ESPORTES
Para emplacar sequência positiva, Tricolor precisa vencer o carrasco Inter
Por Rafael Tiago Nunes
Desde a chegada da tropa gringa, as coisas começaram a mudar no Bahia. Com o argentino Diego Dabove à beira do gramado e o colombiano Hugo Rodallega no comando de ataque, o Tricolor ostenta agora uma invencibilidade de três jogos na Série A do Campeonato Brasileiro, sendo um triunfo e dois empates, com cinco gols marcados – todos de Rodallega – e três sofridos. O Esquadrão vive um cenário mais otimista se for levado em conta que o time passou oito rodadas sem vencer.
Porém, para cair de vez nas graças da Nação Tricolor, Dabove e seus comandados terão que oferecer um pouco mais. Emplacar uma sequência positiva para provar que os tempos são outros na Cidade Tricolor seria um bom começo. Para isso, o Bahia terá que repetir um feito raro em sua história: vencer o Internacional fora de casa. O jogo está marcado para hoje, às 16h, no Beira-Rio, válido pela 22ª rodada do Brasileirão.
É comum e totalmente normal o torcedor lembrar a conquista do título brasileiro de 1988 em cima do Colorado. Mas até mesmo na decisão, que rendeu a segunda estrela, o Tricolor não conseguiu ganhar no Beira-Rio. Na partida de ida, em 15 de fevereiro de 1989, o Bahia venceu por 2 a 1 na Fonte Nova. Já o jogo de volta, em Porto Alegre, no dia 19 de fevereiro do mesmo ano, acabou em 0 a 0.
E vencer o Inter fora de casa, ao longo da história, virou realmente uma coisa rara de se ver. Em 20 duelos disputados pelo Brasileirão, o Tricolor venceu apenas um, empatou cinco e perdeu os outros 14. Essa solitária vitória foi o 2 a 1 no ano de 2013, partida válida pela terceira rodada da Série A. Na ocasião, o Bahia era comandado por Cristóvão Borges. Ryder e Fernandão marcaram os gols do Esquadrão. Diego Forlán descontou.
Vale ressaltar que esse triunfo não foi no Beira-Rio, mas no estádio Francisco Stédile (o Centenário), na cidade de Caxias do Sul.
Em 2014, o Bahia venceu, de fato, no Beira-Rio. Em duelo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana, o Tricolor, comandado por Gilson Kleina, ganhou o embate por 2 a 0, com gols de Diego Macedo e Lucas Fonseca. Como a partida de volta acabou empatada, o tricolor baiano ficou com a vaga para a fase seguinte.
Matador é esperança
Com um time mais ajustado defensiva e ofensivamente, faltava um artilheiro inspirado e em boa fase, até mesmo porque Gilberto marcou apenas um gol nos últimos 13 jogos. E esse matador nato chegou. Com 36 anos, Hugo Rodallega balançou as redes adversárias cinco vezes em três partidas como titular. Assombrou o Fortaleza com quatro gols e fez um golaço de bicicleta contra o Red Bull Bragantino.
Junto com o atacante colombiano, outros gringos se destacam no novo momento vivido pelo time: o zagueiro Germán Conti voltou a ter boas atuações, o meia Mugni se tornou titular absoluto, assim como Isnaldo. Mas é importante também destacar a importância de Lucas Araújo no time, que passou a ter uma maior proteção na frente da zaga.
E a torcida vive ainda a expectativa do retorno de outro atleta colombiano. Recuperado de lesão e treinando normalmente há quase um mês, o meia Índio Ramírez pode voltar a ser relacionado para uma partida após mais de sete meses, quando se lesionou no jogo contra o Fluminense, no último Brasileirão.
Em 10 jogos disputados fora de casa nesta Série A, o Bahia venceu apenas dois (Ceará e Chapecoense), empatou três e perdeu cinco.
Escalações
Para o duelo desta tarde, Diego Dabove ainda não poderá contar com o atacante Rossi, que está em processo de recondicionamento físico após se recuperar de lesão, e com o goleiro Danilo Fernandes, que pertence ao Inter. Marcelo Cirino ainda tem aperfeiçoado o condicionamento físico e não estreia. Conti voltaria de suspensão, porém, sentiu um incômodo na coxa e está fora. Lucas deve seguir no time.
Já o técnico uruguaio Diego Aguirre terá o retorno do experiente atacante Taison, curado de contusão. Resta saber se ele começará no banco ou entre os titulares. Sem os laterais Moisés e Saravia, suspensos, a tendência é de que Paulo Victor e Heitor ganhem lugar no time.
Crise financeira
Dois dias antes do jogo, na última sexta, veio à tona uma situação delicada entre atletas e diretoria do Bahia. Por conta de atrasos salariais, o elenco decidiu não mais concentrar nem dar entrevistas em jogos em casa.
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