CADERNO IMOBILIÁRIO
Aluguel de temporada leva viajantes ao “mundo da fantasia”
Quem na vida nunca pensou um dia passar uma temporada em uma choupana na árvore? E na caverna? Em uma casa inspirada nas obras de J.R.R. Tolkien, autor de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, que mais parece de conto de fadas? No “wine apartment” – tudo lá inspirado em vinho, os assentos reproduzindo rolhas de garrafa, a adega disponível; ou em um apartamento decorado com os seus super-heróis favoritos. Ou, quem sabe, na “casa Alceu Valença”.
Tudo isso e muito mais é possível quando o assunto é aluguel por temporada de imóvel via aplicativos na internet. Pense em um lugar inusitado, que tem moinho; barco; iglu; tenda indiana; casa de contos de fadas. Essas e tantas outras opções, aqui pertinho.
No Vale do Capão (casa na árvore) e Igatu (na caverna), na Chapada Diamantina; em Gramado (J.R.R. Tolkien); em Itacorubi, Santa Catarina (“apartamento do vinho”); Goiânia (dos super-heróis); ou Olinda (casa Alceu Valença).
Esses são só alguns dos anúncios encontrados no Airbnb, plataforma que conecta os usuários a mais de seis milhões de lugares para ficar ao redor do mundo, entre mais de 14 mil minicasas, quatro mil castelos e 2.400 casas na árvore. O quarto privativo mais reservado da história do portal é em um castelo na Irlanda com mais de 600 anos, que o anfitrião passou mais de uma década restaurando.
Prisão de Alcatraz
Ainda segundo a assessoria de imprensa da empresa, o anúncio mais popular da plataforma, durante anos – um dos primeiros fora de um grande centro –, e ainda hoje a casa mais reservada é o Mushroom Dome, em Aptos, Califórnia. Há dez anos os proprietários recebem viajantes de todo canto do globo para ficar nos minúsculos 30 metros. Desde então, eles acumulam quase 1.300 avaliações.
No Booking.com é possível se hospedar no topo do The Shard, em Londres (arranha-céu em forma de pirâmide, com mais de 310 metros de altura, inaugurado em 2012 e o edifício mais alto da União Europeia); no Castelo Sant’Angelo, em Roma; na prisão de Alcatraz e no Empire State Building, nos Estados Unidos; no campo de tulipas Keukenhof, na Holanda.
Tem ainda o Museu do Futebol, em São Paulo; casa de chocolate, na França; Casa Ofrenda, no México; apartamento de temática de unicórnio em Milão; e, mais recentemente, uma noite dentro de uma das sete filiais do museu Madame Tussauds, também na terra do Tio Sam.
Para a especialista em aluguel por temporada e diretora do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci), Consuêlo Leal, quem busca este tipo de acomodação quer ter uma diferenciação – ou realizar um “evento”.
“O mercado cresceu e agora temporada é o ano inteiro. Alavancou. Quem fica mais de cinco dias em um lugar não quer mais em hotel. Mais do que nunca, as pessoas buscam economia e comodidade. Querem se sentir como em casa”, diz.
Buscador de aluguel de temporada que agrega 16 milhões de ofertas de 600 sites de reserva em mais de 200 países, no LarDeFérias é possível encontrar, somente aqui no país, mais de 300 barcos e 25 castelos disponíveis para locação. Na Europa tem até trem.
De acordo com a assessora do LarDeFérias, Lílian Arruda, quanto mais competitivo é o cenário de aluguel deste mercado, “mais atrativas ficam as ofertas que se destacam por apresentar algo diferente”. “Apesar da oferta de casas tradicionais ainda ser maioria, a presença dessas acomodações já sinaliza que existe uma demanda de viajantes interessados em mais que um lugar para dormir, mas em uma experiência que também envolve decoração e comodidades na propriedade”.
Agora... quem adora cachorro (são 15), precisa de um momento relax junto à natureza, de reflexão e a busca por autoconhecimento pode alugar, por R$ 600 a noite, uma cabana no “Santuário dos Cachorros”, em Arembepe, litoral norte baiano. De acordo com a dona do local, a arquiteta paisagista e terapeuta holística Evelyn Hartoch, não se trata de uma pousada, mas um “projeto”, por isso o preço.
A grande “atração” do lugar são os animais, que circulam soltos entre as casas – segundo Evelyn, as cabanas são “ecológicas” e abertas como ocas indígenas . “Este é um projeto, centro de terapia holística na natureza, de relaxamento. Ideal para crianças”.
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