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OUVIR, LER, VER

A alma da cidade

Confira o texto de Leo Veneza

Por Leo Veneza*

20/04/2025 - 2:00 h

Ouvir:

A cultura popular baiana é um caldeirão vivo de ritmos e afetos. Mas aqui falo do popular raiz, do que nasce do povo e pulsa ancestralidade. É o caso das Ganhadeiras de Itapuã, mulheres que transformam em samba de roda a história de quem lavava roupa na Lagoa do Abaeté. Com letras que emocionam e uma banda afiada, o grupo mantém viva a identidade do bairro. Lá de Feira de Santana, minha terra, vem outro som potente: Quixabeira da Matinha. Criado por trabalhadores rurais da comunidade quilombola Matinha dos Pretos, o grupo ecoa tradição. No dia 30, se junta ao BaianaSystem num show histórico na cidade, com Russo PassaPusso, também feirense, num encontro de gerações que fortalece o espectro cultural do estado.

Ler:

E pra quem gosta de mergulhar em palavras que tocam fundo, minha dica de leitura é O Espírito da Intimidade, de Sobonfu Somé. A autora, que vem da tradição espiritual do povo Dagara, compartilha saberes ancestrais sobre como construímos nossas relações com o outro, com a comunidade, com a espiritualidade e com nós mesmos.

Foi através dessa leitura que compreendi que relação é construção e cuidado constante. Que não se trata apenas do afeto entre pessoas, mas de zelar pelo espírito que aquela relação desperta e sustenta. Como Sobonfu escreve: "Quando nos unimos a outra pessoa, criamos um alicerce que nos permite cumprir o propósito de vida com o qual nascemos". Vale cada página.

Ver:

Na última semana, lançamos a série Na Avenida 7. Esse trabalho segue o propósito de carreira que me acompanha desde a série Feirantes da Baía, dando protagonismo às histórias invisibilizadas. Agora, fomos pela Avenida Sete com a mesma vontade de escutar, sentir e devolver em imagem o que vimos de potência popular. Criada e dirigida em parceria com minha amiga querida Catarina Teles, que idealizou o projeto, a série tem três episódios, cada um centrado na história de uma mulher negra soteropolitana: Edna, Nalvinha e Lívia. A partir dessas vozes, o público é convidado a refletir sobre trabalho, identidade e pertencimento. O que me move no audiovisual documental é mostrar a alma da cidade, essa alma que se constrói nas relações das ruas e nos pequenos gestos, e é isso que Na Avenida 7 busca entregar: um retrato da dignidade e da criatividade popular. Os episódios já estão disponíveis no Instagram (@navenida7) e no YouTube da TRINTAE3 Conteúdos. Assiste lá e depois me conta!

*Documentarista e diretor audiovisual baiano.

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