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12/08/2023 às 6:01 - há XX semanas | Autor: Mariana Bamberg

CADERNO IMOBILIÁRIO

Em Salvador, 67% escolhem morar próximo ao metrô

Em cidades com estrutura de transporte já consolidada, empreendimentos perto das estações são mais valorizados

Zenilton pontua  que morar perto do metrô minimiza o tempo de deslocamento’
Zenilton pontua que morar perto do metrô minimiza o tempo de deslocamento’ -

Muitos são os fatores que contam na hora de comprar um imóvel em Salvador. Tamanho, bairro e infraestrutura de lazer não são novidades. Mas a proximidade com o metrô também se tornou fundamental nessa decisão. Uma pesquisa realizada pela Datastore revelou que 67% dos soteropolitanos consideram a presença de uma estação do modal na vizinhança como um fator que influencia positivamente na hora da escolha de um imóvel.

O cenário é semelhante em outras cidades com estrutura de transporte mais consolidada. Em São Paulo, por exemplo, uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizada no ano passado, apontou que a valorização de imóveis próximos a estações de metrô da capital paulista pode chegar a 66% quando comparado a empreendimentos em outras regiões. Presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Cláudio Cunha relaciona isso a um movimento crescente de valorização da possibilidade de ir andando até o trabalho, comércio e serviços.

“Isso impactou o mercado imobiliário, impulsionando a demanda por áreas bem planejadas, com infraestrutura de pedestres e proximidade de comodidades. Como resultado, áreas com alta andabilidade experimentam uma valorização dos imóveis e mais atratividade para os compradores e investidores”, afirma Cunha.

Na Imob, a maior parte das vendas é concretizada por conta da proximidade do empreendimento a uma estação de metrô. Quem garante isso é a diretora da imobiliária, Nane Brandão. De acordo com ela, a busca geralmente é motivada pela necessidade de facilitar a locomoção para outras partes da cidade e principalmente reduzir o tempo de deslocamento.

“Acessibilidade, incluindo o acesso a vias principais e sistemas de transporte público, historicamente desempenha um papel importante na escolha do imóvel. Locais bem conectados podem facilitar a vida diária e reduzir custos de transporte, isso é bastante valorizado pelos clientes”, afirma.

Pelo menos, 15 opções de empreendimentos da Imob têm como atrativo a proximidade com estações de metrô. Entre elas, as de Campinas, Mussurunga, Bairro da Paz, Pernambués e Imbuí. Ao todo, são 21 estações na capital. A última delas foi inaugurada em junho deste ano. Agora, a previsão do governo do estado é que, ainda em 2023, comece a operar a estação de Águas Claras. A expectativa do mercado imobiliário é que, com uma capilaridade cada vez maior das linhas do modal, novas áreas passem a ser mais valorizadas pelo consumidor e investidor.

“O sistema de metrô teve um impacto direto no mercado imobiliário de Salvador. Novas áreas ganharam destaque por estarem próximas ao metrô, incentivando o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários nessas regiões anteriormente menos exploradas. Além, claro, de áreas já consolidadas, que tiveram valorização expressiva por estarem já alocadas próximas ao metrô”, analisa Nane.

Para o representante comercial, Álvaro Cressenti, que morou grande parte da sua vida em Lauro de Freitas, foi o Imbuí que se destacou. Ele e a esposa já moravam de aluguel no bairro, motivados justamente pela facilidade de acesso e pela rapidez na ida ao trabalho.

O casal iria se mudar para o bairro de Stella Mares. Estava pagando por um imóvel próprio, ainda na planta, naquela região. Lá eles precisariam ir para o trabalho de carro ou pegar algum outro transporte até a Avenida Paralela, onde teriam acesso a uma estação de metrô. Foi então que conheceram um outro empreendimento, perto de onde moram, a poucos metros da estação de metrô do Imbuí. Juntos, eles tomaram uma decisão ousada: compraram o novo apartamento e estão se organizando para se desfazer do outro.

Economia de tempo

A estimativa de Álvaro é que o tempo gasto por ele no trajeto entre o novo apartamento e seu trabalho, no Caminho das Árvores, seja em torno de 15 minutos usando o metrô. Já se resolver ir de carro, poderá levar até 1h. Ele já faz as contas e imagina que, com ida e volta, deve ganhar 1h30 no dia, uma economia de tempo muito bem-vinda para o casal.

“O pensamento foi muito no nosso dia a dia. O metrô sempre foi meu meio de transporte, porque é rápido, tem estrutura. Como um imóvel no Caminho das Árvores, bairro onde trabalho, é muito caro, foge do nosso orçamento, a melhor saída para minha rotina é o metrô”, conta o representante comercial.

O empreendimento onde Álvaro e a esposa vão morar é o Biosphere Essence, da Alia Empreendimentos. Ele fica no bairro do Doron, a cerca de 300 metros da passarela que dá acesso à estação Imbuí. A caminhada até lá deve levar aproximadamente três minutos, estima Zenilton Mira, sócio da incorporadora.

Para Mira, a importância do metrô na escolha do imóvel não é novidade. De acordo com ele, em São Paulo, por exemplo, o metro quadrado mais caro é justamente dos imóveis localizados no raio de até 300 metros das estações da cidade.

“A proximidade com o metrô sempre foi importante em cidades com infraestrutura de mobilidade já consolidada. Agora, com o nosso metrô e nosso BRT ganhando mais capilaridade, mais regiões vão ganhando destaque. E as pessoas agora estão fazendo, cada vez mais, escolhas racionais. Ter um carro não é mais um sonho. A escolha agora é pensando na qualidade de vida”, avalia Mira.

Esse comportamento, segundo Miro, não tem sido exclusividade apenas das novas gerações. “Temos atendido tanto solteiros e casais jovens, quanto pessoas mais velhas, família e até idosos, buscando esse tipo de atrativo. Todo mundo quer minimizar o tempo de deslocamento. É um tempo que a gente acorda já sabendo que vai ter que gastar”, conta.

Na Tenda, a proximidade do metrô também é uma vantagem considerada competitiva. Diretor regional da construtora, Rodrigo Hissa revela que, para a maioria dos clientes da empresa, essa localização tem maior relevância do que, por exemplo, vagas de garagem ou equipamentos de lazer.

“Como atuamos para clientes de uma faixa de renda mais baixa, é natural que muitos não possuam veículos e, portanto, ofertar empreendimentos próximos a estações do metrô passa a ser um diferencial importante comercialmente falando”, explica Hissa.

Dos empreendimentos da Tenda espalhados pela cidade, cinco estão próximos de estações de metrô, tanto do Retiro e do Imbuí quanto de Pirajá. Agora, com a futura inauguração da estação de Águas Claras, aliada à nova rodoviária, a expectativa de Hissa é que regiões como Porto Seco Pirajá, Águas Claras, Dom Avelar, Valéria e Palestina, antes consideradas distantes do Centro da cidade, começam a ter destaque.

“Com novas estações sendo lançadas, conseguimos atuar em áreas até pouco tempo atrás menos atrativas para nosso cliente. Podemos agora oferecer mais produtos pela cidade”, afirma o diretor regional da Tenda.

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