SELEÇÃO BRASILEIRA
Sem Neymar, mas com Vini em grande fase, Brasil busca a glória na Copa América
Seleção Brasileira estreia na Copa América no dia 24 de junho, contra a Costa Rica
Por AFP
Sem seu melhor jogador dos últimos anos, o lesionado Neymar, mas com Vinícius Júnior em ascensão na corrida pela Bola de Ouro, o Brasil busca conquistar a Copa América dos Estados Unidos para esquecer as últimas decepções.
Este é um raio-X da Seleção Brasileira de Dorival Júnior que buscará o décimo título, o primeiro desde 2019, do torneio de seleções mais antigo do mundo, que será disputado de 20 de junho a 14 de julho.
Sem Neymar
Embora suas constantes polêmicas o tenham transformado em uma figura de amor e ódio, Neymar deu tempero a uma seleção que nos últimos anos se mostrou insossa e sofreu vários reveses retumbantes.
Sua influência em campo tem sido tão marcante que chegou a se falar de uma 'Neymardependência', uma 'doença' que Dorival Júnior se propôs a curar.
"O Brasil tem que aprender a jogar sem Neymar", disse o técnico ao assumir o cargo, em janeiro.
Em solo americano todos saberão se a Seleção estará 'curada', já que o agora jogador do saudita Al-Hilal estará ausente devido a uma grave lesão no joelho sofrida em outubro.
Um dos grandes desafios de Dorival Júnior é encontrar alguém que preencha a ausência criativa e goleadora do camisa 10 de 32 anos.
"É muito ruim ficar de fora, mas vou torcer por eles. Espero que o Brasil consiga vencer, eles têm um time para isso, jogadores de muita qualidade”, disse 'Ney' no início do mês.
Vini, o nome da esperança
Ainda não está muito claro se Vini Jr. poderá assumir o peso de liderar a Seleção, e menos ainda em momentos de crise após um ano de 2023 para ser esquecido.
Mas o atacante do Real Madrid, que ainda está se consolidando no time canarinho (29 jogos, 19 como titular, e três gols), chega aos Estados Unidos como sério candidato à Bola de Ouro depois de vencer e ser eleito o melhor jogador na Liga dos Campeões da Europa.
Ele seria o primeiro brasileiro a conquistar o prêmio da revista France Football desde que Kaká, em 2007, e um verdadeiro impulso para a atual geração de jogadores.
Vini pode ser uma referência ofensiva, ao lado de seu companheiro madridista Rodrygo e da joia Endrick, de 17 anos, que promete dar o que falar em sua estreia no time 'merengue' na próxima temporada.
"Dorival, não pense duas vezes na formação do ataque: Rodrygo, Endrick e Vinícius Jr. Estamos loucos para ver como funcionariam os três como titulares", escreveu o comentarista esportivo e ex-jogador Walter Casagrande no portal UOL.
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Estreia oficial de Dorival
Com cinco meses no cargo, Dorival Júnior, de 62 anos, fará sua estreia oficial como técnico da Seleção Brasileira.
Ele já deu uma primeira ideia de como será sua equipe: vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra e empate com a Espanha (3-3) nos amistosos de março, e a vitória sobre o México (3-2) no último sábado, em outro jogo preparatório.
Os resultados deram fôlego a uma seleção que, antes de sua chegada, havia sofrido três derrotas seguidas e está à beira da repescagem das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
"Ele tem um olho para esses talentos se juntarem e jogarem bem que é único. Torço muito por ele e toda comissão. Vamos ver se recuperamos o brilho", disse recentemente ao portal Globo Esporte o ex-lateral Filipe Luís, que foi dirigido por Dorival no Flamengo.
Pouca rodagem
Defendendo uma seleção "equilibrada" que volte a atrair a atenção dos brasileiros, Dorival optou por renovar a equipe com o objetivo final de conquistar o hexacampeonato mundial.
"Teremos um campeonato difícil e muito disputado. Para mim, é uma preparação para qualquer competição mais forte. Não tenho dúvidas de que vamos fazer de tudo para estar no jogo final", disse ao revelar a lista definitiva em maio.
Dos 26 convocados, 15 não participaram da Copa do Mundo do Catar de 2022 e 13 disputaram cinco ou menos partidas internacionais. Ele não convocou o capitão Casemiro nem centroavantes experientes como Gabriel Jesus e Richarlison.
Apostou em vários jovens com boa presença na Europa, mas com pouca experiência pela Seleção: os zagueiros Yan Couto, Lucas Beraldo, o meio-campista João Gomes e o atacante Savinho.
"É realmente um momento de transição para nós", disse o goleiro Alisson, de 31 anos, um dos líderes do elenco. "É um grupo jovem, de qualidade e depende de nós".
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