GUERRA NA UCRÂNIA
Rússia bombardeia instalações de energia ucranianas e sofre ataques
Países estão em guerra desde o dia 24 de fevereiro de 2022
Por AFP
A Rússia executou, na madrugada deste sábado, 27, um ataque em larga escala contra instalações de energia ucranianas, o que provocou "graves danos" em quatro centrais termelétricas da Ucrânia, que, por sua vez, atacou duas refinarias de petróleo russas com drones.
O Exército russo intensificou os ataques contra a rede de energia elétrica ucraniana nos últimos meses, o que provocou apagões e obrigou o governo do país a pedir que os moradores economizem energia.
"Hoje houve um novo ataque em larga escala com mísseis" contra a "infraestrutura do setor energético, de eletricidade e instalações para distribuição de gás", declarou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
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Depois dessa agressão, o dirigente urgiu novamente seus aliados ocidentais a acelerarem a entrega de sistemas antiaéreos. "A Ucrânia precisa de sete sistemas [Patriot] e é o mínimo. Os parceiros têm esses Patriot", insistiu.
Segundo o ministro de Energia ucraniano, Herman Halushchenko, o ataque causou "danos" em instalações das províncias de Dnipropetrovsk, Ivano-Frankivsk e Lviv, nas regiões centro-oeste e oeste do país.
As províncias de Lviv e Ivano-Frankivsk ficam próximas da fronteira com a União Europeia e a centenas de quilômetros da frente de batalha.
Segundo a Força Aérea ucraniana, a Rússia disparou 34 mísseis, dos quais 21 foram derrubados.
"Conseguimos derrubar alguns. Mas o mundo tem todas as possibilidades de ajudar a derrubar todos os mísseis e todos os drones russos", ressaltou Zelensky.
Quatro termelétricas danificadas
A operadora de energia ucraniana DTEK, privada, detalhou que quatro de suas centrais térmicas registraram "graves danos" após os bombardeios.
A operadora pública Ukrenergo, por sua vez, desconectou sua principal linha de transmissão no oeste do país como medida de precaução, e voltou a pedir a todos os usuários que limitassem o consumo de eletricidade.
O responsável da província ocidental de Lviv, Maksim Kozitski, pediu aos habitantes que não utilizem aparelhos de alto consumo de energia entre 19h e 22h para preservar o fornecimento de eletricidade.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, anunciou na rede social X que um dos mísseis disparados pela Rússia caiu a 15 quilômetros da fronteira da Ucrânia com seu país.
Outros bombardeios russos mataram duas pessoas e feriram outras 15. Além disso, uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas na província de Kharkiv, no nordeste do país.
No sul do país, na província de Kherson, outra pessoa morreu e oito ficaram feridas em um bombardeio, informaram as autoridades locais.
Duas pessoas também ficaram feridas em Kryvyi Rih, no centro-leste do país.
Refinaria em chamas
A Ucrânia lançou um ataque com drones contra a província russa de Krasnodar. Kiev bombardeou "instalações tecnológicas cruciais" em duas refinarias na região, disse uma fonte do Ministério da Defesa ucraniano à AFP.
Por sua vez, as autoridades russas declararam um incêndio em uma refinaria de Slaviansk e a imprensa estatal reportou que a unidade foi obrigada a interromper sua produção.
O Ministério da Defesa russo afirmou que suas defesas antiaéreas "destruíram 66 drones ucranianos sobre o território da província de Krasnodar, e outros dois drones foram destruídos sobre a península da Crimeia", anexada por Moscou em 2014.
Na província russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia e alvo frequente de ataques, cinco pessoas ficaram feridas na queda de um drone ucraniano em uma estrada de um vilarejo, anunciou o governador Vyacheslav Gladkov.
Nos últimos meses, a Ucrânia intensificou os ataques contra refinarias e depósitos de petróleo na Rússia. Segundo Moscou, os bombardeios russos contra a rede de energia elétrica ucraniana são uma represália a esses ataques.
Kiev afirma que Moscou intensificou os ataques aéreos e terrestres antes da data nacional de 9 de maio, quando a Rússia comemora a vitória na Segunda Guerra Mundial, e no momento em que a Ucrânia aguarda a chegada de armas americanas.
A Rússia também intensificou os bombardeios contra a rede ferroviária ucraniana para "interromper" o envio de equipamento ocidental, afirmou uma fonte das forças de segurança de Kiev à AFP na sexta-feira.
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