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Vitória e Bahia do interior abrem semifinal do Baianão
Por Da Redação

Após quatro anos, o Campeonato Baiano volta a ter uma disputa entre equipes do interior em sua fase semifinal. O Vitória da Conquista recebe em sua casa o Bahia de Feira, nesta quarta-feira, 20, às 21h30, na partida de ida para decidir quem irá avançar para a final da competição estadual.
O duelo entre as equipes garante, pelo menos, uma vaga na final para o interior. É a terceira vez nesta década que isso acontece. Na primeira, em 2011, teve o Bahia de Feira nas finais, que saiu com título diante do Vitória; a segunda, em 2015, foi o Vitória da Conquista quem disputou a decisão, deixando escapar uma vantagem de 3 a 0 construída no jogo de ida, ficando com o vice após o Bahia vencer o jogo de volta por 6 a 0. Naquela edição, o Conquista fez a semifinal contra o Colo-Colo, último confronto entre times do interior nas semi.
Enquanto Bode e Tremendão fazem o jogo entre os últimos times do interior presentes na final, o outro confronto das semifinais ainda conta com o Atlético de Alagoinhas, que pega o Bahia da capital.
“Isso fortalece, dá gás aos times do interior. Vejo como um crescimento fantástico essa condição. Poderia até ter quatro times do interior [nas semifinais], avalia Ederlane Amorim, presidente do Vitória da Conquista.
Há favorito?
A fase do Bahia de Feira ao longo do campeonato é boa. O time terminou como líder da competição na primeira fase, saindo com apenas uma derrota, além de ter vencido o Bahia em plena Fonte Nova.
Já o Vitória da Conquista, por sua vez, garantiu a última vaga para as semifinais, ficando na quarta posição. “Vejo o Bahia de Feira como o favorito, mostrou isso ao longo da competição. Perdemos para eles na segunda partida do campeonato, mas nossa equipe era outra, era outra realidade”, projeta Ederlane.
O Tremendão chegou para esse campeonato com uma novidade que parece ter contribuído para a boa campanha: a Arena Cajueiro, novo estádio do time. Dentro de sua cancha, a equipe ainda não perdeu – duas vitórias e três empates.
“A Arena Cajueiro era uma coisa que a gente já desejava há muito tempo”, diz Thiago Souza, presidente do Bahia de Feira. “Poder jogar onde treina está sendo algo muito bom“.
Na opinião do presidente do Tremendão, o desafio está em aberto. “Ficamos felizes de ter pego um time do interior, nos coloca em pé de igualdade – diferente de jogar com a dupla Ba-Vi. Enfrentando uma equipe do interior, que tem o mesmo porte nosso, há 50% de chance para cada um“, conclui Souza.
Para o resto do ano
Para além da chance de poder disputar a final do Baiano, o confronto nas semifinais vale muito do planejamento das equipes para o próximo ano.
Os segundo e terceiro colocados na competição ganham a possibilidade de participar da Série D do Brasileiro, além da Copa do Brasil – o campeão tem o acesso para a próxima edição da Copa do Nordeste garantido.
“Estar na final significaria tudo. Fizemos um Baiano muito ruim em 2018, que respingou em 2019, quando apenas disputaremos o Baiano. Estar na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste dá muito retorno financeiro apenas pela participação. São valores altíssimos, que normalmente a gente não consegue aqui”, analisa Ederlane.
Presente na Série D de 2019 pela campanha no ano passado, o ano do Bahia de Feira não acaba no Baiano – diferente da situação do Conquista.
No ano, só resta ao Bode participar da Copa Governador do Estado, competição que acontece apenas no final do ano e garante vaga à Série D. Assim, não depender da disputa pelo terceiro lugar é fundamental.
*Sob supervisão do editor Daniel Dórea
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