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Ucrânia rejeita ultimato russo para cidade cercada de Mariupol

Mariupol, um porto estratégico no sudeste da Ucrânia, é um dos principais alvos dos ataques russos

Publicado segunda-feira, 21 de março de 2022 às 08:21 h | Autor: Da Redação
Mariupol sofreu intensos bombardeios russos desde o início da invasão
Mariupol sofreu intensos bombardeios russos desde o início da invasão -

A Ucrânia rejeitou nesta segunda-feira, 21, o ultimato russo para entregar a cidade portuária cercada de Mariupol, enquanto na capital Kiev um bombardeio matou pelo menos seis pessoas. 

No plano diplomático, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que visitará a Polônia na sexta-feira para abordar a crise provocada pela invasão russa da Ucrânia.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, rejeitou o ultimato russo e exigiu de Moscou a abertura de corredores humanitários para facilitar a saída de 350.000 pessoas bloqueadas na cidade.

"Não se pode falar de entregar entregar armas. Já informamos a parte russa", declarou ao jornal Ukrainska Pravda. "É uma manipulação deliberada e uma autêntica tomada de reféns", acrescentou.

A Rússia anunciou no domingo à noite um ultimato às autoridades ucranianas para que as forças de Mariupol se rendessem antes das 5H00 (3H00 de Brasília).

"Pedimos às unidades das Forças Armadas ucranianas, batalhões de defesa territorial e mercenários estrangeiros que interrompam as hostilidades, deponham suas armas", disse Mikhail Mizintsev, comandante do Centro Nacional de Controle de Defesa da Rússia.

Mariupol, um porto estratégico no sudeste da Ucrânia, é um dos principais alvos dos ataques russos. A cidade representa uma conexão entre as forças russas na península da Crimeia e os territórios sob controle russo no norte e leste da Ucrânia.

Mariupol sofreu intensos bombardeios russos desde o início da invasão, em 24 de fevereiro.

O diplomata grego Manolis Androulakis, que estava na cidade durante alguns bombardeios, falou sobre a situação trágica.

"Mariupol entrará para a lista lista de cidades do mundo completamente destruídas pela guerra, como Guernica, Stalingrado, Grozny ou Aleppo", declarou à imprensa no aeroporto de Atenas.  

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