INCLUSÃO
Mônica Veloso e Ronaldo Souza destacam visibilidade PCD na natação
Requalificação do Centro Olímpico de Natação em Salvador foi entregue na manhã desta quinta, 23.
Por Marcos Valença e Brenda Ferreira
Os paratletas baianos Mônica Veloso e Ronaldo Souza destacaram a importância da visibilidade PCD [Pessoas Com Deficiência] na natação, na manhã desta quinta-feira, 23, durante o evento que entregou a requalificação do Centro Olímpico de Natação em Salvador, feita pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), que reuniu atletas e outras lideranças políticas do estado, além da ministra do Esporte, Ana Moser.
Para Mônica, primeira mulher com deficiência a fazer o nado livre no circuito Mar Grande - Salvador, este equipamento é um presente. "Eu já nado aqui há um tempo e faltava essa reestruturação para a gente. Então hoje, a gente ganha um equipamento que está a altura dos grandes equipamentos do Brasil e com certeza vai revelar grandes atletas e paratletas", declarou em entrevista ao Portal A Tarde.
Mônica, que também é fundadora da Associação de Atletas Deficientes, revelou ainda que nas mais de 349 maratonas aquáticas e cinco circuitos internacionais que já fez, há, ainda, algo maior. "Eu sempre digo que as 1500 medalhas que eu ganhei, não valem nada se eu não fizer a inclusão. Isso é mais importante do que os meus títulos. Além disso, a importância de ter esse equipamento é conscientizar a população PCD sobre a relevância do esporte. Fui atleta do ano e destaque em 2022, então por que muitos não podem vir atrás de mim? Devem e podem", declarou Veloso.
Pentacampeão brasileiro na sua categoria, o nadador Ronaldo Souza comemorou a inclusão das Pessoas Com Deficiência nesse projeto. "A gente está aqui desde o começo, lutando para que isso acontecesse e estamos muito felizes. Comecei a natação em 2000 e de lá para cá, coleciono títulos". Souza é campeão panamericano em Guadalajara em 2011, finalista na paralimpíada de Londres e contabiliza no currículo ainda 80 travessias no circuito Itaparica-Salvador.
O paratleta também falou sobre o impacto nos atletas que deixaram a Bahia para treinar fora por falta de estrutura e equipamento no estado, a exemplo da baiana Ana Marcela. "A galera que não tinha antes uma estrutura dessa na Bahia, em Salvador, era muito difícil. Tanto que os grandes atletas já foram para fora treinar e agora ter uma estrutura dessa, nadando em casa, não tem coisa melhor. A gente tem que valorizar essa estrutura e projeto pra os próximos campeões.
As intervenções no centro, localizado na Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô), em Salvador, incluíram a construção de novo pódio, arquibancada, vestiário para atletas, sanitário público, além do serviço de pavimentação e paisagismo. O trabalho foi coordenado pela Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), vinculada à Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (Setre).
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