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01/07/2023 às 7:00 - há XX semanas | Autor: Fábio Bittencourt

MERCADO IMOBILIÁRIO

Centro Histórico: m² de casarões custa entre R$ 4,5 mil e R$ 13,5 mil

Na véspera do 2 de Julho, a reportagem de A TARDE traz o perfil do mercado imobiliário na região

Casarão sendo vendido no Centro Histórico
Casarão sendo vendido no Centro Histórico -

Elas não são tantas assim, mas procurando bem é possível viajar no tempo, ou melhor dizendo, morar no Centro Histórico de Salvador, em uma casa de época quase no estilo de antigamente.

Curtindo um quintal, o visual da Baía de Todos-os-Santos, ou colocando a cadeira na porta, e assistindo ao desfile do 2 de Julho, amanhã, em comemoração à Independência da Bahia.

No Largo da Lapinha, Campo Grande, Barbalho, Pelourinho, Terreiro de Jesus. Quase como antigamente também porque esses mesmos imóveis, frequentemente, necessitam de uma reforma, uma modernização. Mas sempre na arquitetura interior –, sem com isso alterar a fachada.

A reportagem apurou que o preço médio do metro quadrado de casarões coloniais na capital gira entre R$ 4,5 mil e R$ 13,5 mil, a depender da localização, do estado de conservação, da planta. Se para aluguel ou venda. Muitas das edificações possuem até ou mais de cem anos.

De todos os endereços, o mais valorizado é o Santo Antônio Além do Carmo. Com ar bucólico, debruçado para o mar, há algum tempo o bairro atrai a atenção de artistas, personalidades e empreendedores com o objetivo de residir ou investir. O ator Fabrício Boliveira, as apresentadoras Fernanda Paes Leme e Regina Casé, o artista plástico Vik Muniz, o secretário municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, são alguns dos ilustres. Um dos mais antigos é o produtor cultural e fotógrafo francês, Dimitri Ganzelevitch, lá desde 1975.

A recente obra de requalificação pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) ajudou a levantar o lugar. Melhorou-se a iluminação, pavimentação, a fiação aérea virou subterrânea.

Destaque para o colorido das casas na Ladeira do Baluarte, Travessa dos Perdões, entre outros becos e vielas. Essa revitalização tem despertado o interesse de investidores, apontam moradores e gestores imobiliários ouvidos por A TARDE.

“Cada vez mais vai saindo quem mora e entrando comércio, alterando um pouco a cara do bairro, além das festas”, diz a corretora de imóveis Claudine Andrade.

Ela recentemente realizou a venda de um imóvel na rua Direita do Santo Antonio, a principal, com 150 metros quadrados, garagem e área verde no fundo, por R$ 660 mil. A transação levou um ano para ser concretizada. Bateu o martelo uma família de São Paulo, que fará do lugar casa de férias. Um outro está à venda por R$ 510 mil, com 110 m², e três pisos (mezanino), conta Nadine.

Para Nadine, um complicador, no sentido de afastar potenciais novos moradores, ocorre pela eventual falta da documentação de alguma casa, a necessidade às vezes de uma reforma, até a falta de estacionamento.

“As ruas são estreitas, falta estacionamento”, fala ela.

Point turístico

A demora para a venda de um casarão que mais remete à sede de uma fazenda, na travessa Perdões, com 750 m², seis suítes, e vaga para quatro veículos levou o proprietário a optar por apenas alugar o imóvel, afirma o corretor Marcos Costa, 40.

Pelo valor de R$ 10 mil mensais, Costa acredita que quem locar a casa deve optar por uma finalidade comercial. “O bairro virou point turístico e comercial, os moradores estão perdendo um pouco a paz”, afirma.

Segundo o representante do Conselho Regional de Corretores de Imóveis na Bahia (Creci), Ederson Galeno, uma mudança de perfil no bairro do Santo Antônio é tendência natural, ocorre em todo o mundo, bastando o poder público “dar atenção a quem ficou”, fala.

O engenheiro civil Clovis Ribeiro, 65, morou muitos anos no Largo do Carmo, até que, em 2014, comprou uma casa na Direita do Santo Antônio, com cinco quartos e 360 m², onde vive com a mãe, dois irmãos, e a cadela Loly Amora, 2, resgatada da rua. Para Ribeiro, o melhor de morar no Centro é “estar no Centro (perto de tudo)”. Ele comenta a transformação do bairro comparando-o com o “Rio Vermelho”.

Vizinha de muro com ele, vive a irmã, Rita, 62. Pedagoga e artesã, ela toca um ateliê na sala da casa reformada e decorada, direito a grandes janelas de vidro e madeira, amplo jardim já na entrada (recuada) do imóvel, adquirido com o dinheiro da venda de uma pousada na segunda praia em Morro de São Paulo, após 34 anos de experiência. Rita diz que encontrou a casa pronta, mas que fez reforma. “Aqui tenho uma floresta urbana, com bananeira, jabuticabeira. Já foi mais tranquilo, a questão da insegurança, mas ainda bordamos na porta”.

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