COB repudia futebol masculino por atitude em pódio olímpico

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) repudiou a atitude dos jogadores da seleção masculina de futebol que não seguiu o procolo e partipou da premiação no pódio olímpico sem os agasalhos da delegação brasileira para as Olimpíadas de Tóquio. Por recomendação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os atletas utilizaram a vestimenta amarrada na cintura enquanto recebiam a medalha de ouro no sábado, 7.

Nos Jogos Olímpicos, cada país tem apenas um uniforme de pódio aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional. Assim, em todas as cerimônias de pódio, independente da modalidade, os atletas precisarm estar com a mesma vestimenta.

Além disso, o uniforme padrão dos atletas brasileiros em Tóquio foi produzido pela empresa chinesa de marca esportiva Peak. Sem utilizar os agasalhos, a seleção brasileira privilegiou mostrar a marca da Nike nas camisas, o que irritou o patrocinador e pode gerar disputa judicial.

O COB se pronunciou por meio de nota oficial neste domingo, afirmando que "repudia a atitude da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos jogadores" e que após o término dos Jogos tomará medidas "para preservar os direitos do Movimento Olímpico, dos demais atletas e dos nossos patrocinadores".

No post do COB, o nadador Bruno Fratus, medalha de bronze na natação nos 50m livres também comentou a polêmica. "A mensagem foi clara: não fazem parte do time e não fazem questão. Também estão completamente desconexos e alienados as consequências que isso pode gerar a inúmeros atletas que não são milionários como eles", disse o atleta.

Ao UOL Esporte, a CBF alegou não ter sido notificada sobre a exigência. Os jogadores afirmaram que não usar o agasalho foi ordem da Confederação.

Problemas para o COB

O COB fechou contrato com peças de enxoval com a Peak em troca de exposição em momentos-chave, com o principal deles sendo a cerimônia do pódio. Durante as partidas, as equipes podem utilizar roupas produzidas por cada fornecedora, como é o caso do futebol masculino e feminino com a Nike.

Com a decisão da CBF de instruir os jogadores a não utilizar os agasalhos, o COB teme punições do COI, já que descumpriu a norma de utilização no pódio. As punições, não especificadas, seriam aplicadas ao Time Brasil e não a Confderação.

O COB também teme que a ação gere problemas na renovação contratual com a Peak.

A empresa chinesa se pronunciou sobre a confusão através de um post no Instagram. "Somos empresas diferentes, e não existia nenhuma intenção de que houvesse uma combinação das camisas da Nike com as calças de pódio da Peak, isso é um rumor maluco. Alguém precisa ser responsabilizado por isso, e por colocar a Nike em uma situação embaraçosa. Nós somos Peak, eles são Nike. Esta é a nossa cerimônia de pódio para o time de futebol. Espero que tudo esteja claro agora".