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Quero ser uma referência feminina, diz baiana campeã mundial de karatê
Aos 37 anos, Martinna Rey possui nove títulos mundiais na modalidade
Com nove títulos mundiais conquistados no karatê, entre vários outros, a baiana Martinna Rey já está acostumada com as vitórias em campeonatos da modalidade. A última conquista ocorreu no último mês, dia 20 de novembro, quando disputou o torneio que teve como sede a Eslovênia.
Além de atleta, Martinna também é professora de Karatê Tradicional, modalidade que se baseia na utilização do corpo para capacitar o praticante a descobrir o mais completo desenvolvimento físico e mental, através de técnicas de auto defesa, informações e culturas. O Regulamento Geral é o conjunto de normas que regem as competições do Karatê Tradicional.
Em contato com o Portal A TARDE, Martinna contou sobre sua vida de Karateca e quando começou a praticar o karatê. Por começar desde cedo no esporte, ela se apaixonou e gostava de acompanhar bastante filmes sobre a modalidade ou sobre o mundo da luta
“Sempre digo que foi um chamado. Eu assistia a desenhos japoneses, só via filmes de luta com o Van Damme, Schwarzenegger e Stallone. Como meu primo fazia karatê, eu pedi à minha mãe para treinar. Mas, a academia não aceitou porque eu era muito pequena Daí fui para o Balé e natação... Depois de cinco anos, meu irmão, que é mais novo, entrou no karatê. Só depois que ele começou, que meus pais me matricularam. Desde então, eu nunca parei", contou.
A karateca falou mais detalhes sobre a experiência de ser uma atleta campeã mundial. Mesmo tendo nove títulos mundiais na bagagem, ela faz questão de destacar que é sempre importante estar preparada para as competições, porque sempre tem algo novo para aprender.
“Eu conquistei nove títulos mundiais e todos trouxeram um aprendizado e um sentimento diferente. O primeiro, em 2015, trouxe uma enorme satisfação de ter dominado o mundo. Os ouros conquistados em 2017, me fizeram acreditar que realmente era uma boa atleta. Os títulos de 2019 foram uma resposta para aqueles que me criticavam. E este que ganhei agora na Eslovênia, me trouxe a necessidade de mais treinamento”, completou a karateca.
Por fim, Martinna Rey ainda falou sobre sua projeção de futuro dentro da modalidade. Aos 37 anos, além de seguir competindo, ela pretende seguir dando aulas e se tornar uma referência feminina no karatê.
“Quero continuar competindo em alto rendimento. Desejo, como professora, que eu consiga levar todos ensinamentos filosóficos da arte para o cotidiano dos meus alunos e que eles vivam o karatê como eu vibro. Eu desejo chegar num patamar que outras mulheres não chegaram. Quero ser uma referência feminina reconhecida mundialmente”, finalizou.
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