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GESTÃO

Planejar o orçamento é a chave para um 2025 mais próspero no condomínio

A administração financeira é essencial para que as contas atendam as necessidades do empreendimento

Por Laura Pita* e Joana Lopes

28/12/2024 - 7:00 h
Rildo aponta a inspeção predial como  prioridade
Rildo aponta a inspeção predial como prioridade -

O planejamento orçamentário é a ferramenta indispensável para a gestão financeira do condomínio e transparência com os moradores, norteando as decisões feitas durante todo o ano. Por isso, ele pode ser o segredo para um 2025 mais próspero para o condomínio.

De acordo com o síndico profissional Rildo Oliveira, esse planejamento é essencial para que as contas realmente sejam feitas visando as necessidades do empreendimento e de seus moradores. Itamar Fernandes, síndico responsável pelo Reserva Imbassaí, condomínio localizado no município Mata de São João, concorda. “O planejamento orçamentário anual é salutar, não só para a cobertura de despesas vitais para o funcionamento do condomínio, mas também para traçar metas de manutenções e melhorias a serem realizadas nas áreas comuns”.

A auditora condominial Michele Lordêlo destaca a importância de analisar como as despesas do condomínio se comportaram no ano que está acabando para um orçamento eficaz em 2025. “Antes de 2024 acabar, os síndicos e gestores já precisam identificar quais são as principais necessidades que o condomínio terá no próximo ano. Para isso, é preciso observar quais foram as despesas ao longo dos 12 meses e quais serão as próximas necessidades.”

No Reserva Imbassaí, o planejamento orçamentário é feito a partir das cotações atuais para justificar os reais custos para o exercício seguinte. “Primeiramente, analisamos as despesas, a execução do orçamento anterior e o movimento líquido, ou seja, se houve déficit ou superávit. Depois, conferimos as projeções de índices econômico, como IPCA, inflação, os contratos com prestadores de serviços e a projeção para dissídio de funcionários. Enfim, elencamos todas as necessidades de manutenções corretivas ou novas aquisições de equipamentos, eventos, entre outras atividades que os condôminos estejam solicitando”, relata Itamar Fernandes.

De acordo com Marcus Nobre, fundador e CEO da uCondo, plataforma de tecnologia para administradores e síndicos, é preciso definir objetivos e identificar quais são as metas financeiras de curto, médio e longo prazo. Isso pode incluir quitar dívidas, economizar para emergências, investir ou planejar melhorias estruturais no condomínio. Na elaboração do orçamento, é importante listar todas as fontes de receita e as despesas mensais fixas. Dessa forma, se compreenderá melhor para onde está indo o dinheiro e conseguirá identificar oportunidades de economia. “Também é importante analisar cuidadosamente os gastos e identificar centros de custos ou categorias financeiras do plano de contas, onde é possível reduzir despesas. Além disso, deve-se priorizar as necessidades essenciais e evitar despesas impulsivas”, orienta.

Outra recomendação de Nobre é estabelecer um fundo de reserva para o condomínio, que será utilizado para cobrir custos inesperados ou financiar melhorias estruturais. “Caso existam dívidas, o síndico ou administrador deve negociá-las para obter melhores condições de pagamento. Também é possível explorar opções de investimento que façam o dinheiro render. Por isso, considerar a orientação de um consultor financeiro especializado é uma boa prática para tomar decisões mais seguras”, afirma.

Nobre ressalta que o planejamento financeiro é dinâmico e deve ser revisado com frequência, com ajustes sendo feitos quando necessário, junto com revisões anuais, para garantir que as metas estão sendo alcançadas. Para definir as prioridades do plano orçamentário, Rildo Oliveira salienta a necessidade da inspeção predial. “Trata-se de um sistema feito por um engenheiro que vai mostrar todo o diagnóstico do condomínio e, assim, as necessidades por grau de criticidade”.

Mesmo com o planejamento orçamentário, gastos extraordinários ainda surpreendem os condôminos. “Podem existir consumos maiores do que o esperado, um índice pelo governo acima do planejado e outras despesas são colocadas de acordo com as necessidades do local”, explica Rildo Oliveira. Para que essas situações não gerem déficits, é preciso que uma parcela das cotas condominiais seja destinada a gastos extraordinários. Caso o gasto extraordinário seja urgente, os síndicos precisam tomar a decisão antes de uma assembleia com os condôminos. “A gente manda os comprovantes, as fotos, os comunicados informando a necessidade daquele gasto e na Assembleia seguinte a gente faz a prestação de contas daquilo que estava fora da previsão orçamentária”, diz Oliveira.

Prestação de contas

Segundo o Código Civil, a Assembleia de prestação de contas deve ser realizada uma vez ao ano. “Mas ela precisa ser feita sempre que necessário. O ideal é que sejam realizadas reuniões algumas vezes ao ano, para que não acumule tudo para um período só”, orienta Oliveira.

Michele Lodêrlo afirma que o síndico tem o papel de esclarecer sobre os gastos de maneira transparente com os condôminos. “Os moradores devem participar de forma efetiva da construção do planejamento orçamentário, com comissões que verifiquem as pastas de prestação de contas, sempre que possível. Nas Assembleias, devem perguntar sobre os itens que compõem o planejamento orçamentário”.

*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló

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