PAN 2015
Goleiro do polo acusado de abuso sexual chega ao Brasil

Por Da Redação e Agência Brasil

Já está no Rio de Janeiro o goleiro do polo aquático da Seleção Brasileira Thyê, acusado de abuso sexual no Pan-Americano de Toronto. Ele desembarcou às 15h, depois de ter deixado Kazan, na Rússia, onde o Brasil se prepara para o Mundial de esportes aquáticos. A polícia canadense o investiga por um suposto abuso a uma mulher de 22 anos, no dia 16 de julho, horas antes de enfrentar os Estados Unidos pela final do pólo aquático.
O técnico Carlinhos, que viu Thyê se formar no Fluminense estava à espera dele no aeroporto. "Falo dele o que falaria das minhas filhas, pois o considero um filho. Nunca tirou um palito fora do lugar. É amigo dos amigos. Querido e amado por todos. O que deixa todo mundo revoltado é a acusação sem provas. Se tem prova, você vai lamentar, mas sem provas é condenar com antecedência e não aceito isso com ninguém. Uma exposição pública. A polícia canadense sabia que ele não estava mais lá. Era só fazer uma ligação para o COB ou para o comitê canadense. Ele passou pelo aeroporto. Por que não fizeram isso antes de ele sair do país? É uma coisa nebulosa. Enquanto não houver nada em contrário, eu e comunidade do polo aquático somos 100% Thyê", afirmou em entrevista ao Globoesporte.com.
"Não queremos fazer comentários sobre o caso enquanto não tivermos total conhecimento do processo contra ele, para prepararmos sua defesa", disse o advogado da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Marcelo Franklin, à Agência Brasil. Segundo o advogado, não há qualquer previsão em termos de prazos para que isso ocorra. "O que temos declarado é que ele é totalmente inocente", acrescentou o encarregado de defender o atleta das acusações feitas pela jovem. Franklin havia dito que as acusações contra o jogador surpreenderam a todos, e que está trabalhando na defesa dele em conjunto com um profissional canadense.
Franklin disse que espera receber, nos próximos dias, informações mais consistentes que lhe permitam definir a estratégia de atuação. "Antes de qualquer prejulgamento, é preciso conhecer as acusações e as evidências que as sustentam. Até porque, é preciso levar em conta que, na legislação canadense, o assédio sexual vai de um toque não autorizado, um beijo, até, na outra ponta, o estupro", acrescentou o advogado.
De acordo com as autoridades canadenses, Mattos e outro integrante da equipe brasileira de polo aquático foram à casa da jovem na madrugada do dia 16 de julho, após se conhecerem em um bar, onde os atletas comemoravam a conquista da medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. De acordo com a inspetora de Crimes Sexuais, Joanna Beaven-Desjardins, a vítima afirma que, a certa altura, decidiu ir dormir. Foi quando, segundo a jovem, Mattos a seguiu até o quarto e abusou sexualmente dela. Ainda segundo a vítima, uma amiga dela estava presente. A polícia emitiu um mandado de prisão com a foto e dados do atleta, além de um número de telefone para denúncias.
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