COLUNA DO MANNO
Hot Dog
Por Músico l [email protected]

Ahhhhhh! Vamos ser francos.
Não foi assim “tãoooooooo ruim”, gente. Foi até melhor que o esperado.
Uma vez parei numa carrocinha de cachorro-quente depois de um show que fiz no interior de Minas e aí, sim, descobri o significado do “que miséria é essa”?
Pense num pão ruim, misturado com um molho de dois dias meio endurecido e uma salsicha fubenta. Estávamos todos bêbados e nem pareceu assim tão ruim aquela mistura de gosma com carboidrato que comemos, felizes.
Somente no dia seguinte, na viagem de volta, que percebemos o que ingerimos. Esse lado podrão da estrada ninguém nem imagina que até Ivete já passou, né? Fica aí pensando que é tudo lindo...
Outra coisa bem ruim, por exemplo, é dar uma topada quando sai do banho. Putz. Você sai do banheiro, peladão, feliz da vida, sentindo ainda o corpitcho quentinho, sacudindo o parangolé para lá e para cá a caminho do pijamão. O corpo e a alma leves. No caminho, então, o desastre: a quina da cama, aquela ingrata, dá um jeitinho de encontrar justamente seu dedinho mindinho. Isso sim é algo bastante ruim.
Mais ou menos como aquele almoço da casa da tia no dia seguinte ao Natal. Quando acabam lhe convencendo de que aquela mistura de resto de peru, panetone, farofa, ameixa e arroz com passas é um quitute dos deuses. Algo tão saboroso quanto a piada do tiozão na hora da sobremesa: “é pra ver ou pra comer?”.
Ruim é, definitivamente, aquilo que é pior do que poderia ser.
Aposentadoria aos 80 anos, por exemplo. Isso é ruim.
Esfiha do Habib's. Cerveja quente. Dedada no carnaval. Brochada. Busu no calor. Calcinha bege. Multa de trânsito. Filmes do Michael Bay. Textão de Facebook. Piadas do Danilo Gentilli. Isso sim que é bem ruim.
É Flórida!
Mas participar de um torneio internacional, representando o país, em início de temporada, não é nada ruim. Pelo contrário.
Foi ótimo pro Bahia. Pra divulgar o time. A cidade. O axé.
Perdemos as duas partidas? Perdemos. Uma confusão da zorra aquele monte de jogadores sendo observados e querendo mostrar serviço.
Mas adorei! Juntei a galera, tomei umas geladas, vivi a emoção de ver o tricolor em campo novamente e, apesar dos resultados, das jogadas ruins e do pênalti do Feijão (deu até saudade do cachorro-quente de Minas), foi importante e válido.
Não tomamos goleadas e valorizamos, de uma forma ou de outra, nossa marca. E serviu como um importante e valioso teste para Guto Ferreira.
Só fica bom quem supera o que é ruim.
Que venham outros torneios internacionais no ano que vem!
O Bahia é Flórida!
Sim, eu sei. Trocadilhos também são coisas horríveis.
BBMP!!!
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