Phelps e Cielo brilham em ano marcado por polêmica sobre maiôs

O norte-americano Michael Phelps e o brasileiro César Cielo foram os grandes nomes da natação em 2009 graças às excepcionais atuações no Mundial de Roma, o último antes da proibição dos polêmicos maiôs de poliuretano.



No total, nada menos que 43 recordes foram estabelecidos nas piscinas da capital italiana, e com a decisão da Federação Internacional de Natação (Fina) de voltar aos trajes de tecido a partir do de 1 de janeiro de 2010, a maioria destas marcas não deverão ser quebradas antes de vários anos.



Um ano depois de faturar oito medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, Phelps, o maior nadador de todos os tempos, foi a principal estrela do Mundial de Roma, onde levou cinco ouros (100m e 200m borboleta e revezamentos 4x100m, 4x200m livre e 4x100m medley) e uma prata (200m livre).



Com exceção da prova de 4x100m, todos os ouros vieram com recordes mundiais, ajudando Phelps a dar definitivamente a volta por cima após ter sido flagrado fumando maconha em uma festa no início deste ano.



O brasileiro César Cielo foi o outro grande nome da temporada, com vitórias nos 50m e nos 100m em Roma. Nos 100m, Cielo estabeleceu um novo recorde mundial, com um tempo de 46.91.



Assim, o paulista igualou os feitos alcançados pelo russo Alexander Popov em 1994 e pelo norte-americano Anthony Ervin em 2001, os únicos a terem vencido as duas provas de velocidade em um mesmo Mundial.



"Esta é a melhor temporada da minha vida", vibrou o brasileiro de 22 anos.



E para fechar 2009 com chave de ouro, Cielo estabeleceu nesta sexta-feira no Aberto de São Paulo, diante de seu público, o novo recorde mundial dos 50m, com um tempo de 20.91.



O ano também foi marcado pela polêmica sobre os maiôs de poliuretano, que muitos acusaram de ter desvirtuado a natação.



A Fina autorizou o uso destes trajes especiais no Mundial de Roma, mas avisou que eles serão banidos a partir de 1 de janeiro de 2010, quando voltarão os maiôs de tecido tradicionais.