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Restaurante Amado e chef Fabrício Lemos são premiados

Publicado quinta-feira, 25 de junho de 2015 às 08:00 h | Autor: Daniela Castro
Fabício Lemos
Fabício Lemos -

A ficha ainda está caindo para Fabrício Lemos. Mas também pudera. Não é todo dia que alguém recebe o título de chef revelação do Brasil, muito menos das mãos de Alex Atala, maior estrela da atual constelação de cozinheiros-celebridade do país.

Estamos falando do Prêmio Melhores do Ano Prazeres da Mesa/Cacau Show, que agraciou profissionais e estabelecimentos em 28 categorias. A premiação foi entregue há dez dias, durante cerimônia oficial realizada em São Paulo.

Promovido pela revista Prazeres da Mesa, que aproveita a ocasião para comemorar 12 anos, o prêmio é resultado da indicação de 180 especialistas, que levantaram nomes de todas as regiões brasileiras com o único compromisso de não votar em si mesmo ou no próprio restaurante.

Na sequência, os mais votados passaram pelo crivo do júri popular, que teve cerca de um mês para escolher os favoritos via internet, totalizando mais de 20 mil votos.

Nova geração

No páreo com Fabrício Lemos estavam outros quatro profissionais de uma nova geração da gastronomia brasileira, sendo três de São Paulo (Caio Ottoboni, Oui; Fabio Vieira, Micaela; e Marcelo Bastos, Jiquitaia) e um de Belo Horizonte (Léo Paixão, do restaurante Glouton).

"Eu estava concorrendo com pessoas que já estavam na mídia nacional. Quando fui indicado já senti como uma grande vitória. Mas, nessa constelação, tinha um patinho feio de Salvador", brinca o chef que assumiu a cozinha do Amado em janeiro deste ano.

"É a Bahia que ganha. Esse é um trabalho que não fui eu que comecei. Agora é continuar fazendo um estudo cada vez mais aprofundado dos produtos, com técnicas contemporâneas, valorizando o que é nosso", avalia.

E como se não bastasse a responsabilidade que vem a reboque do prêmio de chef revelação, o próprio Amado também abocanhou seu troféu, na categoria Restaurante do Ano - região Nordeste.

Mais responsabilidade

O dono da casa é um veterano, que encontra no prêmio um novo fôlego. "Fui preparado para não levar nada. Mas todo mundo espera um tanto de reconhecimento pelo seu trabalho e isso é muito estimulante", admite Edinho Engel, observando que a responsabilidade agora só aumenta.

Ele  aproveita para fazer um balanço da trajetória do Amado na Bahia: "Quando cheguei aqui, há dez anos, não existia nenhuma faculdade de gastronomia. Vi surgirem escolas, jovens talentosos e uma discussão sobre o tema. Independentemente das ideologias e das preferências, a cena gastronômica cresceu", orgulha-se o chef mineiro.

O Amado concorreu na categoria com o também baiano Casa de Tereza, da chef Tereza Paim, além de casas de Recife (Ponte Nova e Quina do Futuro), João Pessoa (Roccia Cozinha Contemporânea) e Maceió (Sur).

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