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12/04/2024 às 20:25 - há XX semanas | Autor: SANTIAGO OLIVEIRA

ESPORTES

Poupar ou não pro Brasileirão? Especialistas opinam sobre rodízio e DM

Trabalho bem feito de todo staff pode reduzir consideravelmente os desfalques por lesões

Neto Dourado, fisioterapeuta do Esporte Clube Bahia
Neto Dourado, fisioterapeuta do Esporte Clube Bahia -

Na porta da principal competição nacional, após o fim dos estaduais, a palavra "poupar", bastante utilizada pelas comissões técnicas, coloca em xeque a condição física dos times para o início do Campeonato Brasileiro de 2024. Embora não seja uma ciência exata, um trabalho bem feito de todo staff pode reduzir consideravelmente os desfalques por lesões.

Para entender parte da logística de um departamento médico, o Portal MASSA! convidou o especialista em fisiologia do exercício e treinamento desportivo de alto rendimento, Alexandre Dortas, e o preparador físico Ednei Oliveira para um bate-papo.

É praticamente unânime as críticas em relação ao calendário brasileiro. Desta forma, os dois profissionais entendem a necessidade de realizar o famoso rodízio de jogadores entre um jogo e outro nos campeonatos, principalmente nos que começam o ano.

"Devido ao número de jogos e pouco tempo de recuperação, o rodízio é importante para evitar riscos de lesões, o calendário brasileiro é muito desumano", destacou o preparador físico e ex-técnico das divisões iniciais do Bahia.

As lesões em treinos não são incomuns, acontecem, muitas vezes, por conta do nível de desgaste físico, onde os atletas precisam se preparar para jogos de três em três dias. Por isso, Dortas explica como funciona a dosagem de carga nos treinamentos.

"Carga externa é tudo aquilo que se propõe a se fazer num dia de treinamento, que é comum para todos os atletas, todos vão cumprir todos os exercícios, as atividades, os blocos de treino, todos vão fazer exatamente igual teoricamente. A carga interna seria a resposta que cada atleta dá à carga que foi implementada, então mesmo o treinamento sendo igual para todos, cada um vai ter uma resposta diferente", detalhou o ex-fisiologista da dupla Ba-Vi.

"Por isso a importância de se planejar toda a programação, entendendo exatamente que tipo de exigência vai se fazer, as exigências neuromusculares, as exigências metabólicas, se as cargas de treinamento são correspondentes ao período de treinamento", completou.

O também professor universitário revelou o dilema vivido pelas comissões técnicas, juntas aos profissionais do departamento médico. "É muito difícil você ter 100% de controle, porquê o atleta muitas vezes precisa treinar. Esse julgamento de treinar mais ou treinar menos [é relativo], treinar menos não condiciona, treinar demais acaba lesionando", sinalizou Alexandre.

Quanto às lesões ligamentares, que na maioria dos casos é necessária intervenção cirúrgica, o fisiologista explica que ocorre de maneira aleatória, apesar de apontar trabalhos preventivos. "Em relação às lesões ligamentares, geralmente elas ocorrem em forma acidental. Uma entorse, é um trauma direto sob uma articulação, e isso infelizmente não é controlado durante uma partida. Agora é lógico que um trabalho preventivo de fortalecimento muscular, de órgãos sensoriais proprioceptores, que são órgãos que estão atentos ao movimento corporal, às pressões, aos movimentos articulares, um bom treinamento dessas capacidades acabam contribuindo que aumente os níveis de defesa do atleta quando se trata dessas lesões ligamentares, que geralmente quando há um rompimento são cirúrgicas", disse.

Ednei, por sua vez, cita alguns pontos que, se trabalhados, ajudam no fortalecimento do jogador. "Precisa ser feito trabalhos de mobilidade articular, exercícios de fortalecimento, potência, força e outros. Mas também não garante que os atletas não irão lesionar".

As diversas variáveis

As maiores equipes do futebol brasileiro, que formam elencos com variedades nas posições, utilizam os Estaduais para dar oportunidade a todos os jogadores e, com isso, testam esquemas e escalações. Inclusive, evitam que seus melhores jogadores se lesionem em competições de níveis técnicos inferiores.

"O futebol é um esporte que a cada semana de duas ou três, uma ou duas partidas sempre são decisivas. Nenhuma partida vale menos de três pontos, todas acabam sendo importantes no processo que o time vai ter no seu sucesso. É lógico que em competições como o Campeonato Baiano, que são competições que têm um nível técnico menor do que o Campeonato Brasileiro, um time que tem um investimento maior tem capacidade de girar esses atletas de uma forma inteligente, pensando em diversas variáveis", disse Dortas.

Contudo, o atleta só adquire a melhor forma física, de acordo com o fisiologista, dentro das quatro linhas. "Um atleta precisa jogar. Entenda que a melhor maneira de condicionar um atleta é jogando. Não tem treino, não tem pré-temporada, isso tudo serve de base, de consistência, mas o que realmente prepara de forma plena um atleta pra sua melhor performance é jogar, porque é no jogo que ele vai encontrar todas as variáveis físicas, técnicas, estáticas e principalmente psicológicas", finalizou o especialista.

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