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Amarelo e cinza são as cores que vão prevalecer em 2021

Publicado sábado, 26 de dezembro de 2020 às 06:00 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Luísa Carvalho*
Ana Burity indica os tons mais fortes nos detalhes | Foto: Lucas Silva | Divulgação
Ana Burity indica os tons mais fortes nos detalhes | Foto: Lucas Silva | Divulgação -

Tons de amarelo e cinza indicando vitalidade, equilíbrio e aconchego marcam as escolhas das empresas de cores e tintas para o ano que começa. Após um período difícil e definido por incertezas, as duas cores dialogam bastante com as expectativas de muitas pessoas para 2021.

O amarelo-vivo, de nome Iluminating, e o cinza mais sóbrio intitulado Ultimate Gray são as apostas da Pantone. A diretora da Pantone Brasil Blanca Lliahnne explica que a escolha das duas cores, que são opostas mas coexistem de forma harmoniosa, indicam a união da vivacidade com a solidez.

Em um momento em que espaços de casa estão sendo cada vez mais utilizados para trabalho e estudo, o uso dos tons é bastante oportuno. “O amarelo é uma cor importante para a concentração e o cinza indica neutralidade, pensamento equilibrado”, explica Blanca, que sugere a presença das cores em espaços voltados ao home office.

O uso de um amarelo caloroso é uma aposta “criativa e ousada” segundo a diretora da Pantone Brasil, mas é preciso pensar bem antes de incorporá-lo ao ambiente por ser uma cor de destaque.

Os menos ousados podem optar por um meio-termo mais voltado ao tom pastel, como a cor Manteiga de Cacau, um amarelo suave, eleita a cor de 2021 pela marca de tintas Eucatex. A consultora da cor do ano da Eucatex, Patrícia Sant’Ana, explica que a cor escolhida pela marca se relaciona ao desejo de calma e aconchego, que foram muito buscados dentro de casa no contexto da pandemia.

É essa mesma perspectiva que norteia a decisão da marca Sherwin-Williams pela cor Bronze Conectado, um tom de marrom acinzentado, para 2021. A gerente de marketing da empresa, Patrícia Fecci, assinala que tons quentes costumam proporcionar sensação de segurança e sossego.

A mesma premissa é seguida pela Coral. A cor do ano da marca, o bege neutro e quente Pedra Esculpida, faz parte da paleta Cores para Unir da marca, que propõe o diálogo entre tons neutros e cinzas suaves para criar a sensação de apoio e equilíbrio. A especialista de color design de tintas decorativas da marca Priscila Perez indica que a cor aposta para 2021 combina perfeitamente com um amarelo mais fechado.

Imagem ilustrativa da imagem Amarelo e cinza são as cores que vão prevalecer em 2021
O amarelo- -manteiga- -de-cacau é a cor de 2021 da Eucatex | Foto: Eucatex | Divulgação

Toque de especialistas

A designer de interiores da Todeschini Salvador, Fernanda Fonseca indica que na hora de trazer o cinza e o amarelo juntos à decoração de casa, é preciso se atentar às proporções de uso de cada cor. “O cinza deve ser a cor base e o amarelo, quando mais vibrante, fica no toque, no detalhe”, explica.

O cinza pode ser usado como cor de base não só em relação ao amarelo. A cor em suas variadas tonalidades tem se tornado “curinga” na decoração assim como é o branco e o bege. Um cinza mais sóbrio pode dar um tom mais sério e urbano. Um tom de cinza mais claro traz maior aconchego. Pode ser usado em estofados, cortinas e em paredes, como a de cimento queimado.

A disposição das cores deve se basear no gosto pessoal, mas é importante ter cuidado para que não seja feita de forma desarmoniosa. A arquiteta Suzane Cabus destaca que é sempre bom pensar nos tons intermediários e menos intensos para que não fique cansativo.

O uso do amarelo deve ser feito com parcimônia. A cor chama muita atenção, por isso a arquiteta Ana Burity destaca que “os tons mais fortes devem ser colocados em locais em que podem ser alterados com maior facilidade e menor custo”. A cor é bem-vinda em almofadas, quadros, luminárias, móveis pequenos e detalhes em tecidos. Preferível estar em realce em ambientes sociais como salas e cozinhas. Não é adequada para quartos porque pode proporcionar agitação.

*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló

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