E vai rolar a festa

Apesar de não ter como comparar o Ba-Vi de ontem com o de domingo passado, uma coisa é certa: o Ba-Vi é uma festa! E o Bahia está feliz e dando show na pista de dança desta festa. A torcida está confiante novamente. E isso é fundamental para um time que precisa passar essa credibilidade.

Assisti ao empate de ontem num bar do Rio de Janeiro, em Botafogo, lotado, ao lado de cariocas e baianos vestidos com o manto sagrado tricolor, aos gritos de “Bora, Baêa!” e de “Garçom, mais uma!”.

Se era torcida única na Arena Fonte Nova em Salvador, aqui no Rio também foi. Não tinha uma alma viva do vice no boteco. Se tinha, se escondeu. Aliás, se eu torcesse para o Vitória, também estaria me escondendo até agora debaixo da cama depois do baile de domingo pela Lampions League. Aliás, que baile! Fazia tempo que não sentíamos aquele arrepio na pele e aquela vibração na massa tricolor. Desde a descida do time no meio da galera, em direção ao vestiário, entre abraços e carinhos de sua torcida. O Bahia ganhou aquele jogo ali: na chegada. E, em campo, passeou. Venceu, convenceu e poderia ter dado uma goleada no tradicional rival. Iremos decidir a final da Copa do Nordeste contra o Sport, a segunda maior força da região, com muito mais segurança e força.

Se no jogo de domingo passado o Bahia passeou, no de ontem, porém, o cansaço visível do time impediu o mesmo desempenho. Porém, nem o desgaste impediu de revelar o Bahia superior de sempre – cansado de perder de forma injusta os clássicos anteriores, nos quais a atuação desastrosa dos juízes interferiam diretamente nos resultados.

Renê Júnior, Régis, Armero e companhia estão de parabéns. O Bahia de hoje é bem diferente daquele que perdeu no Barradão o jogo de ida pelo Nordestão. O Bahia está mordido. Uma combinação de revolta com os resultados injustos dos últimos jogos com uma postura valente, com o apoio de uma torcida confiante e presente.

Os resultados dos últimos Ba-Vis não tinham sido nada bons para o tricolor. Derrotas bobas, com canastrices das arbitragens. Era hora de mudar esse cenário. E o Bahia deu a resposta. Com o bordão “é guerra” estampado nos olhos, o time se agigantou e transformou a insegurança em postura, atitude e coragem. O Bahia não mudou somente de estratégia; mudou de comportamento.

Teremos agora outro Ba-Vi pela frente. E nem adianta mais juiz mequetrefe tentar melar o baba. O Bahia foi superior em todos os Ba-Vis recentes. Mantendo essa pegada, venceremos novamente, com todos os méritos.

Para finalizar, um adendo para o maior destaque de todos os Ba-Vis: apesar da rivalidade e do “sangue no olho”, estamos vendo jogos limpos. Clássicos limpos. Em campo, ambas as equipes estão respeitando seus torcedores e o futebol. Ambas as equipes estão de parabéns. Apesar de um pega pra capar aqui e ali depois do apito, as partidas estão dando gosto de assistir.

E é assim que tem que ser. Afinal, Ba-Vi é e sempre será uma grande festa. E festa boa é festa alegre, na paz, como deve sempre ser.

#BBMP