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LUTO

Morre, aos 62 anos, chef Angélica Moreira, do Ajeum da Diáspora

Causa da morte não foi revelada

Por Da Redação

06/06/2022 - 21:01 h
Angélica foi uma das mais conhecidas chefs baianas
Angélica foi uma das mais conhecidas chefs baianas -

Morreu, nesta segunda-feira, 6, aos 62 anos, em Salvador, a chef de cozinha e escritora Angélica Moreira. A informação foi divulgada nas redes sociais do projeto de etno-gastronomia Ajeum da Diáspora, criado pela cozinheira. A causa da morte não foi revelada.

>>>Chef Angélica Moreira conta história de comida afetiva relacionada ao ofício das fateiras

Uma das mais conhecidas chefs baianas, Angélica também era ativista e professora. Na cozinha, foi uma grande difusora da culinária africana, sendo responsável por ministrar diversos cursos na Bahia e no Brasil. Ela nunca frequentou nenhuma escola de gastronomia: aprendeu com as mais velhas de sua família.

Localizado no bairro do Tororó, no Centro de Salvador, o projeto Ajeum da Diáspora foi idealizado por Angélica em 2013. No cardápio, há receitas carregadas dos sabores trazidos da África em pratos como: Arroz de Hauçá; Efó com Peixe; Jambalaya; Yassa de frango; Arroz Jollof; Maniçoba e outros.

Com ele, Angélica já realizou e participou de inúmeros eventos em Salvador e outros estados brasileiros, além de ter levado sua culinária ao México, em 2019. Entre oficinas, coquetéis e jantares, já recepcionou a linguista brasileira Conceição Evaristo e a filósofa e ativista estadunidense, Angela Davis, em 2017.

Angela Davis e Angélica no Ajeum da Diáspora em 2017
Angela Davis e Angélica no Ajeum da Diáspora em 2017 | Foto: Reprodução

Ela desenvolveu o projeto Saboreando Histórias, no qual une gastronomia e literatura negra, em aulas online, que contaram com as presenças de Lázaro Ramos e Ana Maria Gonçalves. Em 2021, ela lançou o livro "Memórias da Cozinha Ancestral" sobre os saberes e fazeres da etno-gastronomia baiana e os vínculos afetivos familiares.

Do candomblé, a chef era ajoiê de Oxum no Ilê Axé Opô Afonjá. O velório vai ocorrer na manhã de terça-feira, 7, das 8h às 11h, na sala 4 do Cemitério do Campo Santo.

Repercussão

Diversas personalidades, sobretudo da área cultural, lamentaram a morte de Angélica. A Casa do Benin, que abrigou diversas oficinas da chef, disse que teve “a grande honra de dividir sabedorias, afetos, cheiros, risadas e conquistas com a grande mestra”.

“Agora, dividimos também a tristeza e a dor de perder essa mulher importantíssima. Somos muito gratos por todos os momentos que compartilhamos. Estendemos nossos pêsames à toda sua família e amigos", afirmou o equipamento cultural.

O cantor e multi instrumentista Carlinhos Brown lamentou a morte da chef e também da Vó Flor, que comandava a Associação Beneficente Vó Flor, no bairro da Ribeira, e faleceu nesta segunda.

"Perdemos duas grandes guias matriarcas, semeadoras de belezas ancestrais e acolhimentos verdadeiros que sempre fizeram pulsar mais vida em nós, diante das injustiças desse nosso mundo de aprendizados ofertados a uma humanidade caminhante e buscadora de melhores momentos: Vó Flor, com seu imenso coração jardineiro, e Angélica Moreira, que fez do seu Ajeum da Diáspora ambiente de encontros e magias", disse.

A deputada estadual Olívia Santana lembrou a influência de Angélica também na estética negra. “Lamento profundamente a morte de Angélica da Prata, assim conhecida pelo trabalho que sempre realizou com a venda de pratarias, referenciadas na estética negra, de orixás, cuja produção e design era de autoria do seu esposo, Chico da Prata”, afirmou.

A jornalista e professora Rosane Borges falou que sempre vai lembrar da chef como “a mulher altiva e amorosa dos empreendimentos, a mãe zelosa, a amiga querida”.

Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), ressaltou que ela era “mais do que uma grande amiga, parceira da FGM, que trouxe um tempero especial para nossas programações, com seu Ajeum da Diáspora. Mulher guerreira, um dos ícones de representatividade do movimento de valorização da culinária afro-diaspórica. Vai fazer muita falta. Mas, a sua luta continua e sempre lembraremos do sabor, do cheiro e das cores de suas receitas.”

Confira os pronunciamentos:

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Uma publicação compartilhada por Rosane Borges (@_rosaneborges)

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Uma publicação compartilhada por Olívia Santana (@oliviasantana_oficial)

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