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CADERNO IMOBILIÁRIO

Conceito 'smart' propõe imóvel compacto por preço mais acessível

Por Fábio Bittencourt

20/02/2021 - 10:12 h | Atualizada em 20/02/2021 - 10:23
Lima é sócio da MVL, construtora do Barra Conceito | Foto: Felipe Iruatã | Ag. A TARDE
Lima é sócio da MVL, construtora do Barra Conceito | Foto: Felipe Iruatã | Ag. A TARDE -

Não há quem circule em Salvador – por bairros centrais – que ainda não tenha visto anúncio ou estande de vendas de empreendimento imobiliário do tipo "smart". Na Pituba, Costa Azul, Federação, Corsário, Itapuã, Barra – a reportagem apurou que, em breve, Rio Vermelho. Até aí tudo bem.

Porém, chama a atenção em todos eles o fator preço bem mais em conta (a partir de R$ 99 mil) versus excelente localização. Além da gama de serviços ofertados – mais a questão da sofisticação, inovação, design.

Segundo os especialistas, o nome "smart", originalmente, referia-se a um conceito de moradia mais "inteligente" e "conectada", com comandos por redes wi-fi e bluetooth, mas que, por aqui, serviu para designar também os chamados imóveis compactos. Microapartamentos com 20, 30, 40 metros quadrados, mas com infraestrutura completa.

De lavanderia no térreo à piscina no terraço, espaço coworking, gourmet, academia crossfit – fachada pastilhada, entrada para carro de aplicativo. Pois a fórmula parece ser a tendência, e cada empresa vem desenhando um produto do tipo para chamar de seu.

No Jardim Brasil, o Barra Conceito, por exemplo, com três opções de planta – estúdio; quarto e sala; e duas suítes, 22 m², 35 m² e 59 m², respectivamente –, lançado virtualmente pela incorporadora MVL, foi praticamente 100% comercializado em dois dias. Com o valor médio do metro quadrado (m²) em R$ 10 mil, conta com apenas 20% das unidades com suítes disponíveis para comercialização.

As obras estão em fase inicial. Com design arrojado, o empreendimento está em etapa de construção e vai contar com sauna molhada, rooftop, lounge, área de convívio, bicicletário, selo verde (desconto no IPTU), vaga com infraestrutura para carro elétrico, guardadoria de encomendas frias, entre outros.

Uma série de itens, comodidades pensados para o consumidor moderno, seja ele investidor, proprietário ou inquilino, fala o empresário Marcos Vieira Lima.

"A terminologia smart é uma jogada de marketing do mercado, mas significa o imóvel compacto, porém com conceito. É claro que você vai encontrar projetos mais simples e com este mesmo apelo, e aí vai variar o que será entregue. Se com ou sem garagem, fachada com ou sem vidro, se pastilhada, com varanda. Mas todos serão compactos, com preço enxuto e bem localizados", conta Vieira Lima.

Diretor administrativo na Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), ele explica que esse movimento não é à toa e toma como base pesquisas de comportamento e estudos de mercado – como os elaborados pela consultoria Datastore. Especialista no assunto, o CEO da Datastore, Marcus Araújo, palestrou no lançamento online do Barra Conceito.

Vieira Lima enumera as conclusões: "As famílias não são mais as mesmas; os casais não querem ter mais de um filho, quando os têm; às vezes, nem morar junto mais querem, ou, no máximo, dividir o espaço com um pet; ninguém quer ter mais trabalho de cozinhar, passar, secar, que dirá limpar casa grande".

"Em Salvador, 80% das famílias são compostas, em média, por três, duas pessoas. Ou seja, casal e filho. Portanto, não se vão se lançar tanto mais imóveis com 200 m², 300 m², não se tem mais aquele formato de antes. E os espaços foram sendo enxutos, e preços também", diz.

Pesquisa DataZAP

Levantamento realizado pelo DataZAP, braço de inteligência imobiliária do Grupo ZAP+, a pedido da reportagem de A TARDE, aponta que, nos últimos cinco anos, a metragem média dos imóveis lançados na capital baiana despencou de 97,6 m², em 2016, para 52,2 m², em 2020. E mais: em 2016, 65,1% tinham de 40 m² a 55 m², e, no ano passado, esse subiu para 69,5%.

Com um detalhe: em 2020, 18,78% dos lançamentos tinham menos que 40 m². Segundo o economista do DataZAP, Pedro Possani, "percebe-se uma tendência de redução da mediana da área útil dos imóveis lançados em Salvador". "Frisa-se que esta mediana foi calculada considerando todos os imóveis na capital baiana".

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