MORADIA
Desapegar de objetos e móveis permite repaginar a decoração
Abrir mão de itens que não são usados deixa ambiente mais leve e funcional; é preciso analisar se as peças serão doadas, vendidas ou descartadas
Por Laura Pita*
O começo de um novo ano é oportunidade de renovação, não apenas individual, mas também para o nosso entorno. Desapegar de objetos e móveis que já não fazem mais sentido no ambiente pode ser a chave para um dia a dia mais leve e funcional. Ao abrir mão dos itens, é preciso analisar se eles serão doados, vendidos ou devem ser jogados fora.
“O acúmulo de itens que não são mais utilizados pode criar uma sensação de desordem e sobrecarga visual. Isso não só compromete a estética do ambiente, mas também a funcionalidade”, destaca a designer de interiores Jessi Caleli. De acordo com ela, a saturação de móveis e decorações pode ofuscar elementos que realmente trazem valor e estilo ao ambiente, dificultando a harmonia do espaço.
Para entender se peças decorativas e móveis ainda são necessários no espaço, a personal organizer responsável pela Organizata, Simone Flores, recomenda seguir alguns passos: “faça a você três perguntas. Está em bom estado? Qual a função? Está combinando com o meu espaço?”. Caso a resposta seja positiva, os itens são funcionais. Se não, é o momento de desapegar, de acordo com a profissional.
Se desfazer de objetos com valor sentimental pode ser um grande desafio, mas, segundo Jessi Caleli, é possível agir de maneira respeitosa. “Primeiro, reconheça a importância emocional do item e, se possível, encontre uma nova forma de preservá-lo, como tirar fotos. Outra abordagem é considerar a doação para pessoas que apreciam a peça. O fundamental é lembrar que as memórias permanecem, mesmo que o elemento físico não esteja mais presente. Desapegar não significa esquecer, mas sim dar espaço para novas memórias”.
Após abrir mão dos móveis e decorações, é preciso dar o melhor destino para eles. “Tudo depende do estado físico e do valor, seja ele sentimental ou capital”, afirma Simone Flores. A personal organizer recomenda a venda do item, se for estimado em um valor necessário à sua situação financeira. Peças em bom estado também podem ser doadas. Se o objeto estiver quebrado, sem possibilidade de conserto, ele deve ser jogado fora.
Flávio Passos, VP de Autos e Bens de Consumo do Grupo OLX, destaca que o começo do ano concentra a maior quantidade de novos anúncios de decorações e móveis usados. “Todos os anos temos a maior quantidade de anúncios publicados em março. No primeiro semestre de 2024, os móveis foram a 5º subcategoria com mais anúncios”.
Avaliar peças
Para uma venda eficiente, Flávio Passos sugere avaliar e compartilhar os diferenciais da peça. “Se coloque no lugar do comprador e imagine que tipo de pessoa teria interesse no produto. Seja transparente sobre as características dos móveis e decorações, como as dimensões, capacidades e condições de uso. Fotos e vídeos devem estar à disposição, para o comprador avaliar se atende às suas necessidades, se o preço está dentro do orçamento, se vai encaixar nos espaços desejados da casa e, no caso de sofás, colchões, poltronas e cadeiras, por exemplo, se aguentam o peso de quem irá usá-los”.
De acordo com a pesquisa “Perfil do comprador e vendedor online de produtos usados”, divulgada pela OLX no terceiro trimestre de 2023, o brasileiro possui, em média, R$ 2.113 em itens parados em casa e que poderiam ser fonte de renda extra. No estudo, 64% dos entrevistados declararam ter pelo menos um produto sem uso. “Ao anunciar móveis e objetos decorativos usados, além de liberar espaço em casa e renovar a decoração, o vendedor pode complementar o rendimento do mês através de itens que não utiliza mais, mas que podem ser úteis para outras pessoas”.
Afinal, desapegar de móveis e decorações que não contribuem para a harmonia do ambiente é vital para manter uma casa equilibrada e aconchegante, como salienta Jessi Caleli. “A organização contribui para a clareza mental e emocional, criando um espaço onde você pode relaxar e se sentir em paz. Além disso, a eliminação de itens desnecessários permite a valorização das peças que realmente importam. Isso não apenas melhora a estética do ambiente, mas também a sua qualidade de vida”, completa
*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes