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17/06/2023 às 6:30 - há XX semanas | Autor: Da Redação

ALUGUEL

Rio Vermelho, Graça e Barra registraram as maiores altas nos aluguéis

Bairros que tiveram maiores reajustes são também os mais procurados

Bairros próximos do mar têm locações mais valorizadas
Bairros próximos do mar têm locações mais valorizadas -

Bairro próximo à praia, com recentes obras de infraestrutura e uma tradicional boêmia, o Rio Vermelho é a região de Salvador onde ficou mais caro morar de aluguel nos últimos dois anos. Um estudo realizado pela imobiliária Apsa apontou que o valor da locação de um apartamento naquela localidade dobrou entre 2021 e 2023. A média de preço do metro quadrado saiu de R$ 21,15 para R$ R$ 42,38. Logo em seguida, aparecem os bairros da Graça e da Barra, que tiveram respectivamente um aumento de 80% e 77% no valor do aluguel.

Os bairros que tiveram maiores reajustes nos preços coincidem, segundo o estudo, com os mais procurados. Mas a quantidade de imóveis alugados, pelo menos quando comparado a 2022, reduziu 12,5%.

Consultor de negócios da Apsa, Paulo José Leal explica que, no geral, a locação de imóveis residenciais ficou mais cara nos bairros de Salvador após a pandemia. Isso porque, de acordo com ele, durante este período, os proprietários reduziram os preços para evitar prejuízo.

“Imóvel estava muito barato. Por conta da pandemia, os proprietários colocaram o preço lá embaixo para não ter prejuízo. Muitos pensavam que se o aluguel pagasse o condomínio e o IPTU já estaria valendo a pena. Agora, já se está fazendo a renovação dos contratos e dos valores como uma reposição, com ajustes inflacionários em cima do valor de antes”, afirma.

Sobre o Rio Vermelho especificamente, o consultor aponta que este é um bairro que já vinha ganhando destaque no interesse do consumidor pelo menos desde 2014, quando foram anunciadas as obras de requalificação da região.

“Agora tudo se canaliza para lá, desde lazer e eventos até moradia. Ele já vem em uma alta crescente desde a revitalização, com a pandemia acabou se sobressaindo muito mais e se tornou um dos bairros mais cobiçados”, avalia o consultor da Apsa.

A designer Iana Joaquina já foi moradora do Rio Vermelho. Chegou a passar por três imóveis diferentes no bairro. Antes da pandemia, ela dividia um apartamento alugado com uma colega, até que decidiu passar um tempo na casa da mãe, no interior do estado. Para ela, o Rio Vermelho tinha tudo. Além da vida boêmia, tinha comércio, lazer e ainda era perto do trabalho. Em 2021, quando resolveu voltar para Salvador, se assustou com o preço do aluguel na região.

“Antes, dividindo com outra pessoa, eu pagava cerca de R$ 600 de aluguel. Depois, quando voltei o valor já ficaria em torno de R$ 900. Isso em um momento de reabertura do comércio, de início da retomada econômica depois do pico da pandemia. Não condizia com aquela realidade”, conta.

Iana acabou indo morar em Brotas, onde encontrou um apartamento que cabia no seu orçamento sem precisar dividir com outras pessoas. Mas, antes disso, passou alguns meses no bairro de Ondina, em um imóvel que dividia com três amigas, cada uma pagando cerca de R$ 600 pelo aluguel.

Obra de requalificação

A segunda escolha de Iana também foi por um dos bairros com maior aumento. Ondina aparece em quarto lugar do ranking da Apsa, com uma elevação de 64% nos últimos dois anos, indo de R$ 35,54 para R$ 58,37 por metro quadrado. De acordo com o consultor da imobiliária, a região sempre figurou entre os locais mais caros de Salvador. As últimas obras de requalificação e construção de praças e espaços de lazer, segundo Leal, influenciaram ainda mais nessa valorização.

“A Barra também sempre figurou nessa posição, principalmente por ter um público mais classe A. Antes não tinha tanto prédio, mas começou a haver a liberação, surgiram empreendimentos de luxo e isso acabou elevando a média de preço”, analisa o consultor. Em 2021, a locação do metro quadrado na região custava em média R$ 32,11. Agora chega a R$ 57,84.

Corretora especialista nos bairros da Barra e Ondina, Aida Andrade reconhece que os preços tiveram um aumento expressivo nos últimos anos. Ela conta, por exemplo, que um apartamento da região, alugado em 2019 por R$ 3,5 mil, hoje está sendo anunciado por R$ 6 mil. Com a entrega de novos empreendimentos na Barra, a corretora acredita que os valores devem descer um pouco, já que vai aumentar a oferta.

“Muitos proprietários têm preferido até não alugar ou vender e investir o valor do que locar por um preço abaixo. Mas mesmo com a elevação dos preços, hoje eu não tenho nenhum apartamento disponível para locação e a demanda é grande. Isso também eleva o valor. Com a chegada dessas novas unidades, a oferta vai aumentar e eu acredito que o preço deve diminuir um pouco ”, conta.

Dono de imobiliária e segundo vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-BA), José Alberto Vasconcelos também considera a falta de imóveis disponíveis para locação como um dos fatores que estão contribuindo para a elevação dos preços. Na corretora dele, por exemplo, tem imóvel que não chega nem a ser anunciado e já tem fila de espera.

“O mercado está enfrentando esse problema. Se construiu muito pouco nos últimos três anos. Esses imóveis eram para ser entregues agora. Isso altera a oferta e acaba afetando o preço. Na verdade, houve um aumento geral, não só nesses bairros. Em Alphaville, por exemplo, que tem sido muito procurado, um apartamento com dois quartos não sai por menos de R$ 2,2 mil, quase 30% a mais que antes", opina.

O responsável por tranquilizar quem procura um imóvel para alugar em 2023 é o bairro do Costa Azul, o único onde o valor do aluguel diminuiu. Se em 2021 o inquilino pagava em média R$ 43,49 pelo metro quadrado de um apartamento, neste ano o valor foi para R$ 25,66, o metro quadrado. O consultor da imobiliária acredita que isso se deve ao fato do bairro não ter crescido muito em termos de novos empreendimentos e por já ter moradores fiéis, que não pretendem deixar a região.

Diferente dos bairros de Armação e Patamares, que tiveram respectivamente um aumento de 53% e 15% na locação. De acordo com Leal, essas eram regiões mais desertas da cidade, que só agora têm ganhado novos empreendimentos, o que acaba impulsionando os valores do metro quadrado.

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