MORADIA
Elementos naturais deixam casas de praias com a cara da alta estação
Objetos e móveis de madeira, iluminação natural, ventilação cruzada e tons claros ajudam a criar uma atmosfera praiana na decoração
Por Laura Pita*
No estado com a maior extensão litorânea do Brasil, muitas pessoas investem em casas na praia para aproveitar a estação mais quente do ano. Na decoração, a leveza do litoral convida arquitetos a investirem em projetos com materiais naturais e elementos refletindo a paisagem local.
A administradora Catarina Pereira fez da sua casa na Praia do Forte um ponto de encontro para familiares e amigos. Com uma arquitetura baseada no minimalismo, elegância e neutralidade, o objetivo é que todos fiquem à vontade. “Optamos por um estilo que tenta ser o mais clean possível, com leveza para que todo mundo se sinta tranquilo”.
De acordo com a arquiteta Ysabela von Flach o importante é que o espaço seja aconchegante. “Defendo um estilo de casa com cara de casa. Com iluminação natural, ventilação cruzada e tons claros para que a gente traga essa atmosfera praiana”. A arquiteta Fernanda Sturken concorda com Ysabela. “A escolha do estilo da casa depende de quem irá habitá-la. Nosso papel é harmonizar essas preferências com as características locais, criando um ambiente único e esteticamente integrado”.
Artesanato baiano
A decoração merece atenção especial. “Os elementos decorativos são a cereja do bolo para você de fato implantar um estilo naquela residência. Com certeza a gente pode usar e abusar de itens como colares, tapeçarias, conchas, fotografias com tema do mar e cores, como o verde água”, destaca Ysabela. “Elementos locais, como peças feitas por artesãos baianos, trazem autenticidade e conexão com a cultura da região”, sugere Fernanda.
Visando aproveitar ao máximo a casa, Catarina e seu marido optaram por móveis e decorativos práticos. “Preferimos itens que fossem fáceis de limpar e de transportar. Por exemplo, já colocamos uma banda na sala, então os sofás tiveram que ser deslocados. Essa praticidade era importante para nós”. A funcionalidade também pode ser promovida através da escolha dos materiais do projeto. “Busco diminuir a quantidade de vidros e usar pedras naturais para facilitar a manutenção da casa”, afirma Ysabela.
É preciso estar atento ainda às condições climáticas da região, para uma casa de praia com arquitetura funcional. “O clima marítimo exige atenção especial aos materiais e ao projeto. Usamos esquadrias de alumínio anodizado ou aço inoxidável, que resistem à maresia, e revestimentos cerâmicos ou pedras locais, que suportam bem a umidade e o calor. Além disso, projetamos ventilação cruzada para aproveitar a brisa constante da região, reduzindo o uso de climatização artificial”, explica Fernanda.
Para conectar a beleza local à arquitetura, Catarina selecionou plantas e árvores frutíferas. “O paisagismo foi pensado como um integrante de destaque tanto fora, como dentro da casa. Também investimos em árvores frutíferas, como a mangueira e o coqueiro”. Fernanda evidencia a importância do paisagismo. “A arquitetura é uma ferramenta poderosa para criar harmonia entre o natural e o construído. Em uma casa de praia, essa integração começa com o respeito ao terreno e à paisagem”.
*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló
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