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CADERNO IMOBILIÁRIO

Oriente inspira decoração simples e cheia de estilo

Influência dos países asiáticos tem característica minimalista e é marcada pela presença de madeira e fibras

Por Julia Isabela*

20/08/2022 - 6:30 h | Atualizada em 25/08/2022 - 16:35
Projeto interiores @studiocidamoraes
Projeto interiores @studiocidamoraes -

Não é de hoje que é possível enxergar a forte presença da cultura oriental em diversos aspectos da nossa vida cotidiana. Seja na forma de animes, doramas (séries da Ásia), na moda ou na música, vide kpop (pop coreano), é cada vez mais latente que bebemos de influências asiáticas, e a decoração segue no mesmo caminho.

Na decoração, o estilo asiático é visto como filosófico e minimalista, ideal para pessoas que desejam viver em harmonia e que estimam pela simplicidade acima de todas as coisas, além de apreciarem os elementos naturais, também muito presentes nesses espaços.

A designer de interiores Thaís Ribeiro explica que quando se pensa em influência asiática na decoração, os destaques são o Japão e a China. Mas, muitos elementos também são adquiridos da Índia, Tailândia e Arábia Saudita.

Thais destaca o espaço que o estilo vem ganhando nas casas brasileiras. “O Brasil já tem como tendência o estilo asiático no décor há algum tempo. Como, por exemplo, no uso dos móveis em rattan e dos tapetes de sisal, e cada vez mais iremos encontrar esses elementos nas decorações, pois apesar de ser um estilo milenar, ele vem se reinventando para conseguir acompanhar a vida mais moderna e contemporânea”.

Sobre a escolha do mobiliário, a designer diz que a proposta é rústica, com presença forte da madeira e de fibras naturais. “Outra dica legal é optar por móveis versáteis, tipo um sofá com futon que irá funcionar como cama”, completa.

No trabalho com as cores, ela recomenda que a base seja feita de tons neutros como cinza e bege, e que pontos específicos sejam destacados em vermelho, preto ou dourado, cores clássicas do estilo.

“Elementos naturais também são características fortes. Vasos de plantas, lustres de fibra natural, tapetes de sisal, arranjos de flores naturais e desidratadas e peças rústicas em madeira são alguns exemplos. Agora, nada de exageros, pois isso não combina com esse estilo”, alerta Thaís.

Erica Souza Morimoto, que mora com o marido e os dois filhos, conta que a família queria um lar tranquilo e equilibrado, e por isso incorporou a ele traços do estilo asiático.

“Queríamos mesclar a tradição do estilo oriental com a modernidade. Pensamos muito em uma decoração que transmitisse tranquilidade e que fosse prática, devido ao dia a dia com dois meninos em idades de sete e nove anos. E ter ao mesmo tempo a sutileza e aconchego da madeira, com a modernidade e praticidade do concreto, é algo que une símbolos da cultura asiática de forma subliminar”.

“(O estilo) nos traz leveza para levarmos a rotina já tão corrida normalmente, com trabalho, escola e todas as atividades das crianças. Adoramos receber amigos e família em casa e essa funcionalidade aliada com o design facilita a correria do cotidiano”, completa Erica.

Ainda de acordo com ela, os filhos fizeram parte de todo o processo de escolha dos materiais de acabamento utilizados, estes que unem o design com o aspecto funcional para serem de fácil manutenção.

Já a designer de interiores Carolina Engelke acredita que o estilo em si ainda não é uma tendência no Brasil, mas que muitas das suas características vêm sendo adotadas, tal como o minimalismo, o uso de divisórias de vidro ou biombos detalhados em madeira, fibras naturais, muxarabis e plantas originárias da Ásia. “Pelo fato de ser uma decoração bastante filosófica, limpa e de fácil acesso, acredito sim que no futuro seja mais forte do que é hoje”, projeta.

A designer também dá dicas de como obter elementos para esse tipo de decoração. “O estilo asiático carrega muito o peso cultural da manufatura com matéria prima natural, o artesanato puro. Então, um ótimo jeito de começar é procurar por artesãos especializados na cultura asiática, e incorporar plantas como bonsais e a clássica árvore-da-felicidade, entre outras, todas facilmente encontradas em floriculturas”, sugere a designer de interiores.

Para os móveis, Carolina recomenda o clássico futon– colchão comumente utilizado na cama tradicional japonesa – e que pode ser usado em um mobiliário para conforto na hora de sentar. Outro mobiliário muito versátil é o baú, que além de guardar objetos, em dado momento, pode se tornar um banco na sala de jantar.

Na iluminação, a prioridade é obter a luz natural do sol, através de grandes portas e janelas. Já o uso de velas, ótimas para meditação e para um ambiente mais aconchegante, pode ser feito em bases em formato de prato ou bases de pedras.

“A iluminação artificial, quando precisa ser usada, acaba ficando por conta de grandes luminárias de tecido, com madeira ou bambu que são colocadas no chão mesmo ou no teto, sempre priorizando luzes mais difusas e quentes”, completa a designer de interiores.

Carolina diz que a madeira, por ser uma matéria prima adaptável e de ótima durabilidade, é o ponto chave da decoração, apresentando diversas possibilidades.

“Um ótimo exemplo são as divisórias para ambientes, que podem ser vazadas com formas geométricas e/ou com fechamentos em vidro fumê ou com vidros jateados. A madeira também pode servir como base de camas, mesas, sofás e até, principalmente, como piso para o chão, uma vez que a madeira é super aconchegante e tem um ótimo conforto térmico. Para uma cultura onde as pessoas andam descalças em casa, o uso da madeira no chão é primordial”.

Harmonização da casa

Brenda Narime, 21, descendente de japoneses, conta que na casa dela há muitos elementos característicos do Oriente.

“No geral, temos diversos itens que vão desde utilitários de cozinha como bowls, xícaras, hashis e talheres, até itens de decoração como vasos, quadros, imagens, livros e brinquedos”, relata Brenda.

A família da jovem resolveu seguir o Feng Shui – técnica chinesa de decoração que consiste na harmonização dos objetos e móveis com os elementos da natureza -– no projeto dos móveis para a casa.

Mariangela Pagano, autora do livro “Feng shui: 50 Práticas para Equilíbrio Energético”, explica as bases da técnica, que são as mesmas da MTC, Medicina Tradicional Chinesa, esta que reconhece a importância que o ambiente exerce na saúde, bem-estar e consequentemente na prosperidade.

“A boa circulação entre os móveis e as formas orgânicas, além de facilitarem o trânsito das pessoas, favorecem o fluxo de CHI (energia vital) nos ambientes. Assim como as variações de texturas, seja nos tapetes, estofados e almofadas, mexem com nossos sentidos de maneira positiva. E a presença de plantas naturais comprovadamente ajuda a minimizar o stress, além de favorecer a concentração e criatividade”, diz.

“O sistema (Feng shui) foi a base da reconstrução de Singapura, atualmente considerada uma das metrópoles mais limpas e prósperas da Ásia e também uma das mais verdes do planeta”, completa Mariangela.

*Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló

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