ESPORTES
Praia do Forte sedia etapa do festival de esportes XTerra Brasil
Por Aurélio Lima
Atletas baianos e de outros nove estados vão desafiar seus limites neste sábado, 9, e domingo, 10, no festival de esportes Xterra Brasil Etapa Praia do Forte. O evento contará com cerca de 1.100 participantes distribuídos por oito provas, que serão disputadas na região de Mata de São João, no Litoral Norte.
Com 1.500 metros de natação, 20,6 km de bike e 7,5 km de corrida, o triathlon é a principal prova. Segundo o regulamento, abre exceção para ser disputado tanto individualmente como no revezamento formado por três atletas.
As outras provas são individuais, segundo a organização do evento que, além da etapa baiana, terá outras três etapas na região de Minas Gerais, duas em São Paulo, duas no Rio de Janeiro, uma em Santa Catarina e outra no Paraná.
A categoria kids insere a garotada no evento como iniciante, de acordo com as respectivas idades. De um a três anos, o percurso é de 50 metros, sendo exigido que os pais acompanhem os pequenos atletas. Para os participantes com idades entre 12 e 13 anos será 1 km.
Em terra, as trilhas foram desenhadas visando colocar os atletas em terrenos planos, ora variando por ladeiras e piso irregular devido à presença de buracos, cascalho, lama ou areia.
Um dos destaques profissionais é a paulista Sabrina Gobbo, de 41 anos. Ela é tetracampeã do evento de forma consecutiva (2014, 2015, 2016 e 2017). Se vencer o circuito este ano também, ultrapassará a santista Luzia Belo, que foi tetracampeã do Xterra (2010, 2011, 2012 e 2013).
Meia-maratona na mata
Vão pegar todo tipo de piso no desafio os inscritos na corrida de 21 km, batizada de trail run por ser disputada em trilhas no meio da natureza. O mineiro Rodrigo Gasparini, de 30 anos, aproveita a breve passagem pela Bahia para disputar a meia-maratona.
Acostumado a viajar de um estado a outro andando, Gasparini considera os 21 km uma prova ‘relâmpago’. “No ano passado, andei a pé e de carona 1.200 km durante três meses e meio. Nessa corrida de 21 km vou fazer em torno de uma hora e 27 minutos”, justificou.
O mochileiro contou ter desenvolvido várias habilidades profissionais, a exemplo da culinária, carpintaria e bioconstrução depois de largar o ramo empresarial para colocar a mochila nas costas e viajar Brasil afora. Na última delas, em 2017, veio parar na localidade de Diogo, no Litoral Norte.
Ele atravessou o Espírito Santo, a partir do Litoral, chegando a Minas e de lá veio parar no Nordeste, estacionando em Diogo há três semanas.
À medida em que vence distâncias faz planos de mapear áreas maiores até dar a volta ao mundo. “Nessa última viagem passei três dias comendo a carne do côco e tomando a água. Em alguns locais troco meu trabalho por alimentos e hospedagem até seguir viagem”, relatou Gasparini, que calcula carregar 20 kg na mochila. Só de água são 4 litros.
Ao adotar o estilo de vida, ele abriu mão de muitas coisas normalmente imprescindíveis no dia a dia. “Já fui casado, mas tem vezes em que fico quatro ou mais dias viajando solitário, dormindo em barraca. Eu tinha apartamento, era empresário, mas optei por ser um andarilho. Não tem nada igual a essa liberdade, paz, felicidade”, defendeu Gasparini.
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