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GASTRONOMIA

Prato feito com sangue de frango ajuda chef a resgatar raízes familiares

Receita de frango ao molho pardo atravessa gerações na casa de uma família de Salvador

Por Aurélio Leal

22/07/2025 - 20:44 h
Rafael Azevedo resgata raízes da família
Rafael Azevedo resgata raízes da família -

Na casa de Dona Luzia de Jesus, avó do chef de cozinha Rafael Azevedo, localizada no bairro da Fazenda Grande do Retiro, em Salvador, o aroma que vem da cozinha carrega mais do que temperos, traz lembranças, histórias, saberes e afetos transmitidos entre gerações. Foi ali, entre panelas, risos e memórias, que Rafael reviveu uma das receitas mais simbólicas de sua família, o frango ao molho pardo.

Hoje, profissional da gastronomia, ele conta que cresceu cercado por mulheres que tinham, na culinária, uma forma de expressar amor, identidade e resistência.

“Desde sempre, a culinária esteve presente na minha família. É algo que foi passado de geração em geração pelas mulheres, especialmente pela minha avó, que sempre repassou esse ensinamento”, relembra.

Dona Luzia reforça esse legado com simplicidade e firmeza. “Aprendi a fazer esse frango com minha mãe, meus avós, e fui passando para minhas filhas”, afirma, enquanto acompanha o neto na preparação do prato.

Para Rafael, o frango ao molho pardo é mais do que uma receita caseira, ele simboliza a força da ancestralidade negra e o elo entre o passado e o presente.

A preparação é simples nos ingredientes, mas profunda em significado, leva alho, cebola, pimentão e, como elemento central, o sangue do próprio frango adicionado ao final do cozimento, dando origem ao molho espesso e escuro que dá nome ao prato.

“Não é uma comida sofisticada, mas é uma comida de verdade. Tem história, tem fundamento. É alimento que você não encontra em qualquer lugar”, explica.

Receita marca momento importante

O prato também marca um momento importante da vida do chef. Ainda criança, foi na cozinha da avó que ele provou, pela primeira vez, o frango ao molho pardo e, com ele, percebeu uma conexão profunda com sua identidade.

Dona Luzia é a avó de Rafael Azevedo
Dona Luzia é a avó de Rafael Azevedo | Foto: Eduardo Ravi

“Eu, enquanto homem preto, precisei, desde cedo, buscar entender quem eu sou e de onde venho, a culinária me trouxe para a minha realidade, me ajudou a reconectar com a minha ancestralidade. Hoje, trabalho com isso todos os dias e continuo aprendendo com a minha avó, com minha mãe, com minhas tias. Os passos que elas trilharam, hoje eu sigo”, conta.

Ao lado da avó, Rafael refaz o prato e também um caminho de pertencimento e reconhecimento.

No vídeo, disponível no A TARDE Play, ele compartilha o modo de preparo, os bastidores da relação familiar e a importância de manter viva a cultura alimentar herdada de seus ancestrais. Acesse o conteúdo completo através do QR Code.

Assista ao vídeo:

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Tags:

cultura alimentar gastronomia Identidade negra

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