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MUITO

Febre de jogo

Tatiana Mendonça

Por Tatiana Mendonça

30/10/2017 - 9:23 h | Atualizada em 30/10/2017 - 10:08
Casas virtuais de apostas esportivas atraem baianos
Casas virtuais de apostas esportivas atraem baianos -

Foi como um acaso intencional, propositado, matemático. Na volta do trabalho, Fabrício Fraga jogou no Google: “Como ganhar dinheiro em casa no tempo livre”. Saía do emprego às seis da tarde e até a meia-noite bem que podia fazer algo de útil. Um link no buscador o levou para uma casa virtual de apostas esportivas, logo ele, que nunca gostou nem de jogar nem de ver futebol, basquete ou vôlei. Começou jogando pouco e perdendo tudo. Passou um tempo assim, até que resolveu estudar o assunto. Leu livros sobre o tema, pesquisou em sites de estatísticas, entrou em grupos virtuais de discussão. A persistência mostrou-se lucrativa. Por três meses seguidos, ganhou mais com os palpites de quem venceria tal jogo, com quantos gols, em que tempo, do que com seu salário de projetista.

Durante as férias de 2014, Fabrício resolveu fazer um teste. Ao invés de viajar, ficou em casa dando expediente como apostador. A quem lhe perguntava sobre planos de divertimento, dizia que estava trabalhando num novo projeto. A atividade em turno integral o recompensou com três vezes o valor do seu contracheque. Ele resolveu pedir demissão e só voltou ao trabalho para cumprir o aviso prévio. Desde então, sofisticou tanto seu ofício que não se considera mais um apostador, mas sim um trader, um investidor do mercado financeiro, habituado a usar termos como “aportes” e “liquidez”.

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Todos os dias, Fabrício investe em quatro partidas de futebol, a maioria de campeonatos europeus. Dispensa o Brasileirão porque os times daqui são muito instáveis, diz. Para pagar as contas, precisa de estratégia, tino. Não pode se dar ao luxo de contar com “caixinhas de surpresas”, esse dito repetido à exaustão. Mesmo tendo se tornado um espectador assíduo dos jogos, ele não aprendeu a gostar deles. “Futebol, para mim, é só um meio de ganhar dinheiro. É uma operação financeira”, diz Fabrício, que vive em Itabuna, no sul da Bahia.

Ele costuma trabalhar pela manhã e à tarde vai passear, tomar uma cerveja com os amigos, sem patrão nenhum a lhe encher a paciência. Apesar de um certo preconceito de quem não entende direito o que ele faz, Fabrício ainda não se arrependeu de ter largado o emprego, nem vê sua atividade atual como temporária. A meta é multiplicar seus ganhos, para que financiem com mais pompa a vida que pediu a Deus.

Há coisa de um ano, as apostas esportivas viraram tema onipresente nas rodas de conversa de homens beirando os 30. Ainda ilegal no Brasil, a atividade se popularizou por meio de um drible das empresas que monetarizam os resultados das partidas. A maioria está sediada fora do país, em locais onde os jogos de azar são legalizados. Algumas dessas casas de apostas são tão robustas que patrocinam grandes times, como é o caso da inglesa BetFair, parceira do Barcelona, Arsenal e Juventus.

Para tornarem-se mais acessíveis no Brasil, os sites oferecem versões em português (de Portugal). “Amistoso” aparece traduzido como “amigável”. Por aqui, o esporte mais popular é, naturalmente, o futebol, mas as casas recebem apostas de quase 40 modalidades, incluindo corrida de galgos, aquela raça esquisitinha de cachorro. Os pagamentos podem ser feitos em moedas estrangeiras, como dólar e euro, em moedas digitais, como a Neteller, e em real mesmo.

No caso dos jogos de futebol, além do palpite clássico de qual time irá vencer, dá para arriscar o resultado fechado do jogo, indicar quantos gols terá a partida, se esse número será ímpar ou par, se ambos os times irão marcar, e até a quantidade de escanteios, para você ver como a coisa é infinita. E isso em mais de 100 partidas diárias, de campeonatos de diversos países. Manja a primeira liga do Cazaquistão? Ou a Liga MX, do México? Tem também a Copa FFA, da Austrália, famosa pela avalanche de gols nos jogos.

A maioria das casas permite que o apostador vá mudando os palpites à medida que a partida acontece ou que aposte em uma variável de diferentes jogos, as chamadas múltiplas. Para cada palpite, há uma cotação, mais conhecida como odd. Como já deve ter dado para imaginar, quanto mais improvável for um resultado ou uma ocorrência, mais dinheiro o apostador ganha.

Um dia antes do jogo do Flamengo e Bahia pela 29ª rodada do campeonato brasileiro, a casa de apostas Bet 365 daria 0,53 a cada real, dólar ou euro investido na vitória do Flamengo, que jogava em casa e era o 7º da tabela. Já quem apostasse no Bahia, então na 10ª colocação, levaria 6,5 a cada real, dólar ou euro pago. O Flamengo acabou vencendo o jogo por 4 a 1.

Cada um com seu concurso

Nessa brincadeira, muita gente acha que vai ficar rico da noite para o dia. Foi assim com o educador físico Sílvio Ferreira Júnior, que mora em Senhor do Bonfim, sertão baiano. Ele lembra que quando começou a apostar, no começo de 2016, acordava de madrugada para palpitar em jogos de campeonatos gringos. Quando perdia dinheiro, queria recuperar o prejuízo no mesmo dia e acabava num rombo maior ainda. É desse período sua pior aposta. Entrou com um valor muito alto para ganhar pouco e perdeu tudo. Traduzindo em números: investiu US$ 250 para levar US$ 40 e ficou sem nada.

Foi aí que reparou que não dava para contar só com a sorte e seus conhecimentos de boleiro. Precisava estudar. E muito. Selecionou os campeonatos em que atuaria – a saber, europeus, japonês, chinês e australiano – e passou a destrinchar as estatísticas dos times, especialmente o número de gols por partida, variação na qual mais gosta de apostar. Transformou-se no homem das planilhas. Hoje, todas as suas ações são catalogadas num banco de dados, que, além de mostrar a performance dos times, exibe sua própria marca de vitórias e derrotas.

Ele já se sente confiante até para cobrar por dicas aos apostadores iniciantes. Desde maio deste ano, assessora investidores que pagam, cada um, R$ 50 por mês pelo serviço – já foram 42 pessoas, hoje são 26, talvez por um efeito da crise. Dono de um mercadinho e professor numa faculdade nos fins de semana, Sílvio acaba tendo quase todos os dias livres para apostar. Estuda os jogos no dia anterior e deixa algumas entradas programadas, além de fazer outras no decorrer das partidas. Para não perder o controle, todo mês começa a jogar com um valor fixo e estabeleceu um limite de quanto pode gastar por dia.

A atividade ainda está longe de ser sua principal fonte de renda, mas já financia o que chama de “momentos de prazer”. Vendo tanta movimentação em torno das apostas, sua mãe volta e meia pergunta se não seria melhor estudar para fazer concurso público. Sílvio responde que já está fazendo isso. “Esse é o meu concurso”. Recentemente, ele teve seu melhor retorno numa única aposta: no jogo entre Cruzeiro e Palmeiras pela Copa do Brasil, em junho, bancou corajosamente que uma das equipes faria três gols no primeiro tempo. Dito e feito. Thiago Neves, Robson Signorini e Alisson Castro, da equipe mineira, deixaram Sílvio US$ 2.700 mais rico.

Já os agradecimentos de Yuri Souza foram para um único jogador, Gabriel Jesus. Ele apostou que Gabriel faria um gol em sua segunda partida pelo Manchester City. Quando a bola entrou na rede, Yuri, em frente ao computador de sua casa, em Itabuna, também no sul da Bahia, ganhou R$ 1.500. Ele aposta em jogos de futebol há um ano e quatro meses, sempre em campeonatos europeus, contando com a consistência dos times. Mas a lição foi aprendida a duras penas. Quando começou a investir nesse mercado, perdeu R$ 300 num jogo do campeonato egípcio, que desconhecia por completo.

Ali não tinha nada de técnica ou conhecimento, só “desespero”, lembra Yuri. Para virar trader, como hoje se chama, fez até curso. Pagou R$ 2 mil para ter acesso às videoaulas do português Paulo Rebelo, considerado referência na área. Yuri diz que o investimento valeu a pena. Hoje, ele mesmo produz vídeos dando dicas de apostas no seu canal no YouTube, o Yuri Foxx. Também mantém um grupo no WhatsApp no qual 600 pessoas acompanham os seus palpites. Na versão VIP, 60 apostadores pagam R$ 50 por mês por dicas privilegiadas.

Para quem está começando, aconselha investir pouco dinheiro em poucas partidas. Ele mesmo faz entradas em apenas três jogos por dia e cada aposta não pode representar mais de 3% do total da sua banca, que é todo o dinheiro que ele tem depositado no site. Para ganhar a vida, ele trabalha como desenvolvedor de aplicativos, mas conta que as apostas correspondem à metade da sua renda mensal.

Proibido, mas nem tanto

Os jogos no Brasil nos quais os ganhos dependam “exclusiva ou principalmente da sorte” são vetados pela setentona Lei de Contravenções Penais, de 1941. Está lá escrito que é proibido estabelecer ou explorar esses jogos em lugar público, com pena de prisão e multa para os responsáveis pela banca e pena de multa para os apostadores. Gastou-se uma linha para especificar que por jogos de azar também se lê apostas sobre “qualquer competição esportiva”.

Parece que a coisa não pegou muito, porque poucos anos depois, em 1946, o presidente milico Eurico Gaspar Dutra precisou baixar um decreto-lei reproibindo os jogos de azar. É que autorizações já davam uma flexibilizadinha na jogatina, autorizando licenças a cassinos no Rio de Janeiro, então capital federal, e em “estâncias hidroterápicas”. A canetada presidencial veio acompanhada de justificativas conservadoras, como: que era preciso considerar que a repressão aos jogos era um “imperativo de consciência universal” e que a “tradição moral, jurídica e religiosa do povo brasileiro” era contrária à tal prática.

Durante todas essas décadas, ficou por isso mesmo, com a diferença de que a internet entrou em campo em 2015, quando uma outra lei, o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), sancionado pela presidente ‘impichada’ Dilma Rousseff, determinou que aqueles encontrados participando de jogo de azar, “ainda que pela internet ou qualquer outro meio de comunicação”, estariam sujeitos à multa de R$ 2 mil a R$ 200 mil.

A multa vale para sites hospedados no Brasil, embora não se tenha notícia de que alguma já tenha sido aplicada. Para o caso dos sites gringos, é meio como se os apostadores do lado de cá do Atlântico estivessem ostentando num cassino no exterior, ainda que só estejam afundados sem camisa nos seus sofás. As companhias britânicas são as mais populares. A BetFair e a Bet365 operam com licenças de Gibraltar, e o Sportingbet é registrado na Ilha de Man. O caso do Sportingbet é curioso. A empresa se dá ao luxo de fazer propaganda no canal fechado ESPN. Quando o espectador acessa o site indicado no comercial, cai num site de jogos gratuitos e, portanto, legais. Só fuçando encontra o link para as apostas pagas.

Com tanto dinheiro rolando nas casas virtuais, as banquinhas físicas de jogo não haveriam de ficar de fora. Em praças, mercadinhos, pontos de táxi, tabuleiros de bala é possível encontrar máquinas e tablets que registram palpites para torneios esportivos, ladeados com o tradicional jogo do bicho. Em contravenção legítima, costumam pagar menos que os sites e não permitem apostas durante as partidas. Para receber o prêmio, é preciso voltar até o local onde foi registrado o palpite. E aí, se por alguma razão o dinheiro prometido não for pago, não há meios legais de cobrança, como você já deve ter imaginado.

Um episódio curioso aconteceu em julho deste ano, nos jogos da 13ª rodada do Brasileirão. No dia 12/7, os times visitantes fizeram a festa, ganhando seis partidas fora de casa, para alegria dos que apostaram na improbabilidade. Muita gente achou que ia arrumar a vida, ou ao menos farrear num churrasco de respeito, mas na hora de pagar os prêmios, quem disse que as bancas tinham dinheiro? Teve até site brasileiro estampando comunicado oficial com o clássico devo, não nego, pago quando puder, mesmo discurso repetido nas bancas de jogo. Iriam pagar, só não sabiam quando.

O comerciante Rogério Silva, dono de uma lanchonete em Salvador, apostou R$ 20 em cinco jogos dessa rodada. Se o Vitória não tivesse perdido para o Vasco no Barradão por 4 a 1, ele teria embolsado R$ 70 mil. Um amigo felizardo ganhou R$ 57 mil na aposta cheia. A Rogério coube bem menos, R$ 1.900, numa outra múltipla que fez. Ele ouviu em grupos de WhatsApp que as bancas estavam com dificuldades de pagar os prêmios, mas não se preocupou muito. Confiou que era questão de tempo. Com três dias, ele e o amigo receberam o dinheiro. Torcedor do Vitória, Rogério ganhou também uma lição: só aposta no time nos jogos fora de casa. “Aqui, o Vitória é uma mãe”.

Rogério começou a jogar nas bancas físicas há um ano e há cerca de quatro meses conheceu os sites. Hoje, aposta nas duas modalidades. Quando “zera” o dinheiro que depositou nas casas de apostas virtuais, corre para a banca. “No site, fico mais descontrolado com o dinheiro, querendo apostar em tudo que é jogo”. Ele costuma palpitar nos campeonatos brasileiro, inglês e, pasme, russo. Já reconhece o padrão de algumas equipes, mas, antes de apostar, pesquisa as estatísticas dos times em sites de resultados.

Desde que passou da posição de espectador para a de apostador, os jogos tornaram-se mais animados, conta Rogério, agora parte diretamente interessada nos resultados. Nessa carreira, tanto ganhou como perdeu – sina compartilhada por muitos apostadores. A bem da verdade, a maioria perde mais do que ganha, do contrário as casas de apostas não seriam tão lucrativas. Ainda assim, Rogério acha que está na vantagem. “Antes, quando jogava na Lotofácil ou na Quina, nunca tinha retorno. E com a aposta esportiva, pelo menos de vez em quando eu ganho”.

Mostre-nos o dinheiro

Em agosto do ano passado, uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o Marco Regulatório dos Jogos no Brasil, com o objetivo de legalizar as atividades de cassinos, jogo do bicho, bingos, máquinas de caça-níqueis, apostas e jogos online, além de anistiar quem já explora, na prática, os jogos de azar. O texto do projeto de lei prevê que os servidores dos sites de apostas esportivas devam estar obrigatoriamente em território brasileiro e que os prêmios dos apostadores sejam taxados em 15%. Não deixa de ser curioso que o maior avanço no movimento pela regulamentação dos jogos no Brasil em sete décadas tenha partido justamente de um Congresso tão conservador. O moralismo parece não contar muito quando o assunto é dinheiro.

O tema também ocupa o governo federal, que busca todos os meios de dinamizar a economia e reduzir o rombo nas contas públicas. Um mês antes da aprovação na comissão da Câmara, a equipe de Michel Temer já havia anunciado a intenção de criar uma empresa estatal para explorar as apostas esportivas junto com a loteria instantânea da Caixa Econômica Federal. A expectativa era arrecadar R$ 8 bilhões com os dois negócios, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo. Com a crise política perene, outras negociatas foram priorizadas, e o debate em torno dos jogos de azar acabou escanteado. Nem a intenção do governo se materializou, nem o marco regulatório foi pautado para ser votado no plenário da Câmara, passados já 14 meses do aval da comissão.

A indefinição faz com que o país deixe de arrecadar impostos sobre as apostas esportivas. A estimativa é de que 400 casas estrangeiras recebam aportes de brasileiros, sem pagar qualquer taxa ao Brasil. Uma pesquisa feita por Pedro Trengrouse, coordenador acadêmico do curso em gestão, marketing e direito no esporte da Fundação Getúlio Vargas, apontou que as apostas movimentam cerca de R$ 2 bilhões por ano no país. O pesquisador estima que o valor poderia chegar a R$ 10 bilhões com a legalização, a partir de uma comparação com a França, que liberou as apostas online em 2010. Deste valor, o governo brasileiro arrecadaria R$ 2,7 bilhões com impostos, prevê.

O Brasil é o único país da América do Sul onde o jogo não é legalizado. Dentre os integrantes do G20, ainda mantêm a proibição Brasil, Indonésia e Arábia Saudita, como Pedro lembrou em entrevista à Muito por telefone. O pesquisador defende que o tema seja tratado no país com mais objetividade. “O jogo no Brasil nunca deixou de existir, apesar dessa proibição autoritária, ditatorial. A discussão real, portanto, é se o país vai regular ou não a atividade. E a quem interessa não regular algo que já está acontecendo?”.

Para o pesquisador, a medida é importante por três grandes razões: 1. proteger a integridade do esporte, criando agências que monitorariam o padrão das apostas, identificando eventuais manipulações de resultados, como já acontece em países como Inglaterra, Portugal e França; 2. proteger a economia popular, assegurando que as apostas sejam de fato pagas; 3. garantir que a sociedade ganhe com os jogos, a partir do pagamento de impostos ao governo e da geração de emprego e renda.

Um escândalo ocorrido no campeonato brasileiro de 2005 mostrou que as preocupações de Pedro com a integridade do esporte não são exageradas. Naquele ano, 11 jogos do campeonato brasileiro apitados pelo juiz Edilson Pereira de Carvalho foram anulados e tiveram que ser disputados novamente. O árbitro foi acusado de participar de um esquema que ficou conhecido como Máfia do Apito. Os resultados das partidas teriam sido manipulados para favorecer determinados apostadores.

Outros esquemas golpeiam a economia popular, para além das bancas que quebram e ficam sem dinheiro para pagar as apostas. Este ano, moradores de Itabuna foram vítimas de aplicativos de apostas esportivas que na verdade funcionavam como uma pirâmide financeira. Fabrício conta que chegou a participar de uma delas, por indicação de um conhecido, mas que não recrutou ninguém e retirou o dinheiro que investiu com um pequeno lucro, antes de a pirâmide ruir. No fim das contas, é sempre uma combinação de esperteza e sorte.

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