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MERCADO

Construção corporativa, industrial e de logística aporta R$ 1,8 bi

Segmento tem registrado expansão em Salvador, principalmente com obras de farmácias e supermercados

Por Mariana Bamberg

28/10/2023 - 6:40 h | Atualizada em 09/11/2023 - 17:45
Marcelo é diretor  da Consul, empresa responsável pelas obras da Leroy Merlin
Marcelo é diretor da Consul, empresa responsável pelas obras da Leroy Merlin -

Quem percorre o Vale dos Barris ou o Horto Bela Vista, em Salvador, não deixa passar despercebido grandes obras de mais de 30 mil m². Mas, dessa vez, os empreendimentos não são residenciais. São algumas das novas lojas ou home center que estão sendo construídos na cidade, mobilizando mais de 200 profissionais por obra. Esse é o segmento de construção corporativa, industrial e de logística, que segue em um momento de aquecimento, afinal, só nos últimos cinco anos, foram mais de mil farmácias e 235 novos supermercados construídos na capital, segundo a Secretaria Municipal da Fazenda.

Juntos, os segmentos representam um terço do PIB (Produto Interno Bruto) da construção. A estimativa é que os últimos cinco anos eles tenham movimentado R$ 1,8 bilhão. Esse cálculo é do diretor de obras públicas e corporativas do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Geraldo Menezes. Ele engloba não só as grandes lojas, mas também a construção de hospitais, do setor hoteleiro e a explosão de supermercados e farmácias.

Na pandemia

“Só os investimentos em farmácia, desde a pandemia, movimentaram R$ 300 milhões. Separados, são investimentos pequenos, mas tiveram um volume muito grande. Junto com os supermercados, elas estão loteando a cidade. Já as lojas de construção muitas fecharam na pandemia, mas houve um crescimento das grandes redes”, analisa.

A Ferreira Costa é uma dessas redes que está se expandindo em Salvador. É dela a obra de 56 mil m² no Vale dos Barris. Será a segunda loja da rede na capital baiana. Já a obra do Horto Bela Vista, de 31 mil m², é a da Leroy Merlin, loja de construção, decoração e itens de jardinagem que já tem 42 unidades pelo Brasil. Ela começou em dezembro do ano passado e já foi concluída agora em dezembro. É o prazo apertado um dos diferenciais das construções corporativas. Quem explica isso é Marcelo Castro Lima, diretor da Consul Engenharia, empresa responsável pelas obras Leroy Merlin. Ele conta que, enquanto empreendimentos residenciais levam cerca de três anos para serem concluídos, lojas como essas ficam prontas em mais ou menos 12 meses.

A Ferreira Costa abre a segunda loja em Salvador, um empreendimento de 56.357,25m² no Vale dos Barris
A Ferreira Costa abre a segunda loja em Salvador, um empreendimento de 56.357,25m² no Vale dos Barris | Foto: Divulgação

“Se a gente atrasar, o cliente vai deixar de faturar. Então é muito importante a assertividade. Por isso, temos um plano de gestão de negócios com tudo detalhado, desde os parceiros até a execução, temos a tecnologia do nosso lado, como o BIM [Building Information Modeling], que nos permite já prever qualquer incompatibilidade antes da execução. E já começamos a obra com quase 100% dos serviços contratados”, explica.

Para conseguir atender ao prazo, esse tipo de obra tem como principais aliados técnicas e materiais da construção industrializada. São toneladas de materiais pré-moldados chegando a esses canteiros para serem apenas montados. O presidente do Sinduscon, Alexandre Landim, defende que essas metodologias garantem não só prazo, mas também mais produtividade, segurança e controle de qualidade. Ele diz que “a construção corporativa é a que permite usar o que há de mais moderno na construção’.

Mas nem sempre é possível o uso dessas técnicas. É o caso de um mini shopping, espécie de mall de 2,8 mil m², que está sendo construído pela Pelir Engenharia. Segundo Rodrigo Peleteiro, diretor da construtora, o local da obra tem difícil acessibilidade e não permite esse tipo de metodologia. Ainda assim, o prazo é curto: nove meses. Essa dificuldade de dominar o terreno e a vizinhança é mais um dos desafios da construção corporativa frente à residencial. E ela se soma ainda, lembra Peleteiro, à necessidade de ter que gerir um grande volume de profissionais nos canteiros. No mini shopping, por exemplo, são 130 trabalhando ao mesmo tempo.

“Um empreendimento residencial você constrói por série, faz a estrutura, depois alvenaria, pintura. Um atrás do outro e vai subindo os andares com a mesma equipe. Nas obras corporativas é tudo ao mesmo tempo, com uma equipe concentrada em um mesmo espaço e não são áreas iguais, como os apartamentos. É preciso muito planejamento e rigor”, ressalta o diretor da Pelir.

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