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05/10/2024 às 6:00 - há XX semanas | Autor: Joana Lopes

CADERNO IMOBILIÁRIO

Prédios antigos de Salvador ganham novas identidades

Após a revitalização e a modernização de edificações no centro histórico da capital

Mansão Bahiano de Tênis, com  retrofit por Antonio Caramelo:  “Há um melhor aproveitamento dos espaços”
Mansão Bahiano de Tênis, com retrofit por Antonio Caramelo: “Há um melhor aproveitamento dos espaços” -

O retrofit – processo de revitalização e modernização – de prédios antigos ou em mau estado de conservação é uma tendência nas grandes metrópoles, diante do esgotamento de terrenos bem localizados ou em áreas centrais. Em Salvador, a Rua Chile se tornou o maior polo de retrofit do estado, com a implementação dos hotéis Fasano e Fera e, agora, o Palacete Tira Chapéu, com uma variedade de opções gastronômicas e culturais. A chegada da rede Rosewood nos próximos anos, que vai ocupar o Palácio Rio Branco, na Praça Thomé de Souza, coração do centro histórico de Salvador, consolidará esse mercado que tem tudo para ir além do centro da capital baiana.

“As apostas agora se direcionam para a Orla Atlântica, com projetos de retrofit em hotéis desativados, como é o caso do Othon e do Pestana, antigo Méridien, que darão lugar a empreendimentos mistos de alto padrão, devolvendo à cidade a gentileza do uso e ocupação urbana, com densidade e diversidade bem medidas”, comenta o arquiteto Edilson Campelo. Ele diz que, passado o afã da expansão urbana exacerbada, notado em outras décadas, a conscientização de que os centros históricos possuem uma excepcional infraestrutura subutilizada, com construções de grande potencial arquitetônico e urbanístico, tem feito com que esse mercado ganhe força.

“Salvador precisa muito desse movimento, há muitas edificações tombadas, mas sem investimento para revitalizá-las. O envelhecimento dos prédios da cidade é grande e os recursos, pequenos”, lamenta Antonio Caramelo, um dos maiores nomes da arquitetura baiana. Ele foi responsável, entre outros projetos, pelo tratamento estético do Shopping Barra, com a modernização da fachada em vidro e alumínio composto.

Caramelo conta que passa pela cidade observando o potencial de prédios que, ainda que em uso, estão esteticamente abandonados. “No entorno do Campo Grande, por exemplo, há edifícios com soluções internas nos apartamentos muito boas, com bastante espaço e boa distribuição, mas cujas fachadas e estruturas estão se acabando.”

Se falta investimento público na revitalização urbana, o setor privado tem aproveitado a tendência de revitalização, com o crescimento de projetos em espaços residenciais. Caramelo trabalha, no momento, no retrofit de um antigo prédio comercial que passará a ser um edifício de moradia, com características hoteleiras, próprio para alugueis de temporada. O arquiteto conta que, mesmo em regiões como o Horto Florestal, onde as construções são novas, se comparadas à maioria das edificações da cidade, muitos condomínios fazem obras de atualização de suas guaritas e portarias. “Esses espaços foram pensados numa época em que não havia e-commerce e delivery. Agora, há necessidade de armazenar os produtos recebidos pelos moradores, então, alguns desses condomínios contam até com freezers nesses locais”.

Sustentabilidade

A sustentabilidade é a maior tendência atual para o mercado imobiliário e deve perdurar nos próximos anos, de acordo com um levantamento feito pela revista especializada AD PRO (Architetural Digest for Design Professionals), que ouviu incorporadoras, organizadoras e designers de interiores. É também por isso que o retrofit tem conquistado cada vez mais térreo nas grandes cidades. “Cada vez mais as indústrias, inclusive construção civil e mercado imobiliário, passam a ter que trabalhar com o que já existe, com regeneração produtiva. Precisamos pensar, enquanto sociedade, o que vamos fazer com todos os recursos que já extraímos da natureza”, afirma Pedro Ichimaru, sócio da Somauma, incorporadora focada em retrofit.

Antonio Caramelo ressalta que manter a infraestrutura de prédios já existentes tem um impacto ambiental muito melhor. “Além disso, há um melhor aproveitamento dos espaços, a possibilidade de reuso dos materiais nas obras e melhor eficiência energética. Com a modernização, é possível explorar mais a ventilação e iluminação naturais, por exemplo.” Nesse sentido, as cidades do futuro já estão construídas.

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