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24/02/2022 às 23:04 • Atualizada em 24/02/2022 às 23:40 | Autor: AFP

GUERRA NA UCRÂNIA

A obsessão de Vladimir Putin com a Ucrânia

Presidente quer que fazer o país voltar ao domínio russo

Russian President Vladimir Putin chairs a meeting of big businesses at the Kremlin in Moscow on February 24, 2022. - Russian President Vladimir Putin on Thursday said his country wanted to remain part of the world economy and had no plans to harm it. Russian President Vladimir Putin launched a full-scale invasion of Ukraine on Thursday, killing dozens and triggering warnings from Western leaders of unprecedented sanctions. Russian air strikes hit military installations across the country and ground forces moved in from the north, south and east, forcing many Ukrainians flee their homes to the sounds of bombing. (Photo by Alexey NIKOLSKY / SPUTNIK / AFP)
Russian President Vladimir Putin chairs a meeting of big businesses at the Kremlin in Moscow on February 24, 2022. - Russian President Vladimir Putin on Thursday said his country wanted to remain part of the world economy and had no plans to harm it. Russian President Vladimir Putin launched a full-scale invasion of Ukraine on Thursday, killing dozens and triggering warnings from Western leaders of unprecedented sanctions. Russian air strikes hit military installations across the country and ground forces moved in from the north, south and east, forcing many Ukrainians flee their homes to the sounds of bombing. (Photo by Alexey NIKOLSKY / SPUTNIK / AFP) -

O presidente Vladimir Putin, que lançou nesta quinta-feira, 24, uma ofensiva militar na Ucrânia, tem uma obsessão: fazer esse país voltar ao domínio russo em nome da grandeza da Rússia, mesmo que tenha que invadi-lo.

Para muitos russos de sua geração, que cantaram odes à glória da URSS, o fim da União Soviética e sua esfera de influência em três anos (1989-1991) continua sendo uma ferida pungente.

Putin, então oficial da KGB na Alemanha Oriental, experimentou a derrota em primeira mão. E, diz-se, sofreu as misérias que se abateram sobre tantos de seus compatriotas, forçados a retornar clandestinamente à Rússia.

A humilhação e a miséria da antiga URSS contrastavam com o triunfalismo e a prosperidade do Ocidente.

Isso o convenceu, como ele mesmo disse, de que o fim da URSS foi "a maior catástrofe geopolítica do século XX", que também teve duas guerras mundiais.

Isso alimentou um desejo de vingança, à medida que a OTAN e a União Europeia (UE) se expandiam para incorporar os antigos vassalos de Moscou.

Para o presidente russo, sua missão histórica é impedir a invasão de sua zona de influência. Em nome da segurança da Rússia. Assim, a Ucrânia tornou-se uma linha vermelha.

"Foguetes em Moscou"

Em sua visão, se a Rússia "não resolver esta questão de segurança, a Ucrânia estará na OTAN em 10-15 anos", e depois disso, "os foguetes da OTAN estarão em Moscou", explica Alexei Makarkin, do Centro de Tecnologias Políticas.

Após a revolução pró-Ocidente de 2014 em Kiev, a Rússia anexou a península da Crimeia e os separatistas pró-russos ocuparam o leste da Ucrânia.

Para Putin, seu vizinho está errado em se ver como vítima do imperialismo czarista, depois soviético e agora russo. Ele considera que as duas revoluções ucranianas, em 2005 e 2014, contra as elites pró-russas, foram resultado de conspirações ocidentais.

Para o chefe do Kremlin, Moscou tem que ser forte, assustador. Ceder não é da natureza desse faixa-preta de judô.

"Se o combate é inevitável, ataque primeiro", declarou em 2015. Uma de suas governantas, Vera Gurevitch, contou que aos 14 anos, o jovem Vladimir, após quebrar a perna de um amigo, proclamou que alguns "só entendem pela força".

A Ucrânia, desde sua "Revolução Laranja" de 2004-2005, sofreu com as "guerras do gás" que a desestabilizaram economicamente.

"Parar o tempo"

Em 2008, segundo a imprensa russa e americana, Putin assegurou a seu colega americano, George W. Bush, que a Ucrânia "não é um Estado".

Em dezembro passado, proclamou em sua coletiva de imprensa anual que este país é uma invenção de Lenin.

Meses antes, em um artigo intitulado "Da unidade histórica de russos e ucranianos", Putin explicou as ações de seu vizinho como parte de um complô "anti-Rússia" dos Estados Unidos e seus aliados.

O Ocidente teria criado "um sistema político ucraniano no qual presidentes, parlamentares e ministros podem mudar, mas não o curso secessionista e sua animosidade em relação à Rússia", acrescentou.

Tatiana Stanovaia, diretora do think tank russo R. Politik, destaca que, sob essa lógica, os 100.000 soldados russos atualmente na fronteira com a Ucrânia não são uma ameaça.

"Uma guerra não constitui um ataque contra a Ucrânia, mas uma libertação do povo ucraniano do ocupante estrangeiro", diz, seguindo a lógica de Putin.

Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, declarou em dezembro que "um povo irmão não se perde, um povo irmão permanece".

Em suma, trata-se do poder russo de restaurar o curso natural das coisas na Ucrânia e além.

Moscou diz e repete que o Ocidente aproveitou a fraqueza pós-soviética da Rússia para dominar seus vizinhos.

Com seus soldados nas fronteiras ucranianas, Putin está exigindo nada menos do que que a Aliança Atlântica retorne às suas linhas de 1997 e renuncie à arquitetura de segurança da Guerra Fria.

Alexei Makarkin resume assim: "A força motriz de Vladimir Putin é seu desejo de parar o tempo".

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Tags:

leste europeu tensão na ucrânia Vladimir Putin

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