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21/07/2018 às 10:36 - há XX semanas | Autor: Cartunista

CRÔNICA DO JAGUAR

Brasil é hexa!

“A paixão que temos pelo futebol, por exemplo, deve ser um enigma absoluto para esse pessoal de fora do planeta”
“A paixão que temos pelo futebol, por exemplo, deve ser um enigma absoluto para esse pessoal de fora do planeta” -

Rio de Janeiro - Falamos tanto em Hexa, que chegamos lá: terminamos a Copa em sexto lugar. Fomos hexa colocados. Obrigado CBF, obrigado reverendo Tite. Um bilhão e duzentos milhões de telespectadores - praticamente a metade da população do planeta - acompanhou a Copa 2018. Numa hipótese absurda (não no sentido que os locutores esportivos deram à palavra (“Messi fez um drible absurdo”, ou seja, magistral ), extraterrestres, que monitorariam a Terra, também teriam acompanhado a Copa. Ora, dirão, se extraterrestres existem, porque por que não fizeram contatos imediatos de nenhum grau ? Pelo mesmo motivo que nós, humanos, não temos interesse em contatar lesmas ou qualquer espécie de criaturas que nos provoquem asco. A paixão que temos pelo futebol, por exemplo, deve ser um enigma absoluto para esse pessoal de fora do planeta. Nisso os ET´s se parecem com minha avó que não compreendia como seres adultos e com cérebro pudessem ficar horas “correndo atrás de uma bola”. E também a incomodava o jargão dos locutores: “a bola estufa o véu da noiva”, que deveria achar escandalosa. Dito isso, o leitor deve estar pensando que detesto futebol. Ledo Ivo engano. Muito pelo contrário. Sou fissurado . Não desgrudei da TV durante as 64 partidas . Vi todos os jogos, do começo ao fim: 90 minutos de cada jogo, mais comentários (em geral galvãobuenamente redundantes). Soturnos hinos nacionais, prorrogações, disputas de pênaltis, interrupções, etc e tal. Não perdi um minuto do homérico espetáculo. Nem quando me levantava para fazer pipi. Do banheiro via a tela pela porta aberta. Como disse no sábado passado, centenas de câmeras em todos os cantos dos estádios, deram a esta Copa uma dimensão épica nunca vista. Nenhum detalhe foi perdido e nem será esquecido. Close dos colossos dos estádios _ Messi, Marcelo, Harry Kane, Cristiano Ronaldo, Kroos, Suarez, desabados depois das derrotas. Panorâmicas impressionantes das torcidas, com direito a closes patéticos. Técnicos tendo chiliques (o tombo do Tite!), porradas, joelhadas, carrinhos homicidas com chuteiras de metal em riste para rasgar e quebrar pernas, cotoveladas na cara, tesouras voadoras. E também gestos de grandeza, como o de Cristiano Ronaldo ajudando o adversário Cavanni, contundido, a sair do campo. E cenas de puro humor: o jogador nigeriano que, irritado por ter falhado, pegou a bola e chutou com violência. A bola bateu na trave, ricocheteou e acertou na sua cara, quase foi a nocaute. E o goleiro (esqueci o nome) que tentou fazer uma presepada; o croata Mtzunic aproveitou a bobeada e fez gol. Vai passar o resto da vida tendo pesadelos com a cena.Também nunca esquecerei a história patética do centro avante titular da seleção francesa, Olivier Giroud. Passou a Copa inteira tentando fazer gol, na final foram 14 chutes e cabeçadas, errou todas. Mesmo assim foi campeão mundial. Passará à história como o centro avante Belo Antonio, que não estufou uma vez sequer o véu da noiva.

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