TENSÃO
Putin compara sanções à escalada: "Ações não amigáveis"
A Otan, por sua vez, descartou estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia
Pela primeira vez desde que começou a guerra contra a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, chamou as sanções econômicas e políticas a que seu país tem sido submetido a uma "escalada da situação".
Durante reunião ministerial que foi parcialmente televisada, o líder disse: "Não temos más intenções acerca dos nossos vizinhos. Eu gostaria também de aconselhá-los a não escalar a situação, a não introduzir nenhuma restrição. Nós vamos cumprir nossas obrigações e vamos continuar a cumpri-las", disse.
Putin foi cuidadoso em não fazer uma ameaça militar, mas esse é um perigoso corolário do isolamento a que ele está sendo submetido. "Todas as nossas ações, se elas surgirem, sempre serão em resposta a ações não amigáveis contra a Rússia", disse.
Até aqui, o líder falava por meio do porta-voz, Dmitri Peskov, que buscava criticar as sanções e dizer que o país se viraria mesmo com elas. Mas ninguém antecipava que as ações incluiriam atacar as reservas internacionais geridas pelo Banco Central russo, em US$ 640 milhões, as quartas maiores do mundo.
Isso está tornando a defesa do rublo quase impossível, noves fora a pressão sobre membros da elite que mantém uma relação de mutualismo com a presença de Putin no Kremlin e a vida real no país. Não se usa mais meios eletrônicos de pagamento com facilidade, cartões serão limitados e o país está "cancelado".
A Otan, por sua vez, rejeitou formalmente o pedido da Ucrânia de buscar estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o país invadido. Fazer isso significaria declarar guerra à Rússia, pois colocaria sistemas de defesa antiaérea e pilotos de ambos os lados frente a frente.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro