque ele é criança, mas essa cobrança parte até mais dele, que se dedica muito, é muito focado. Ele mesmo não falta treino. Agora, a expectativa é que ele traga a medalha, ele mesmo diz que está indo buscar o ouro, que não quer nem prata, nem bronze”, crava o paizão.
Dedicação
Mestre de Lucas, Ricardo Carvalho, também conhecido como Capa, faz um trabalho específico com o garoto há dois anos. Para ele, o importante da possível participação do lutador no Brasileirão de jiu-jitsu é a bagagem que ele pode adquirir.
“Tenho toda certeza que Lucas vai chegar e fazer um excelente trabalho, independente de vitória ou derrota, o que vale mais vai ser a experiência dele, lutando em um campeonato de grande porte, sendo que terá várias pessoas de estados diferentes buscando o título”.
Três vezes na semana, o esportista faz treinos intensos, das 19h às 20h. Quando não é dia de segunda, quarta e sexta, ele ainda acrescenta aulas de crossfit à rotina.
Com todos esses valores, a esperança é de que a ajuda solidária o leve a tatames maiores, como o paulista. O Campeonato está projetado para acontecer no Ginásio Poliesportivo José Correa, em Barueri (SP), entre 29 e 30 de abril.
Rifa
Com valor em R$ 10,00 e prêmio de R$ 200,00, a segunda rifa solidária tem como mensagem: “Ajude um atleta a chegar ao pódio brasileiro”.
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